No dia 8 de julho do ano passado, o Jornal do Comércio publicou uma matéria apontando que o Rio Grande do Sul era um dos estados com menor taxa de mortalidade pelo novo coronavírus no País. O RS ocupava, à época, a
24ª colocação entre as 27 unidades federativas no ranking da mortalidade pela Covid-19. Pois, passados 10 meses, o cenário se alterou completamente. Levantamento do JC, com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (5), mostra que o Estado saltou para a 8ª posição no ranking, resultado de um cenário de descontrole da pandemia vivido nos primeiros meses de 2021.
A pandemia do novo coronavírus disparou no Rio Grande do Sul entre meados de fevereiro e meados de abril. O aumento exponencial das contaminações, hospitalizações e, consequentemente, dos óbitos, levou o Estado a um cenário de colapso no sistema de saúde, com hospitais lotados e profissionais de saúde esgotados.
O resultado disso pode ser visto no ranking de mortalidade pelo novo coronavírus em todo o País. A mortalidade é um indicador que mostra quantas pessoas perderam a vida em determinado local em relação à população desde local.
O índice de mortalidade está em permanente crescimento, na medida em que os óbitos aumentam e a população permanece a mesma. No caso do Rio Grande do Sul, o indicador passou de 7 mortes por 100 mil pessoas em julho de 2020 para 224,5 mortes por 100 mil pessoas nesta quarta-feira.
Somente sete estados têm atualmente taxa de mortalidade pela doença maior do que a registrada no RS. O Amazonas é quem tem lidera o ranking, com 306,2 óbitos por 100 mil habitantes, seguido por Rondônia, com taxa de 296,2 mortes/100 mil, e por Mato Grosso, com índice de 281,9 mortes/100 mil.
Na ponta oposta do ranking, estão os estados com os menores índices de mortalidade causada pela Covid-19. O Maranhão é quem apresenta o melhor cenário entre todos os estados, com taxa de 105,1 mortes por 100 mil habitantes. Logo em seguida, estão a Bahia (127,1 mortes/100 mil) e Alagoas (129,2 mortes/100 mil pessoas).