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Coronavirus

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 08:26

Com 5 mil sepulturas disponíveis, Porto Alegre não corre risco de colapso em cemitérios

Sistema funerário de Porto Alegre tem capacidade para 1,1 mil sepultamentos por mês

Sistema funerário de Porto Alegre tem capacidade para 1,1 mil sepultamentos por mês


LUIZA PRADO/JC
Ao contrário de muitas cidades brasileiras, Porto Alegre não corre risco de ficar sem espaço para enterrar as vítimas de Covid-19. Atualmente, segundo a Associação Sulbrasileira de Cemitérios e Crematórios (Asbrace), a Capital conta com cinco mil sepulturas disponíveis nos 19 cemitérios da cidade e, ainda, espaço e capacidade construtiva de 80 mil jazigos. O município já passa dos três mil óbitos pela doença.
Ao contrário de muitas cidades brasileiras, Porto Alegre não corre risco de ficar sem espaço para enterrar as vítimas de Covid-19. Atualmente, segundo a Associação Sulbrasileira de Cemitérios e Crematórios (Asbrace), a Capital conta com cinco mil sepulturas disponíveis nos 19 cemitérios da cidade e, ainda, espaço e capacidade construtiva de 80 mil jazigos. O município já passa dos três mil óbitos pela doença.
“Não vai haver um colapso em Porto Alegre. As pessoas pensam que pode acontecer o mesmo que em Manaus, mas nosso sistema funerário é bem organizado. Conseguimos suprir as necessidades da comunidade”, declara o presidente da Asbrace e diretor do cemitério Parque Jardim da Paz, Gerci Perrone Fernandes. Ainda que longe de um colapso, Fernandes afirma que a demanda das funerárias, cemitérios e crematórios cresceu 20% entre janeiro e fevereiro. 
O administrador dos cemitérios municipais de Porto Alegre, Alexsandro Silva da Costa, também notou o aumento na procura pelo serviço. “Em questão de espaço, esse pico de Covid-19 não nos afetou, mas aumentou nossa demanda de sepultamento por dia. Em janeiro sepultamos seis vítimas de Covid-19, em fevereiro já foram 17”, conta. Os cemitérios Tristeza, São João e Belém Velho atendem somente famílias com concessão. “Em julho do ano passado também atingimos 16 sepultamentos. Nos meses seguintes, o número diminuiu e, agora, está assim novamente.”
“Ainda não sabemos exatamente os números sobre o mês de março, porque ainda tem uns dias pela frente, mas já percebemos que a demanda está maior do que no mês anterior”, ressalta Fernandes. Segundo dados da Central de Atendimento Funerário de Porto Alegre (CAF-POA), a cidade registrou 1.695 e 1.629 óbitos em janeiro e fevereiro, respectivamente. Nos primeiros 18 dias de março, o número chegava a 1.847 mortes. Fernandes explica, porém, que 40% das pessoas que morrem na cidade são enterradas ou cremadas em outros locais.
Em janeiro, fevereiro e março de 2020 foram registrados, respectivamente, 866, 822 e 826 sepultamentos ou cremações em Porto Alegre. Nesse ano, já foram 1.102 em janeiro, 1.143 em fevereiro e 1.446 até o dia 18 de março. A CAF-POA explica que não há como saber quantas mortes foram causadas pela Covid-19.
De acordo com Fernandes, o sistema funerário de Porto Alegre tem capacidade para 1,1 mil sepultamentos por mês. Até a segunda semana de março, os dois crematórios da cidade tinham limite de oito cremações por dia. No dia 11 de março, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) concedeu autorização para que os estabelecimentos operassem em sua capacidade máxima.
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