Após dias com filas de pessoas com suspeita de Covid-19 em busca de atendimento, os postos de saúde e unidades de pronto-atendimento (UPAs) de Porto Alegre tiveram uma manhã mais tranquila nesta quarta-feira (24). Mas não por uma retração na demanda por atenção básica. Esses locais começaram a adotar novos protocolos para evitar a aglomeração, como, por exemplo, suspender atendimento a pacientes com sintomas de Covid.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, na zona Norte de Porto Alegre, não tinha filas nesta manhã. Mas não há motivo para comemorar. O local não está recebendo mais pessoas com sintomas ou diagnóstico de Covid na tentativa de dar conta da população em atendimento na unidade.
Casos leves são orientados a procurar outros postos de saúde. Os casos graves de pacientes em busca de ajuda são orientados a procurar outra unidade ou entrar em contato com a prefeitura para saber onde há vagas de leitos clínicos ou de UTI.
Na UBS Tristeza, as pessoas que chegam com sintomas são atendidas e passam por uma triagem Foto: Luiza Prado/JC
A reportagem do Jornal do Comércio também esteve na Unidade Básica de Saúde Tristeza, na zona Sul da Capital, por volta das 10h30min e não havia pessoas aguardando. Porém, a equipe informou que tem atendido, em média, 16 casos de Covid por turno, ou seja, em torno de 48 pacientes a cada dia de trabalho que se estende das 8h às 22h.
Todas as pessoas que chegam à UBS são atendidas e passam por uma triagem. Quando é necessária a internação, a equipe já chama a ambulância para encaminhar a um hospital com leito clinico ou de UTI disponível.
Procurada para comentar a situação da atenção básica em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde não deu retorno. Já a Secretaria Estadual de Saúde alegou que o tema é de responsabilidade do município e informou que trabalha para aumentar o número de leitos nos hospitais.
A reportagem esteve, ainda, no Posto de Saúde Modelo, na região Central da cidade. O movimento é tranquilo, sem filas ou aglomerações.