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Coronavirus

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2021 às 16:44

'Sair só para o que for essencial nos próximos 14 dias', ressalta reitora da UFCSPA

 Orientação é evitar circular pela cidade nos próximos 14 dias, saindo apenas para atividades estritamente necessárias

Orientação é evitar circular pela cidade nos próximos 14 dias, saindo apenas para atividades estritamente necessárias


LUIZA PRADO/JC
Fernanda Crancio
Evitar circular pela cidade nos próximos 14 dias, saindo apenas para atividades estritamente necessárias, e reforçar os cuidados para enfrentamento à pandemia, principalmente o distanciamento social adequado. Essas são as orientações que a professora de epidemiologia e reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Pellanda, sugere como forma de minimizar o avanço da disseminação da Covid-19 e colaborar para desafogar o sistema de saúde local.
Evitar circular pela cidade nos próximos 14 dias, saindo apenas para atividades estritamente necessárias, e reforçar os cuidados para enfrentamento à pandemia, principalmente o distanciamento social adequado. Essas são as orientações que a professora de epidemiologia e reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Pellanda, sugere como forma de minimizar o avanço da disseminação da Covid-19 e colaborar para desafogar o sistema de saúde local.
Na Capital, as UTIs já operam acima da capacidade desde o final da semana passada, cirurgias não urgentes foram suspensas, e especialistas vêm alertando para provável colapso no sistema da saúde.
Lúcia, que integra o comitê científico de apoio ao enfrentamento da pandemia no Rio Grande do Sul, reitera que este é o pior cenário da pandemia no Estado e que por conta das aglomerações, da nova variante mais potente do vírus, da lotação de UTIs e hospitais e do aumento de casos da Covid-19 entre a população mais jovem, o momento é de repetir o mantra "fique em casa", que em março do ano passado, quando surgiram os primeiro casos da doença, passou a ser amplamente disseminado. "Todos esses elementos fazem necessário que tenhamos o máximo cuidado nos próximos 14 dias. Sair só para o que for essencial", destaca a reitora.
Segundo ela, o risco de esgotamento do sistema de saúde é uma realidade que parece não estar sendo levada a sério pela população, fato que prejudica não apenas os pacientes com Covid-19, mas toda a população, que ficará desassistida de atendimento emergencial, ambulatorial e cirúrgico. "A situação de hoje é excepcional, mesmo dentro de uma pandemia, delicada e extremamente complexa, porque a saúde não esgota só para a Covid, mas para quem quebra um braço, tem um problema cardíaco, precisa de tratamento para um câncer. Ou seja, aumenta a mortalidade para todos", enfatiza.
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Diante do atual contexto, ela ressalta que não há condições para a volta das aulas presenciais, pelo menos nos próximos 14 dias. "A transmissão do vírus é principalmente respiratória e são fatores de risco as aglomerações em ambientes fechados e pessoas sem máscara. Precisamos nos preparar para reduzir a circulação, e a escola apresenta uma participação importante na circulação de pessoas".
Lucia, que desde o ano passado já vinha alertando para a necessidade de avaliar com cuidado a volta ao ensino em sala de aula, acredita que é possível retomar as atividades escolares, desde que ampliando os cuidados no ambiente letivo, mas acredita que enquanto seguirem os registros de aglomerações e festa clandestinas, não há condições seguras para isso. "É óbvio que é melhor abrir a escola antes das festa, mas isso não ocorre na prática, e acaba prejudicando a todos", afirma.
Ela ressalta que uma readaptação de protocolos, com foco maior no distanciamento entre as pessoas, na ventilação dos ambientes e no uso irrestrito de máscaras, é uma das formas de melhor preparar as aulas presenciais. "Tem que ter uma reavaliação de protocolos, pois o que vale hoje não é o mesmo que valia em março de 2020",diz.
A reitora também reforça para a necessidade de uma ampla sensibilização da sociedade para a gravidade do quadro atual da pandemia. "Antes tínhamos medo de sair de casa, hoje sabemos que é possível fazê-lo e frequentar ambientes ao ar livre, com máscara e todos os cuidados. O que precisa é uma maior sensibilização das pessoas. A sensação nas ruas é de que liberou geral e, diante disso, o risco é exponencial. Se todos colaborarem, as coisas podem melhorar e o atendimento à saúde ter um respiro nos próximos 14 dias, recuperando um pouco o rumo", conclui.
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