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Coronavirus

- Publicada em 20 de Janeiro de 2021 às 17:45

Pesquisa que monitora presença do coronavírus no esgoto chega ao Litoral Norte

Primeiras amostras do esgoto de Capão e Torres começaram a ser coletadas nesta quarta-feira

Primeiras amostras do esgoto de Capão e Torres começaram a ser coletadas nesta quarta-feira


BRUNO ASCHIDAMINI/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
O esgoto de Torres e Capão da Canoa, duas das mais movimentadas praias gaúchas, começou a ser monitorado nesta quarta-feira (20) pela equipe que pesquisa a presença do coronavírus nas águas de arroios e do esgotamento sanitário. O estudo, que vem sendo realizado desde maio do ano passado em 25 pontos de coleta de Porto Alegre e da Região Metropolitana, passará a analisar agora também o impacto da migração populacional ao Litoral Norte nos meses de verão, e sua relação com o aumento da circulação do vírus e dos casos de contaminação por Covid-19 na região.
O esgoto de Torres e Capão da Canoa, duas das mais movimentadas praias gaúchas, começou a ser monitorado nesta quarta-feira (20) pela equipe que pesquisa a presença do coronavírus nas águas de arroios e do esgotamento sanitário. O estudo, que vem sendo realizado desde maio do ano passado em 25 pontos de coleta de Porto Alegre e da Região Metropolitana, passará a analisar agora também o impacto da migração populacional ao Litoral Norte nos meses de verão, e sua relação com o aumento da circulação do vírus e dos casos de contaminação por Covid-19 na região.
A análise de amostras coletadas em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) das duas cidades litorâneas foi inserida no escopo do projeto a partir deste mês, atendendo a um pedido da Secretaria Estadual da Saúde, e está sendo viabilizada por meio da inclusão da pesquisa em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), que disponibilizará verba específica para a manutenção do estudo por mais dois anos, além de bolsa de iniciação científica aos pesquisadores envolvidos.
"Para nós essa nova fase é muito importante, pois nos dá segurança da continuidade do projeto. A gente sabe que há grande deslocamento populacional para o Litoral, principalmente aos finais de semana, e há tendência de aumento das amostras positivas para a presença do coronavírus, como temos visto nos últimos meses na Capital e Região Metropolitana", comenta Caroline Rigotto, bióloga da Feevale e coordenadora do projeto.
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Ela explica que as duas ETES pesquisadas a partir desta semana no Litoral têm sistemas operacionais diferentes das de cidades metropolitanas, mas que são bastante representativas em termos de cobertura populacional, embora os números exatos ainda não tenham sido disponibilizados pela Corsan. Um diferencial das amostras coletadas nas duas cidades é que também incluirão análises do lodo dos esgotos, tipo de sedimento que se forma no início do processo.
Segundo a pesquisadora, o êxito do projeto nos últimos meses mostrou que o resultado das coletas foi condizente à realidade do cenário da pandemia na Capital e cidades vizinhas, que mostrou aumento progressivo de casos de Covid-19 entre a população e maior disseminação do coronavírus entre os meses de novembro e dezembro, como divulgado em reportagem do Jornal do Comércio. "É importante mostrarmos o quanto a pesquisa tem sido útil, servido à Secretaria Estadual da Saúde e aos municípios, e dado retorno à sociedade", avalia Caroline.
Com o início da vacinação no Rio Grande do Sul, ela aponta ainda que o monitoramento da água de esgotos e arroios torna-se ainda mais importante. "Com a imunização em curso, e após dela, será necessário ver como se dará a circulação do vírus, se teremos diminuição da propagação e dos casos. Ou seja, isso só reforça como a pesquisa tem sido e será uma boa forma de vigilância", ressalta a pesquisadora.
Ao longo do dia, equipes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) coletaram amostras na ETE Guarani, em Capão, e na ETE Mampituba, de Torres.
Segundo o engenheiro químico André Jarenkow, da equipe do programa Vigiagua do CEVS, semanalmente os materiais serão coletados pelas equipes da Corsan e encaminhados à 18ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Osório, que fará o transporte dos frascos para a análise em Porto Alegre. "Dessa forma poderemos ver se o fluxo populacional da região será determinante no aumento do número de casos epidemiológicos e nas amostras do esgoto. Esperamos, já em fevereiro, poder ter uma noção desse resultado das análises do esgoto", ressalta Jarenkow.
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