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Coronavirus

- Publicada em 06 de Maio de 2021 às 17:11

Federação RS muda estratégia para compra de fármacos do kit intubação e firma parceria com a Turquia

Medicamentos do kit intubação são fundamentais para assistência a pacientes em UTI com Covid-19

Medicamentos do kit intubação são fundamentais para assistência a pacientes em UTI com Covid-19


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Fernanda Crancio
O agravamento da pandemia na Índia e a falta de estoques de medicamentos do kit intubação em diversos países fizeram com que a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul (Federação RS) tivesse de mudar a estratégia de importação dos fármacos que viriam do país asiático. Dessa forma, o novo parceiro comercial passará a ser a Turquia, em um processo já avançado, mas que determinou a redução tanto do número de ampolas a serem compradas quanto dos hospitais habiltados à operação.
O agravamento da pandemia na Índia e a falta de estoques de medicamentos do kit intubação em diversos países fizeram com que a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul (Federação RS) tivesse de mudar a estratégia de importação dos fármacos que viriam do país asiático. Dessa forma, o novo parceiro comercial passará a ser a Turquia, em um processo já avançado, mas que determinou a redução tanto do número de ampolas a serem compradas quanto dos hospitais habiltados à operação.
Antes eram 53 instituições de saúde dispostas a adquirir 900 mil ampolas de três tipos de psicotrópicos utilizados para garantir a continuidade da assistência aos internados com Covid-19 nas UTIs do Estado. Com a troca de importador e das substâncias oferecidas, esse contingente caiu para 15 hospitais, que, juntos, estão adquirindo cerca de 100 mil ampolas de dois fármacos utilizados nos procedimentos de intubação, encontrados em quantidade desejada na Turquia.
"Dos 53 hospitais interessados, 22 não tinham a documentação necessária à importação e foram excluídos do processo. Com a troca de importador e dos medicamentos, 15 permaneceram interessados. Foi uma pena o fechamento do mercado indiano, pois já estávamos no final do processo", comenta Cassiano Macedo, da divisão de Saúde Suplementar da Federação RS.
Outros parceiros chegaram a ser procurados, como a China e a Argentina, mas acabaram preteridos. Os chineses, em função da grande procura de outras instituições, e os argentinos por conta do fechamento recente do mercado vizinho.
Desde março a entidade buscava agilizar a compra dos fármacos no mercado externo, como forma de suprir a carência de seus hospitais. A negociação com a Índia exigiu grande articulação, incluindo autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), confirmada no início de abril, em caráter de excepcionalidade por conta do agravamento da pandemia no RS.
Nesta quinta-feira (6), os hospitais já negociam com o importador os valores do frete internacional dos medicamentos. A partir daí, iniciam o processo de pagamento e aguardo do embarque das mercadorias. A previsão é de que os medicamentos cheguem ao Estado em um prazo entre 25 e 30 dias. "O cenário está muito ruim para a aquisição desses medicamentos, tanto no mercado interno quanto externo, e tende a piorar. A Índia não produzindo mais vai impactar mundialmente e está cada vez mais difícil adquiri-los em quantidade. Então, já estamos atentos a outras empresas que possam nos oferecer mais medicamentos, já que são vários dos nossos hospitais precisando", reforça Macedo.
A busca por parceiros no mercado externo também é vista pela Federação RS como uma forma de se precaver, em caso de necessidade futura. "Nosso objetivo também é, além de atender a demanda dos hospitais que não estão encontrando medicamentos, adquirir experiência para uma provável terceira onda da Covid e corrida ainda maior por insumos", completa o representante da Federação.
As casas de Saúde e hospitais filantrópicos gaúchos integram a maior rede hospitalar do Estado e atuam na linha de frente do combate à pandemia, sendo responsáveis por mais de 70% dos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
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