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Coronavirus

- Publicada em 03 de Dezembro de 2021 às 19:00

Rio Grande do Sul confirma o primeiro caso da variante Ômicron do coronavírus

Sequenciamento genético completo do vírus foi realizada em tempo recorde pelo Cevs

Sequenciamento genético completo do vírus foi realizada em tempo recorde pelo Cevs


ANDREW MILLIGAN/AFP/JC
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou, na tarde desta sexta-feira (3), o primeiro registro de contaminação pela variante Ômicron do coronavírus no Rio Grande do Sul. O contágio é de uma moradora de Santa Cruz do Sul, que voltou de viagem à África do Sul na última semana.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou, na tarde desta sexta-feira (3), o primeiro registro de contaminação pela variante Ômicron do coronavírus no Rio Grande do Sul. O contágio é de uma moradora de Santa Cruz do Sul, que voltou de viagem à África do Sul na última semana.
A análise de sequenciamento genético completo do vírus foi realizada em tempo recorde pelo Cevs, que recebeu a amostra da paciente no início da tarde de quinta-feira (2), em cerca de 24 horas, para agilizar as ações de vigilância e a adoção das medidas sanitárias necessárias.
A mulher está em isolamento domiciliar e acompanhada pela vigilância em saúde do município. Ela, que já havia recebido duas doses de vacina contra a Covid-19, apresentou febre como sintoma. Seus contactantes também serão testados para a doença.
Segundo o especialista em saúde do Cevs, Richard Salvato, o sequenciamento genético completo é o teste capaz de determinar com precisão a linhagem do vírus. “É uma técnica laboriosa que, em geral, demanda de dias a semanas para obtenção do resultado. No entanto, trabalhamos sem parar desde que chegou a amostra, inclusive durante a noite, e utilizamos um método de sequenciamento mais rápido para conseguir definir se é uma Ômicron no menor tempo possível.”
Diante da confirmação da chegada da nova variante no Estado, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforçou a necessidade de as pessoas investirem, cada vez mais, nos cuidados básicos, especialmente o uso de máscara e o distanciamento adequado. Também alertou para procurarem as unidades de saúde, caso ainda não tenham se vacinado, ou falte alguma dose.
Nesta sexta, 842 mil pessoas estavam com a segunda dose em atraso, e 721 mil com a dose de reforço atrasada. "Com essa nova variante em circulação, é ainda mais necessário que a proteção seja efetiva, especialmente com uma alta cobertura vacinal", alertou Arita.
 Desde segunda-feira (29), o Cevs intensificou a vigilância genômica do coronavírus, em função da nova variante. Todas as amostras analisadas que resultarem positivas e possuam carga viral suficiente passam por um teste de RT-PCR específico para a identificação da variante.
Se for indicada a presença de uma mutação existente na Ômicron- e não na Delta ou na Gamma, variantes em circulação no Rio Grande do Sul até então- essa amostra passa por um sequenciamento genético completo para a confirmação. Esse processo poderá ser realizado no Cevs ou na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
A vigilância genômica do coronavírus é um trabalho de rotina do Cevs durante a pandemia, mas intensificada durante os períodos em que surgem novas variantes de preocupação no mundo. Salvato explica que a Ômicron apresenta um grande número de mutações na proteína Spike do vírus, que é a parte responsável por se ligar à célula humana, e também é a região em que parte das vacinas agem. As mutações fazem, principalmente, com que o vírus se torne mais transmissível, e essa é das prováveis características da nova cepa.
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