Os números da pandemia do novo coronavírus não param de crescer no Rio Grande do Sul. A doença que já afetou 289.923 gaúchos, vitimando fatalmente 6.410 deles, ganha corpo, se expande, desafia os hospitais e mostra que ainda está longe de ir embora.
A análise semanal do Jornal do Comércio do quadro da pandemia no Estado aponta que os três indicadores – pacientes internados em UTIs, número de novos casos e número de novos óbitos – estão em crescimento.
Somente na última semana, foram 18.583 novas contaminações. Na semana anterior, entre 12 e 5 de novembro, haviam sido 16.512 novos casos. No período anterior, de 29 de outubro a 5 de novembro, foram 11.426 ocorrências. Ou seja, em um período de três semanas, houve um aumento de 62,6% no número de novas contaminações.
A última semana, entre os dias 12 e 19 de novembro, foi de confirmação de cenário de recrudescimento da crise sanitária em território gaúcho, com novo aumento no número de pacientes com a doença hospitalizados em Unidades de Tratamento Intensivo em hospitais.
O Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 5,7% nas internações nos últimos sete dias, passando de 644 para 681 pacientes (confira no gráfico). Considerando o período de 14 dias, o aumento foi de 20,3%.
Em relação aos casos, o Estado registrou a segunda semana seguida de crescimento no ritmo de confirmações. Nos últimos sete dias, o percentual de aumento de contágios foi de 6,8%, passando de 271.340 para 289.923 (confira no gráfico). O percentual de casos ativos em relação ao total de pessoas já contaminadas é de 5%.
No dia 20 de outubro, ocorreu o retorno das aulas presenciais na rede pública estadual gaúcha. Em razão disso, o JC também está acompanhando o número de jovens entre 5 e 19 anos contaminados, com vistas a analisar como o retorno dos alunos às salas de aula está impactando essa parcela da população.
Atualmente, são 21.206 casos confirmados entre pessoas que possuem entre 5 e 19 anos – o número corresponde a 7,3% do total de contaminados no Estado (mesmo percentual da semana anterior). Nos últimos sete dias, entre 12 e 19 de novembro, houve um acréscimo de 1.256 contaminações nesta faixa etária. Na semana anterior, o aumento tinha sido de 1.109 casos.
Em relação aos óbitos, o Estado também teve um piora no quadro em comparação à semana anterior. Entre os dias 12 e 19 de novembro, o crescimento percentual foi de 4,6%, enquanto na semana anterior havia sido de 2,8% (confira no gráfico). O crescimento de 4,6% no número de mortes em uma semana é o maior desde a primeira semana de outubro, quando havia sido de 5,2%.
No último mês, entre os dias 19 de outubro e 19 de novembro, foram registradas 1.022 mortes – uma média de 32,9 óbitos por dia.