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Coronavirus

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2021 às 13:05

Estudo indica que cerca de 30% das pessoas com Covid-19 não apresentam febre

Débora Couto da Rosa vem realizando o estudo Avaliação de sintomas clínicos de pacientes com Covid-19 no RS

Débora Couto da Rosa vem realizando o estudo Avaliação de sintomas clínicos de pacientes com Covid-19 no RS


Alana Hansen/Universidade Feevale/Divulgação/JC
Desde o início da pandemia de Covid-19, tornou-se uma necessidade a produção de dados epidemiológicos que fossem disponibilizados de forma rápida para orientar a avaliação clínica e a caracterização da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. A Universidade Feevale vem realizando o estudo Avaliação de sintomas clínicos de pacientes com Covid-19 nas mesorregiões Metropolitana e Nordeste do Rio Grande do Sul.
Desde o início da pandemia de Covid-19, tornou-se uma necessidade a produção de dados epidemiológicos que fossem disponibilizados de forma rápida para orientar a avaliação clínica e a caracterização da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. A Universidade Feevale vem realizando o estudo Avaliação de sintomas clínicos de pacientes com Covid-19 nas mesorregiões Metropolitana e Nordeste do Rio Grande do Sul.
A pesquisa é da acadêmica do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Débora Couto da Rosa, orientada pela professora Juliane Fleck. O estudo coletou, do banco de dados interno da Instituição, as informações clínicas dos pacientes sintomáticos com suspeita de Covid-19, testados para SARS-CoV-2 por RT-qPCR, no Laboratório de Microbiologia Molecular da Feevale.
O objetivo é produzir uma análise da possível associação entre a detecção do vírus e os sintomas apresentados nas regiões de abrangência das coletas, informações essas que podem auxiliar na triagem e no diagnóstico clínico da doença.
Débora explica que, apesar de a febre ser o sintoma mais frequente na maioria dos estudos sobre Covid-19, não foi possível estabelecer associação com a doença. Esses resultados preliminares indicam que não há sintomas específicos associados a essa nova doença viral na região estudada, e que a presença de qualquer manifestação clínica não é um indicativo de positividade ou negatividade para SARS-CoV-2 em pacientes sintomáticos, tendo em vista que os sintomas comumente observados também podem ser causados por outros vírus respiratórios, como o Influenza (vírus causador da gripe).
“De acordo com estudos internacionais, a porcentagem da população infectada pelo vírus que não apresenta sintomas pode chegar até 80%, e como podemos observar nos resultados do estudo, dentre a população classificada como sintomática, as frequências dos sintomas são extremamente variadas”, diz a mestranda. Nesse contexto, segundo Debora, é relevante destacar que, embora muitos estabelecimentos utilizem a medida de temperatura como indicativo da doença, 30% a 45% dos pacientes sintomáticos com Covid-19 não apresentaram febre.
A pesquisa indica, assim, que a ausência de associação com os sintomas acarreta a impossibilidade do diagnóstico clínico da doença, ou seja, por meio apenas da avaliação sintomática. "Os resultados, embora preliminares, revelam a necessidade de que o diagnóstico seja realizado por RT-qPCR, visto a inespecificidade dos sintomas. Além disso, é fundamental a manutenção das medidas de prevenção, assim como a realização da triagem de contatos com casos confirmados", lembra a professora Juliane Fleck.

Sintomas mais comuns variam conforme a região

Em todo o mundo, muitas manifestações clínicas diferentes foram relatadas e vários estudos foram realizados a fim de estabelecer os sintomas da Covid-19. Observou-se que esses variam entre os diferentes locais.
Um estudo na China, por exemplo, indicou febre e tosse como os sintomas mais comuns; outro estudo na Alemanha teve a coriza também presente. Porém, em um estudo hospitalar, na Itália, febre e dispneia se sobressaíram e, nos Estados Unidos, tosse, febre/calafrios e dificuldades respiratórias destacaram-se, entre outros sintomas, em uma pesquisa com pacientes hospitalizados.
No Rio Grande do Sul, até o dia 5 de janeiro, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do RS, os sintomas mais comuns em pacientes confirmados com o coronavírus são tosse (43%), febre (32%), dor de garganta (29%), dispneia (15%) e outros (58%).
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No Rio Grande do Sul, o sintoma mais comum de Covid-19 é tosse Imagem: Feevale/Divulgação/JC
Contudo, ainda não havia estudos de associação entre detecção do vírus com os sintomas apresentados na região estudada, sendo o da Universidade Feevale inédito nesse sentido. “Estudos de avaliação dos sintomas nas diferentes regiões e períodos da pandemia são relevantes, para que se busque compreender as características da doença e, posteriormente, se possível, associar com elementos que podem interferir na manifestação dos mesmos”, conclui a professora Juliane Fleck.
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