A terça-feira (29) de pandemia no Rio Grande do Sul foi trágica. As 144 novas mortes registradas pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) em razão do novo coronavírus foram o
recorde absoluto de óbitos notificados em um mesmo dia desde o início da crise sanitária, no fim de fevereiro. Soma-se a isso os 6.362 novos casos de contaminação em 24h e o cenário da pandemia no Estado no momento é dos piores do Brasil. Mais especificamente, o quarto pior na última semana.
Conforme levantamento realizado pelo Comitê de Dados do governo estadual, nos últimos sete dias, entre 22 e 29 de dezembro, o Rio Grande do Sul foi o quarto estado do País com maior número de mortes por 100 mil habitantes, com taxa de 3,69. O Estado ficou atrás somente do Mato Grosso do Sul (5,83 óbitos por 100 mil pessoas), Espírito Santo (4,80/100 mil) e Santa Catarina (4,54/100 mil).
Em termos de comparação, São Paulo, estado mais afetado pela Covid-19 no Brasil, a última semana teve uma taxa de mortes na última semana de 1,74 óbitos por 100 mil habitantes. No Rio de Janeiro, a taxa foi de 2,80/100 mil e, no Paraná, ficou em 3,06/100 mil pessoas.
Neste período de sete dias, foram registradas 420 mortes pela doença no Rio Grande do Sul – uma média de 60 vítimas fatais por dia.
Já no que diz respeito aos novos casos de contaminação pelo vírus Sars-Cov-2, o Estado também fica em quarto lugar no ranking nacional na última semana, com um crescimento de 0,75% em relação ao total acumulado de ocorrências. O cenário gaúcho só foi pior do que o registrado no Paraná (0,88%), no Mato Grosso do Sul (0,83%) e em Sergipe (0,77%).
No período, 22.548 gaúchos foram contaminados pelo novo coronavírus – uma média diária de 3.221 infecções.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem 438.458 casos confirmados de Covid-19 e 8.680 mortes causadas pela pandemia. O Estado é o quinto do Brasil com maior número de casos (atrás de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Santa Catarina) e o sétimo em número de óbitos (atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará).