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Agronegócio

- Publicada em 24 de Maio de 2022 às 17:48

Valorização dos grãos aquece mercado de máquinas agrícolas

Apesar da recente estiagem, produtor rural está capitalizado e investe em novo maquinário

Apesar da recente estiagem, produtor rural está capitalizado e investe em novo maquinário


AGCO/DIVULGAÇÃO/JC
Diego Nuñez
A valorização internacional dos grãos continua impulsionando a produção de máquinas e equipamentos destinados ao campo. Os bons preços no mercado interno e principalmente externo, somado ao dólar alto, garantiram capitalização para a maioria dos produtores.
A valorização internacional dos grãos continua impulsionando a produção de máquinas e equipamentos destinados ao campo. Os bons preços no mercado interno e principalmente externo, somado ao dólar alto, garantiram capitalização para a maioria dos produtores.
Apesar de o Rio Grande do Sul ter convivido com estiagens - principalmente na virada de 2021 para 2022, quando o Estado presenciou uma de seus piores secas na história recente, que resultou em perdas bilionárias dentro e fora da porteira - o Brasil vive há dois anos safras cheia e colheitas recordes.
Estes múltiplos fatores permitiram que os agricultores reinvestissem em suas fazendas, modernizando sua produção e renovando frotas de máquinas por modelos mais eficientes e tecnológicos.
O resultado foi concreto: somente na área de máquinas agrícolas, durante o primeiro trimestre do ano, houve crescimento de 65,1% nas exportações em comparação ao mesmo período de 2021. A receita líquida da indústria nacional de máquinas e equipamentos, entre todos os setores, subiu 21,6% no acumulado dos 12 meses de 2021. As vendas internas e exportações ultrapassaram os R$ 222 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O avanço na tecnologia e na inovação possibilitam que o desempenho de cada produto seja maior, com cada máquina permitindo mais funções ou se especializando em função específica, com operações precisas que permitem ganho de produtividade.
O Rio Grande do Sul é responsável por 65% da produção de máquinas agrícolas do País. Enquanto, cada vez mais, o Brasil se consolida como um dos países mais importantes para a alimentação mundial, na mesma proporção as grandes empresas passam a ter, em território gaúcho nacional, um ambiente atraente para investimentos.
"Existem empresas grandes, que são mundiais, e que estão aplicando mais tecnologia aqui no Brasil do que no exterior. Que dedicaram mais tempo, mais dinheiro e maior percentual do que iam aplicar em inovações aqui no País. Não tem como parar o Brasil. Principalmente a soja e o milho vão ter muito mercado ainda. Tem algumas coisas que já estão saindo daqui para o mundo", relata o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier.
Em 2021, as exportações do Brasil de máquinas e equipamentos agrícolas apresentaram um crescimento de 41% em relação ao ano anterior, tendo atingido um volume de US$1,3 bilhão - maior patamar desde 2017. Com um crescimento de 108% no comparativo de 2021 em relação a 2020, o Paraguai foi o principal destino das exportações, somando US$266,6 milhões, seguido da Argentina que, no período, comprou US$ 161,2 milhões, e Estados Unidos que atingiu US$158,8 milhões.
Em 2022, a julgar pelos primeiros meses do ano, o sucesso se repetirá. Entre o primeiro trimestre deste ano e o do ano passado, as exportações para a América Latina avançaram 39,7%, para os Estados Unidos avançaram 37,2% e para a Europa o aumento foi de quase 35%. Somente no Mercosul, o crescimento foi de 52,6%.
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