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Coronavirus

- Publicada em 22 de Abril de 2021 às 19:30

Pressão por bandeira intermediária para volta às aulas ganha força no RS

Entidades e parlamentares destacaram prejuízos da suspensão das aulas presenciais

Entidades e parlamentares destacaram prejuízos da suspensão das aulas presenciais


PMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
O impasse em torno da volta às aulas presencias no Rio Grande do Sul, ainda sub judice, tem mobilizado entidades, setores e Poderes, que buscam alternativas para manter a qualidade do ensino em meio à pandemia. Nesta quinta-feira (22), às vésperas da divulgação do novo mapa do distanciamento controlado, grupo de parlamentares e representantes de entidades apresentaram ao Executivo gaúcho proposta de criação de uma bandeira intermediária para a educação. A medida seria garantida a partir da suspensão da salvaguarda instituída no modelo, que começou a ser adotada quando a capacidade hospitalar ficou próxima do limite.
O impasse em torno da volta às aulas presencias no Rio Grande do Sul, ainda sub judice, tem mobilizado entidades, setores e Poderes, que buscam alternativas para manter a qualidade do ensino em meio à pandemia. Nesta quinta-feira (22), às vésperas da divulgação do novo mapa do distanciamento controlado, grupo de parlamentares e representantes de entidades apresentaram ao Executivo gaúcho proposta de criação de uma bandeira intermediária para a educação. A medida seria garantida a partir da suspensão da salvaguarda instituída no modelo, que começou a ser adotada quando a capacidade hospitalar ficou próxima do limite.
No caso da troca de bandeira vermelha para preta, que perdura há oito semanas, a salvaguarda é acionada quando a relação entre leitos livres e ocupados fica abaixo de 0,35. O pedido de suspensão desse recurso foi feito em conjunto pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) e Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio), nesta quinta.
Em nota, as entidades informam que protocolaram a solicitação ao Palácio Piratini para derrubar a regra, que está "sobrepondo-se à média ponderada dos indicadores regionais, e para a retomada das atividades presenciais nos cursos livres". Também foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de ingresso como amicus curiae na ação estadual que busca revogar a liminar que impede as aulas presenciais.
As entidades ponderam que o Estado está em bandeira preta há oito semanas, por decorrência da salvaguarda, e que a medida adotada “colaborou para a redução da disseminação da Covid no Estado”. Apontam, ainda, que os indicadores atuais mostram redução de ocupação de leitos, e que "as escolas possuem ambientes controlados, onde são cobrados permanentemente protocolos sanitários, como uso de máscara, higienização de mãos, distanciamento, entre outros, que evitam a propagação do vírus".
A nota, assinada pelos presidentes das entidades, Anderson Trautman Cardoso (Federasul) e Luiz Carlos Bohn (Fecomércio), destaca a urgência da medida e reforça que quanto maior o adiamento, maiores serão os prejuízos de crianças, empresários e profissionais do setor "com o fechamento de dezenas de creches e escolas privadas em todo o Estado e, consequentemente, dos empregos que elas geram".
As entidades ressaltam ainda danos ao ensino e reiteram que "a solução está nas mãos do governo do Estado e passa pela suspensão da salvaguarda estadual”, que pode determinar o fim das restrições às aulas presenciais.
Nesta sexta-feira (23), no final da tarde, o governo do Estado divulgará o novo mapa do distanciamento controlado.
O tema foi reforçado também pelos deputados Dr. Thiago Duarte (DEM), Sérgio Turra (PP), Fábio Ostermann (Novo) e Tiago Simon (MDB), em reunião com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior. Os parlamentares criticarm o cálculo exigido para a migração de bandeira preta para vermelha e também defenderam o fim da salvaguarda.
"O principal critério estabelecido pelo governo do Estado para reduzir de bandeira preta para vermelha é praticamente inatingível, pois divide os leitos livres em UTI pelo número de pacientes Covid em UTI. O problema é que isso signifca uma UTI ociosa, com 80% ocupada", diz Duarte.
Ele ressalta ainda os prejuízos da suspensão das aulas presenciais para as crianças, especialmente as da Educação Infantil e de séries iniciais. Entre eles, destaca os cognitivos, psicológicos, de interação e os riscos à saúde que o sedentarismo, a falta de proteção e até de alimentação adequada causam a muitas crianças privadas das aulas presenciais e do convívio em grupo.
"As crianças são muito pouco incidentes a sintomas graves da Covid-19 e não têm risco alto. Em muitos países as escolas infantis foram as primeiras a retornarem suas atividades. Precisamos de uma bandeira diferente para a educação infantil, mesmo em bandeira preta e vermelha, pois as séries iniciais não podem ter o mesmo tratamento das outras instâncias educacionais", completou o parlamentar, defendendo ainda a inclusão dos professores nos grupos prioritários para a vacinação.
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