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Dia da Indústria

- Publicada em 25 de Maio de 2020 às 03:00

Redução dos empregos chega a 10% nas fábricas de calçados do Rio Grande do Sul

Estado foi responsável por em torno de 25% do total das demissões das indústrias calçadistas

Estado foi responsável por em torno de 25% do total das demissões das indústrias calçadistas


Abicalçados/Divulgação/JC
Com a redução de pedidos no exterior devido à crise global e o fechamento da maior parte do varejo brasileiro (responsável por 85% das vendas do setor), as fabricantes de calçados do Estado sofreram um tombo de 64% nas vendas médias diárias entre 16 de março e 15 de maio, segundo a Receita Estadual.
Com a redução de pedidos no exterior devido à crise global e o fechamento da maior parte do varejo brasileiro (responsável por 85% das vendas do setor), as fabricantes de calçados do Estado sofreram um tombo de 64% nas vendas médias diárias entre 16 de março e 15 de maio, segundo a Receita Estadual.
No Rio Grande do Sul, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), essa queda de negócios no exterior e no mercado doméstico já levou, entre o final de março até o dia 19 de maio, ao desligamento de 8,93 mil funcionários das fábricas, cerca de 10% do total da mão de obra empregada pelo setor em dezembro de 2019. Com isso, o Estado foi responsável por em torno de 25% do total das demissões das indústrias calçadistas em todo o País durante esse período (32,8 mil pessoas).
Entre as indústrias que foram forçadas a fazer demissões estão a Beira-Rio, que dispensou 1,5 mil funcionários em diversas unidades; a RR Shoes, com cerca de mil trabalhadores desligados em suas plantas de Teutônia, Santo Antônio da Patrulha e Caraá; e a Piccadilly, que demitiu mais de 550 pessoas em Santo Antônio da Patrulha e Igrejinha. "Com o varejo fechado, não existem novos pedidos, e a indústria não tem o que produzir. O resultado é esse quadro de colapso econômico, que vem acompanhado da sua faceta mais cruel, que é o desemprego", afirma o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.
Além das demissões, segundo Ferreira, as empresas do setor já estão renegociando com clientes e fornecedores desde o primeiro momento da pandemia. "Por isso todo o nosso esforço na questão de acesso a linhas de créditos que ainda, infelizmente, apesar de o governo ter disponibilizado, não estão chegando na ponta, porque o sistema bancário tem a sua maneira de operar. O risco aumenta a cada dia, e as instituições financeiras acabam não dando disponibilidade ao crédito", lamenta.
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