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Coronavirus

- Publicada em 24 de Março de 2021 às 17:05

Vigilância em Saúde monitora reações da vacina contra a Covid-19 no RS

Imunização não impede que a pessoa vacinada se contamine

Imunização não impede que a pessoa vacinada se contamine


MICHAEL DANTAS/AFP/JC
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma estar monitorando todos os registros de reação da vacina contra o novo coronavírus. Dor de cabeça, febre, fadiga e inchaço no local da injeção são alguns dos efeitos colaterais mais comuns nas primeiras 48h após a aplicação do imunizante. Caso as reações persistam ou se aproximem dos sintomas de síndrome gripal, especialistas apontam para a necessidade de testagem para Covid-19.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma estar monitorando todos os registros de reação da vacina contra o novo coronavírus. Dor de cabeça, febre, fadiga e inchaço no local da injeção são alguns dos efeitos colaterais mais comuns nas primeiras 48h após a aplicação do imunizante. Caso as reações persistam ou se aproximem dos sintomas de síndrome gripal, especialistas apontam para a necessidade de testagem para Covid-19.
Apesar de não existirem dados concretos sobre os eventos adversos das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca no Rio Grande do Sul, a chefe da divisão de vigilância epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, afirma que o Estado tem um sistema de notificação que monitora e acompanha esses casos. Segundo ela, a maioria dos eventos acontecem até 15 dias depois de a pessoa receber a dose, mas o Cevs monitora os pacientes por até 30 dias.
“A vacina de Oxford nos parece mais reatogênica, mas ainda não conseguimos filtrar e analisar todos os dados”, acrescenta. Ao menos 13 países europeus chegaram a suspender a vacinação devido a complicações sanguíneas raras - trombose e de morte por coágulos sanguíneos - identificadas em 37 pessoas imunizadas. Depois de 10 dias, com o aval da EMA (Agência Europeia de Medicamentos), o uso foi retomado. A agência não identificou relação com o desenvolvimento de eventos trombolíticos e concluiu que a vacina da AstraZeneca é segura e que os benefícios do produto ainda superam os possíveis riscos. No Brasil, a Anvisa disse que não há registros de eventos adversos mais graves.
“Hoje, se um profissional da saúde ou população em geral ligar para o telefone 150, o disque vigilância, existe a opção de a ligação ser transferida para o telessaúde, onde essa pessoa vai notificar o evento adverso, ser atendida e monitorada”, explica Tani. A pessoa com reação vacinal também pode ir até a unidade de saúde na qual recebeu a vacina contra o coronavírus para notificar e receber atendimento.
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), onde cerca de 7,1 mil profissionais de saúde já foram vacinados com uma das duas vacinas e 2,9 mil já receberam a segunda dose, a maioria dos eventos adversos apareceram em até 48h depois da aplicação. “Os sintomas mais comuns são cefaleia (60%), dor no local de aplicação (49%) e febre ou calafrios (45%)”, afirma o Chefe do Serviço de Medicina Ocupacional do HCPA e professor da Unisinos, Fábio Dantas, com dados aproximados.
O especialista sugere que o paciente faça um teste de coronavírus caso os sintomas persistam por mais de 48h. “Sempre que tiverem sinais que possam sugerir síndrome gripal, como dor de garganta, coriza, fadiga, tosse e falta de ar, é importante testar, porque a pessoa pode estar com Covid-19 e não ser só uma reação vacinal”, acrescenta. Nesses casos, deve-se procurar a atenção primária.
Tani conta que muitos dos casos notificados são, na verdade, casos de Covid-19. “Alguns dos sintomas compatíveis com os de síndrome gripal estamos classificando como Covid-19. Pessoas que fizeram a vacina, mas pegaram a doença. Isso não é um evento adverso”, completa.
Segundo Dantas, isso acontece porque a vacina não garante imunização. “Todas as vacinas foram produzidas para evitar, principalmente, que as pessoas adoeçam de forma grave, porque é isso que quebra o sistema de saúde. Então as vacinas não impedem que a infecção ocorra. Ainda pode ocorrer, mas de forma menos grave.”
Na segunda-feira (22), o RS ultrapassou a marca de marca de 1 milhão de doses da vacina da Covid-19 aplicadas na população. As novas doses recebidas pelo governo do Estado nos últimos dias foram distribuídas aos municípios, possibilitando assim ampliar a imunização. Em Porto Alegre, a prefeitura iniciou na terça-feira (23) a vacinação de profissionais de saúde que não estão na linha de frente e nesta quarta de idosos a partir de 72 anos

Quais os efeitos adversos que as vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca podem causar?

Coronavac
  • No local da injeção: dor, inchaço, vermelhidão, caroço duro, coceira, mancha roxa e infecções no local.
  • O vacinado também pode apresentar dor de cabeça, dor nos músculos, diarreia, náusea, cansaço e, mais raramente, febre.
Oxford/AstraZeneca
  • Sensibilidade no local da injeção, dor local, dor de cabeça, fadiga, mialgia, mal-estar, febre, calafrios e artralgia, náusea.
  • A maioria das reações adversas foram leves a moderadas e se resolveram dentro de poucos dias após a vacinação. As reações adversas foram menos frequentes após a segunda dose do que a primeira.
Como notificar o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) - telefone 150, o disque vigilância
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