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- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 09:37

Demanda quintuplica no Amazonas e artistas se mobilizam em busca de doações

Aviões da FAB decolaram da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), na quinta-feira com mais de 18 toneladas de cilindros de oxigênio líquido

Aviões da FAB decolaram da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), na quinta-feira com mais de 18 toneladas de cilindros de oxigênio líquido


FAB/DIVULGAÇÃO/JC
O Brasil pediu ajuda aos Estados Unidos para tentar socorrer a rede de saúde do Amazonas após o estoque de oxigênio acabar em vários hospitais de Manaus na quinta-feira (14). O pedido é que um avião da US Air Force auxilie no transporte de cilindros de oxigênio para a cidade. "Tem lugar que tem oxigênio, mas não tem uma aeronave que o transporte em cilindro", afirmou o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM).
O Brasil pediu ajuda aos Estados Unidos para tentar socorrer a rede de saúde do Amazonas após o estoque de oxigênio acabar em vários hospitais de Manaus na quinta-feira (14). O pedido é que um avião da US Air Force auxilie no transporte de cilindros de oxigênio para a cidade. "Tem lugar que tem oxigênio, mas não tem uma aeronave que o transporte em cilindro", afirmou o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM).
"Estamos tentando, junto à embaixada dos Estados Unidos, a liberação de um avião da Força Aérea americana, um Galaxy, para levar o oxigênio", afirmou ele. O Estadão confirmou com o Itamaraty que o pedido já foi feito e a embaixada dos Estados Unidos disse estar "em contato com as autoridades brasileiras para tratar do assunto".
A Força Aérea Brasileira também tem atuado para tentar socorrer a rede de saúde amazonense. Anteontem, uma aeronave levou 8 toneladas de equipamentos hospitalares. Outros dois aviões Hercules C-130 partirão de Guarulhos (SP) com mais cilindros.
A White Martins, que produz oxigênio hospitalar em Manaus, não está conseguindo suprir a "demanda exponencial" do sistema amazonense e tenta viabilizar a entrega de suas outras plantas. Ela avalia a disponibilidade do insumo em suas operações na Venezuela e "atua para viabilizar sua importação".
Nas contas da White Martins, a demanda por oxigênio disparou cinco vezes mais em duas semanas, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia. A empresa consegue produzir apenas 28 mil metros cúbicos por dia.
Empresas privadas também se movimentam para ajudar. A regional da Moto Honda da Amazônia disse, em nota, que doou 14 cilindros. A Whirlpool formalizou a doação de mais de 3 mil metros cúbicos de oxigênio. De São Paulo, 32 tanques criogênicos aguardam o apoio do governo para serem levados até o Amazonas.
Famílias tentam comprar cilindro por conta própria
No desespero pela falta de atendimento adequado, muitas pessoas estão tentando comprar oxigênio por conta própria para garantir a vida de parentes com sintomas graves de covid-19. O professor de Educação Física Walhederson Brandão Barbosa, de 38 anos, está correndo contra o tempo para não deixar a mãe sem o insumo
"Já recarreguei o cilindro três vezes e agora estou indo encher um maior; a família toda está mobilizada para mantê-la com oxigênio", conta.
Barbosa relata que a mãe está internada com sintomas de covid-19 na Unidade de Saúde de Pronto-atendimento José Jesus Lins, no bairro Redenção, zona centro-oeste de Manaus. "Às 8 horas, soubemos que faltou oxigênio. Lá dentro eu vi mais de cinquenta pacientes entubados; minha mãe está com boa saturação e está na sala de inalação improvisada no local, mas ainda assim precisa de oxigênio porque está com cateter nasal. Nós estamos comprando agora um cilindro de dez litros e pagando R$ 1 mil."
Sensibilizados com a situação no Amazonas, artistas se mobilizaram nas redes sociais pedindo doações. O humorista Whindersson Nunes divulgou a compra de cilindros para hospitais em Manaus. "Providenciando 20 cilindros de 50 litros de oxigênio pra distribuir nas unidades mais urgentes em Manaus! Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho né, vamos retribuir?", escreveu Whindersson no Twitter
Além de cobrar os amigos, Whindersson aproveitou para divulgar os dados das instituições que estão recebendo doações para providenciar oxigênio para a rede pública da cidade. A publicação foi compartilhada pelo comediante Marcelo Adnet. Fãs dos artistas agradeceram a ajuda nas redes sociais.
O apresentador Luciano Huck também reagiu ao post. "Conte comigo nesta corrente do bem. Vou doar também", disse, criticando também o Ministério da Saúde pelo "negacionismo, incompetência e descoordenação".
Depois, Whindersson ainda disse estar fazendo contato com outras pessoas para conseguir mais doações. Entre os que aceitaram fazer doações, estavam Tirullipa, Tatá Werneck, Simone (da dupla com Simaria) e Tierry. Cada um deles doou 10 cilindros de 50 litros. "Vai dar certo pivete", comemorou.
Outros famosos foram se juntando à iniciativa aos poucos. "Vamos juntos nessa meu amigo, eu também faço questão de ajudar com 10 cilindros de 50 litros", disse Wesley Safadão. "Também vou entrar nessa com vocês", disse Sabrina Sato.
Alguns famosos também divulgaram as formas de ajudar, como Felipe Neto, e cobraram as autoridades, como Anitta. "A situação é desesperadora", disse a cantora Joelma. "Espero um posicionamento das autoridades!"
Taís Araújo, que ajudou a divulgar itens que os hospitais manauaras estão precisando, resumiu: "Toda a ajuda e mobilização é bem vinda agora".
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