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Coronavirus

- Publicada em 12 de Abril de 2021 às 19:44

Pesquisa que monitora presença do coronavírus no esgoto indica desaceleração da Covid-19

Maioria dos pontos de coleta de água de arroios e esgoto teve variação mais baixa de carga viral  

Maioria dos pontos de coleta de água de arroios e esgoto teve variação mais baixa de carga viral  


Lisiane Ulbrich/Divulgação/JC
Fernanda Crancio
A desaceleração da presença do coronavírus em arroios e no esgoto sanitário de Porto Alegre e de cidades da Região Metropolitana e do Litoral Norte, conforme já vêm mostrando os indicadores da pandemia nos últimos dias, foi comprovada no mais recente boletim da pesquisa que vem analisando, desde maio do ano passado, a incidência do vírus nesses ambientes. Concluída na última sexta-feira (9), essa etapa do levantamento mostra que a maioria dos pontos de coleta apresentou variação mais baixa de carga viral do que o percebido anteriormente.
A desaceleração da presença do coronavírus em arroios e no esgoto sanitário de Porto Alegre e de cidades da Região Metropolitana e do Litoral Norte, conforme já vêm mostrando os indicadores da pandemia nos últimos dias, foi comprovada no mais recente boletim da pesquisa que vem analisando, desde maio do ano passado, a incidência do vírus nesses ambientes. Concluída na última sexta-feira (9), essa etapa do levantamento mostra que a maioria dos pontos de coleta apresentou variação mais baixa de carga viral do que o percebido anteriormente.
 A queda na presença do coronavírus no esgoto da Capital já vinha sendo notada na divulgação semanal da pesquisa.
Segundo o estudo, desenvolvido pela Feevale, em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (Cevs) e instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Fiocruz, a 12ª Semana Epidemiológica (SE) - de 21 a 27 de março- apresentou "diminuição significativa" nos pontos de coleta. Além disso, na SE seguinte (que foi de 28 de março a 3 de abril), os resultados parciais da Capital e de Gravataí trouxeram "aumento desacelerado, bem abaixo dos observados no período crítico, porém ainda com valores altos" de presença do coronavírus nas amostras de água.
As Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) dos bairros Serraria e Sarandi, que concentram o esgoto de grande parte de Porto Alegre, registraram, no entanto, resultados condizentes com os números de casos diagnosticados na cidade no período. Na ETE Seraria, após altos valores na primeira quinzena de março, houve diminuição na carga viral das amostras (cerca de 64%), voltando aos patamares do final de 2020.
A ETE Sarandi, que havia registrado a maior carga viral de seu histórico na semana de 14 a 20 de março (com mais de 2 milhões de cópias genômicas por litro de esgoto), teve como resulado uma queda "a menos da metade" na semana seguinte, quando foi identificada pouco mais de 1 milhão de cópias genômicas. Apesar da redução, a pesquisa enfatiza esses como valores "ainda elevados". Já no Arroio Dilúvio, houve maior concentração de cópias genômicas do vírus no ponto de coleta próximo ao Praia de Belas Shopping, indicando despejo de resíduos de outros sistemas de esgotamento sanitário no local.
Na ETE São João/Navegantes, que atende a zona Norte da Capital, após um pico registrado na SE 10 (de 7 a 13 de março), houve diminuição na carga viral das amostras seguintes. Nesta mais recente, foi registrada elevação, mas dentro do intervalo de oscilação da série histórica. Na Estação de Bombeamento de Esgoto (EBE) Restinga, Zona Sul da cidade, houve, o entanto, aumento localizado de mais de 100% na detecção do vírus.
Nas demais cidades pesquisadas da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), os levantamentos comprovaram ainda números superiores aos resultados obtidos no Litoral, prova da diminuição do fluxo de pessoas que se deslocaram às praias no período, em relação às semanas anteriores.
Queda acentuava tabém foi mantida em Cachoeirinha, São Leopoldo- que chegou nas semanas anteriores a apresentar o maior valor de detecção do vírus desde o início do monitoramento-, e em Canoas, que, após apresentar o maior valor de concentração viral já encontrado no estudo ambiental, já caminha para queda estabilizada.
A única exceção entre as cidades da RMPA foi Alvorada, que observou resultados superiores ao da semana anterior, que vinham apontando queda em relação aos picos de fevereiro.

 

Coletas no esgoto da Região Metropolitana de Porto Alegre

  • 584 amostras coletadas no total (desde maio de 2020)
  • 83 amostras entre março e abril de 2021
  • 17 pontos de coleta ativos
  • 10 Estações de Tratamento de Esgoto
  • 1 Estações de Bombeamento de Esgoto
  • 3 Arroios, dois pontos em cada um
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