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CONSUMO

- Publicada em 06 de Junho de 2018 às 15:25

Setor de crédito e de supermercados apresentam crescimento e acenam para período de recuperação


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
Passado o auge da crise, dois setores representativos do cenário econômico brasileiro voltam a mostrar sinais de fôlego. O crédito liberado pelos bancos - que há dois anos vinha em queda - pode ter uma discreta retomada de 3% em 2018, segundo previsões do Banco Central. Já o setor de supermercados fechou o ano de 2017 com crescimento real de 1,25% no País, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No Rio Grande do Sul, o setor registrou aumento real de 2,4% no ano passado, conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
Passado o auge da crise, dois setores representativos do cenário econômico brasileiro voltam a mostrar sinais de fôlego. O crédito liberado pelos bancos - que há dois anos vinha em queda - pode ter uma discreta retomada de 3% em 2018, segundo previsões do Banco Central. Já o setor de supermercados fechou o ano de 2017 com crescimento real de 1,25% no País, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No Rio Grande do Sul, o setor registrou aumento real de 2,4% no ano passado, conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
Uma das razões para a retomada do crédito, tanto para pessoas físicas quanto para empresas, é a queda nas taxas de juro, especialmente na Selic. Segundo cálculos do Ministério do Planejamento, os juros mais baixos podem reduzir em R$ 147 milhões o endividamento das famílias e em R$ 49 bilhões as dívidas das empresas. Esses números equivalem a cerca de 3% do PIB brasileiro. Juros mais baixos e menos endividamento reduzem os riscos e permitem a volta da liberação e a tomada de crédito, que caiu durante o período de crise. Recentemente, o Banco Itaú anunciou a previsão de aumentar entre 4% e 7% sua carteira de crédito em 2018. Outro estímulo importante à retomada do crédito foi dado pela decisão da Caixa Econômica Federal de ampliar o limite de financiamento da casa própria para até 70% do valor do imóvel usado, com redução de taxa mínima de juros de 10,5% para 9%.
Ponto fora da curva diante da crise registrada no crédito, a cooperativa gaúcha Sicredi se prepara para crescer impressionantes 20% em 2018, repetindo o desempenho de 2017. Segundo o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, a estratégia é garantir a presença do banco nos municípios menores, que, na maioria das vezes, não são atendidos pelas instituições financeiras. Quase 50% da carteira de clientes do Sicredi está concentrada no agronegócio, com produtores de todos os tamanhos. Entre as empresas atendidas, mais de 90% são micro ou pequenas. "Enquanto o acumulado do crédito no País deve crescer em torno de 0,5%, pretendemos crescer 20%. Enquanto o Banco do Brasil fechou cerca de 400 agências nos últimos 12 meses, nós abrimos. É um modelo diferente, baseado no cooperativismo, que tem se mostrado eficiente", revela Port.

Consumidor volta às gôndolas

Um dos termômetros mais fiéis para a economia é o desempenho dos supermercados. E esse, para alívio geral, está positivo. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, a expectativa é de um crescimento da ordem de 3% no faturamento do setor em 2018. Segundo o IBGE, em comparação ao mês de fevereiro de 2017, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2%. No Rio Grande do Sul, o setor fechou 2017 com alta real de 2.4% e um faturamento de mais de R$ 30 bilhões.
Os números positivos se comprovam com a expansão do setor, que fechou 2017 com 4,6 mil lojas (em 2016 eram 4,4 mil) e 97,7 mil funcionários, dois mil a mais do que no ano anterior. O segredo para esse desempenho, além da recuperação da economia, é a especialização intensa que vem sendo promovida no setor. “O varejo supermercadista entendeu que precisa se especializar. Isso permitiu que o setor crescesse acima da inflação em 2017, apostando em gestão eficiente das empresas, com foco na prevenção de perdas e na produtividade”, explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.