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Coronavirus

- Publicada em 11 de Maio de 2021 às 12:32

Gestantes e puérperas devem esperar decisão final sobre vacina de Oxford, diz médico da Sogirgs

Gestantes que receberam a vacinas de Oxford podem ficar atentas à ocorrência de sintomas

Gestantes que receberam a vacinas de Oxford podem ficar atentas à ocorrência de sintomas


CRISTINE ROCHOL/PMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
"Aguardar." O conselho é do médico integrante da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do RS (Sogirgs), José Geraldo Lopes Ramos, para grávidas e puérperas (que recém tiveram o parto) sobre a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca, suspensa nesta terça-feira (11) em todo o Estado, a partir de orientação da Anvisa e do Ministério da Saúde.
"Aguardar." O conselho é do médico integrante da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do RS (Sogirgs), José Geraldo Lopes Ramos, para grávidas e puérperas (que recém tiveram o parto) sobre a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca, suspensa nesta terça-feira (11) em todo o Estado, a partir de orientação da Anvisa e do Ministério da Saúde.
O Rio Grande do Sul adota a recomendação para gestantes e puérperas. 
A medida preventiva foi adotada, enquanto é concluída a investigação sobre o caso de uma gestante que recebeu a vacina de Oxford e morreu no Rio de Janeiro, após complicações de uma trombose. Segundo Ramos, este caso surgiu no sábado (8) e começou a ser analisa por especialistas. Mas o fato veio a público com a nota da Anvisa, no fim da noite dessa segunda-feira (10).
"De maneira adequada, o Ministério está suspendendo", opina Ramos. "A situação é muito difícil. São muitas perguntas e poucas respostas. Sabemos que em uma pandemia pode acontecer isso."
O médico espera que ainda nesta terça-feira (11) haja uma posição da pasta federal mantendo a suspensão até que análises por especialistas, que estão sendo feitas, apontem se há relação ou não entre o imunizante e a causa da complicação que levou à morte da gestante no Rio.
"Está sendo estudando para ver a causa e o efeito e se tem tem relação com a vacina", esclarece o médico. "Enquanto estiver investigando, deve ser suspensa. É a maneira mais segura para tomar uma decisão", reforça.  
Outra medida que pode ser adotada é a suspensão também da segunda dose da Oxford. Isso não foi anunciado até o fim da manhã desta terça, mas o integrante da Sogirgs diz que está em exame pela coordenação do Plano Nacional de Imunizações.   
Para mulheres que iriam receber a dose, Ramos recomenda ficarem atentas a orientações oficiais, emitidas pelas áreas da saúde. "Vai ter muita fakenews sobre a vacina agora. Cuidem com as fontes de informação, sigam as sérias e confiáveis", diz o médico.  
Ramos avalia que, dependendo da decisão, poderá haver dois caminhos: aplicar outra vacina ou esperar para observar o período de risco de trombose, que é verificado nos primeiros 30 dias da aplicação.
Gestantes e puérperas que receberam nas últimas semanas doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca devem procurar os serviços de saúde, caso tenham sintomas como falta de ar, sudorese, febre, dor torácica, edema nas extremidades de membros inferiores e qualquer outro sintoma não esperado, alerta o especialista.  
Sobre quem ainda não recebeu o imunizante, a espera é inevitável. Em Porto Alegre, há disponibilidade da vacina da Pfizer. Já a Coronavac tem suprimento reduzido e a prioridade agora é para quem tem de receber a segunda dose. Mas novas remessas devem ser enviadas ainda esta semana. 

Um caso de trombose a cada 2 milhões de doses aplicadas da vacina de Oxford 

O integrante da Sogirgs explica a trombose (coágulos no sangue) é listada na bula como um dos riscos associados ao imunizante. São escassos os casos. Alguns países chegaram a suspender e depois retomar a aplicação, após constatar que as ocorrências estavam dentro do previsto. 
"Existe um risco teórico de um caso de trombose a cada 2 milhões de vacinas aplicadas, isso para todos os públicos. Como são bilhões de pessoas que receberão as doses, isso vai aparecer de vez em quando", comenta Ramos.
Os riscos estão associados a gestantes e puérperas que são hipertensas, tem diabetes ou são obesas. Alguns países chegaram a suspender devido ao registro de casos e depois retomaram, como a Inglaterra, e prevaleceu a aplicação diante de prejuízos maiores da Covid-19, como óbito.
"É mais seguro usar a vacina do que ter o risco da Covid, que tem prevalência de 10% de casos na população com 2% de mortalidade. Temos um caso de trombose a cada 4 mil mortes por Covid", exemplifica o integrante da Sogirgs.
O integrante da Sogirgs admite que a apreensão sobre os dados, pois os estudos ainda estão em andamento. Não houve registros de trombose em pessoas que receberam outros imunizantes, como o da Pfizer e Coronavac, que já estão sendo aplicados no Brasil.   
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