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Coronavirus

- Publicada em 24 de Março de 2021 às 20:39

Pesquisadores do Brics buscam interconexões entre tuberculose e Covid-19

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi celebrado ontem, e estabelecer interconexões entre a tuberculose e a Covid-19 é a tarefa que une 25 pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). A pesquisa também conta com parceiros de três países do grupo Brics: Índia, Rússia e África do Sul.
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi celebrado ontem, e estabelecer interconexões entre a tuberculose e a Covid-19 é a tarefa que une 25 pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). A pesquisa também conta com parceiros de três países do grupo Brics: Índia, Rússia e África do Sul.
O projeto ainda não foi efetivado porque depende de liberação de recursos. Cada país tem seu órgão financiador - no Brasil, será o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Segundo a professora que lidera o estudo no Brasil, Anete Trajman, da Faculdade de Medicina da UFRJ, o edital foi uma demanda do Brics como um todo.
O trabalho foi considerado "vital" pela revista médica inglesa Lancet, tendo em vista que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 1,5 milhão de pessoas a mais morram de tuberculose até 2025, devido à pandemia de Covid-19. No momento, os pesquisadores se organizam para obter a aprovação ética do estudo e fazer coleta de dados. Anete acredita que os resultados poderão ser conhecidos em 2023.
"As medidas de distanciamento social e as consequências econômicas que a Covid-19 teve refletiram no agravamento da epidemia de tuberculose, até mais grave do que a OMS previu", afirma Anete. Com medo do contágio pela Covid-19 e sem dinheiro para se deslocar até as unidades médicas, muitos pacientes com tuberculose deixaram de procurar ou de dar sequência ao tratamento.
Já foram notadas interferências diretas e indiretas entre as duas doenças. Os sistemas de saúde tiveram que alocar seus recursos prioritariamente para o enfrentamento da Covid-19. Em maio, houve redução de 40% na realização de testes moleculares rápidos para tuberculose. Em outubro, com a diminuição de casos de Covid-19, a redução foi de 20%, relata a professora. Com os resultados que forem alcançados, os pesquisadores vão fazer modelagens para ver que medidas poderiam ter impacto positivo
Desde 2014, a OMS considera a tuberculose como a doença infecciosa que mais mata no mundo. Com o surgimento da Covid-19, em 2020, o cenário mudou. Anete ressalta, porém, que a Covid-19 não continuará sendo a doença que mais mata, à medida que as populações se vacinem. "Continuará endêmica e matando algumas pessoas, como a gripe, mas não vai ser uma doença avassaladora como foi em 2020 e neste ano."
Atualmente, cerca de um quarto da população mundial desenvolve tuberculose, mas só 10% dos infectados vão adoecer, explica a professora. O Brasil está entre os 22 países que concentram a maior carga de tuberculose, da ordem de 80% dos casos, ocupando a décima sexta posição no ranking global da doença.
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