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Coronavirus

- Publicada em 08 de Março de 2021 às 09:59

Conceição e Clínicas criam espaços para suporte de UTI a doentes Covid, mas não ampliam vagas

Área da emergência do Conceição foi equipada com instalações para dar suporte de UTI

Área da emergência do Conceição foi equipada com instalações para dar suporte de UTI


GHC/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Em busca de mais espaço em estruturas já esgotadas, os dois maiores hospitais públicos do Rio Grande do Sul instalam áreas para melhorar os cuidados de pacientes críticos, que são os casos mais graves e que demandam suporte de UTI. Mas não se trata de mais vagas, mas de melhorar as condições de cuidados.
Em busca de mais espaço em estruturas já esgotadas, os dois maiores hospitais públicos do Rio Grande do Sul instalam áreas para melhorar os cuidados de pacientes críticos, que são os casos mais graves e que demandam suporte de UTI. Mas não se trata de mais vagas, mas de melhorar as condições de cuidados.
O Rio Grande do Sul alcança o nível de esgotamento de UTIs. Também tem alta na mortalidade, com 261 novos óbitos notificados no fim de semana. O governo também estendeu a bandeira preta até 21 de março para conter a velocidade de transmissão do vírus.
A ocupação é de 103,7% nas UTIs, na largada desta segunda-feira (8). A taxa é puxada por hospitais em muitas regiões que já operam muito acima da capacidade. Pela manhã, são 3.115 pacientes internados para a oferta de 3.005 leitos intensivos. Do total de doentes, 2.365 são ligados à Covid: 2.207 confirmados e 158 suspeitos, 76%, mais de três quartos da população sob cuidados.  
Em Porto Alegre, 13 dos 18 hospitais estão com UTIs com capacidade normal esgotada ou bem acima. O Hospital Moinhos de Vento tem 145% de ocupação, e o São Lucas, 134%. A situação está sendo atualizada pelas unidades. A taxa é de 110% no uso da estrutura, com 1.056 doentes para 969 vagas.     
No Hospital Conceição, que pertence ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), mudanças foram feitas na área de pacientes mais graves da emergência. As salas laranja e vermelha passaram a ter juntas 40 leitos para manter casos de Covid que demanda suporte de UTI e que chegam de outros serviços. A adaptação, como descreve o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira, foi feita entre sexta-feira (5) e sábado (6).
A medida servirá para dar conta das necessidades dos doentes que já lotam a área. Eram quase 50 casos entre confirmados e suspeitos de Covid nas salas que precisavam de leitos de UTI, nesse domingo (7), 28 com necessidade de ventilação mecânica. 
Oliveira diz que 30 respiradores que chegaram na instituição na semana passada já estão quase todos sendo usados. Antes de serem acessados por pacientes, os equipamentos passam por testes. Oliveira alerta que a capacidade desse tipo de equipamento em outras áreas está esgotada, não há mais reserva. O que for preciso será buscado nos aparelhos do Hospital Cristo Redentor, que integra o GHC. 
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Área da emergência do Conceição que também recebe casos de Covid. Foto: FGHC/Divulgação
"Todo esse esforço é para uma doença. Estamos colocando maior parte da estrutura para o coronavírus", descreve o gestor. O Conceição não tem como ampliar mais vagas nas UTIs, garante o diretor-presidente. São 45 de Covid e 41 para os demais doentes.
"Já abrimos mais 10 leitos na sala de recuperação, pois as cirurgias eletivas foram suspensas", explica.  O Cristo Redentor tem 15 leitos intensivos de retaguarda, que devem ser buscados para socorrer novos casos. Mas tem um detalhe: o Cristo, especializado em traumatologia, já opera com os leitos 'normais' lotados, segundo o painel dos hospitais atualizado diariamente pela Secretaria da Saúde.
O Conceição também aumentou a oferta de leitos clínicos de 80 a 116. A meta é criar mais 20 vagas nesta área para os casos de novo coronavírus, mas a medida depende de ter mais profissionais. Pelo menos 20 médicos clínicos precisam ser contratados. Tudo depende da resposta à chamada do cadastro reserva.
"Não há previsão de ter novos leitos (clínicos) sem ter médicos novos", adverte Oliveira.

Novo andar do Anexo B terá 50 leitos de UTIs, mas não é ampliação

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Sétimo andar, que é a UTI em operação hoje com 45 leitos, está com mais de 100% de ocupação. Sílvio Ávila/HCPA
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), um novo andar do Anexo B, inaugurado em março de 2020 com a pandemia, será aberto. A previsão é que as instalações sejam finalizadas até o dia 15, informa a coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Enfrentamento do Coronavírus no HCPA, Beatriz Schaan. O sexto andar será ativado, abaixo do andar que abriga a UTI Covid, hoje com 45 leitos.
O hospital registra espera por respiradores devido à grande demanda de casos mais graves. Nesta segunda-feira, a ocupação de leitos nas UTIs é de quase 114%. São 120 casos Covid. Se forem considerados os suspeitos nas vagas intensivas, que somam 17, o número sobe a 137, e a ocupação é de 130% nos leitos de UTI para Covid, que somam 105. Este éo cálculo feito pelas equipes, explica Beatriz. 
A ativação do sexto andar do Anexo B não vai significar ampliação de vagas, previne a coordenadora do GT. 
"Serão 50 leitos de UTI. Mas isso não significa novas vagas. A instituição manterá o teto de 105 vagas no novo anexo", avisa Beatriz.
A nova ala vai receber doentes que hoje ficam na emergência, no térreo, esclarece a médica. São sempre mais de 30 ou 40 pacientes alojados na emergência com novo coronavírus demandando suporte intensivo, vindos de prontos atendimentos e outras unidades mais simples, mas que são casos que precisam de cuidados intensivos. Na manhã desta segunda, são 41 casos.
"Vamos trazer todos os pacientes críticos que estão de forma relativamente adaptada (na emergência) para uma estrutura mais adequada", traduz a coordenadora, que advertiu, em entrevista ao Jornal do Comércio na semana passada, para aumento da mortalidade de doentes devido à demora na chegada de contaminados vindos de prontos atendimentos e até mesmo pela limitação da estrutura de cuidados.
Na prática, o que será adequado para um grupo, e o mais grave, de pacientes, vai abrir espaço para receber mais 40 a 50 candidatos à UTI, que têm origem em prontos atendimentos ou outros hospitais.
"Apenas acomodaremos de forma mais confortável os pacientes Covid na emergência. Não temos mais respiradores e nem profissionais para mais leitos. Acabou."
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