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Dia da Indústria

- Publicada em 25 de Maio de 2020 às 03:00

Exportações podem auxiliar setor calçadista

Ferreira acredita que surgirá um novo modelo de relações de compra

Ferreira acredita que surgirá um novo modelo de relações de compra


ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Como diversos setores da economia brasileira, o calçadista terá o desempenho de 2020 fortemente impactado pelo coronavírus. O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, projeta que a produção nacional de calçados deve registrar uma queda de até 30% neste ano, especialmente em função da redução das vendas no mercado interno. O dirigente acrescenta que o Rio Grande do Sul também verificará diminuição, no entanto, argumenta que uma recuperação mais célere das exportações, já que o Estado tem experiência com o cenário internacional, poderá fazer com que o reflexo seja um pouco menor que o da média do País.
Como diversos setores da economia brasileira, o calçadista terá o desempenho de 2020 fortemente impactado pelo coronavírus. O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, projeta que a produção nacional de calçados deve registrar uma queda de até 30% neste ano, especialmente em função da redução das vendas no mercado interno. O dirigente acrescenta que o Rio Grande do Sul também verificará diminuição, no entanto, argumenta que uma recuperação mais célere das exportações, já que o Estado tem experiência com o cenário internacional, poderá fazer com que o reflexo seja um pouco menor que o da média do País.
No primeiro quadrimestre de 2020, o maior exportador do Brasil foi o Rio Grande do Sul, de onde partiram 8,48 milhões de pares, que geraram US$ 114,75 milhões. As quedas foram de 17,5% em volume e de 24,8% em faturamento na relação com o mesmo período do ano passado. No total do País, em abril, foram embarcados 4,84 milhões de pares por US$ 30,3 milhões, reduções de 40% em volume e de 60,8% em faturamento em comparação com o mesmo mês de 2019. Com o resultado, no quadrimestre, as exportações somaram 36,87 milhões de pares e US$ 271,2 milhões, diminuições de 14,4% em volume e de 21% em faturamento na relação com período correspondente no ano passado.
Ferreira calcula que, a partir do segundo semestre deste ano, já comece a ocorrer uma retomada das vendas do setor calçadista, mas não será um desempenho igual ao de antes da pandemia. Se a perspectiva da queda de 30% se concretizar, serão produzidos, no País, em torno de 630 milhões de pares em 2020. Inicialmente, antes do coronavírus, a projeção era de um crescimento de 2,5% para o setor neste ano. O IBGE aponta que, em março, as vendas do segmento caíram 39,6%, no comparativo com o mesmo mês de 2019. No primeiro trimestre, segundo a mesma fonte, a queda chegou a 12,4%, em relação a igual período do ano passado. A produção gaúcha corresponde a um pouco mais de 20% do total fabricado no País.
O presidente-executivo da Abicalçados enfatiza que cada semana com as lojas fechadas agrava a situação da indústria calçadista. Ele recorda que o Rio Grande do Sul vive um processo de flexibilização, porém cerca de 40% do consumo de calçados produzidos no Brasil ocorre no estado de São Paulo, que impôs várias medidas restritivas. Uma das dificuldades enfrentadas pelo setor, frisa o dirigente, são alguns impeditivos adotados em algumas cidades do Brasil, como, por exemplo, a proibição da prova de roupas e calçados dentro dos estabelecimentos comerciais.
Para Ferreira, as relações comerciais e produtivas não voltarão a ser como antes quando superada a situação da pandemia. No entanto, o dirigente comenta que ainda não está claro como será esse novo modelo. Mas um ponto destacado por ele é a perspectiva de aumento do uso da tecnologia. "Até pouco tempo, não eram muitas as empresas ou as associações que faziam reuniões virtuais, e, hoje, passou a ser algo do dia a dia, encontro presencial é uma coisa rara agora, e, na relação comercial, também haverá essa 'digitalização', o mundo não será mais o mesmo que era até a primeira quinzena de março", alerta.
 
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