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Coronavirus

- Publicada em 15 de Setembro de 2020 às 11:05

Covid-19 afeta tratamentos contra o câncer, diz Sociedade de Oncologia

Atraso no diagnóstico reduz possibilidade de cura, alerta Clarissa Mathias, presidente da SBOC

Atraso no diagnóstico reduz possibilidade de cura, alerta Clarissa Mathias, presidente da SBOC


DIvulgação SBOC/JC
Preocupada com o panorama do câncer em tempos de pandemia, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) está lançando neste mês a campanha #ContraOCâncerESemCovid. O objetivo é fornecer aos profissionais de saúde e à sociedade informações sobre o novo coronavírus, promovendo debates acerca desse assunto, e evidenciando o papel do oncologista e alertando para os riscos que a pandemia pode trazer para quem teve de interromper os tratamentos.
Preocupada com o panorama do câncer em tempos de pandemia, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) está lançando neste mês a campanha #ContraOCâncerESemCovid. O objetivo é fornecer aos profissionais de saúde e à sociedade informações sobre o novo coronavírus, promovendo debates acerca desse assunto, e evidenciando o papel do oncologista e alertando para os riscos que a pandemia pode trazer para quem teve de interromper os tratamentos.
“Os oncologistas clínicos estão preparados para ajudar em ambas as lutas - porque, na verdade, ela é uma só: contra a doença e pela vida, de forma plena e segura”, afirma Clarissa Mathias, presidente da SBOC. Como primeiro passo da campanha, a entidade realizou uma pesquisa entre seus associados para entender melhor os impactos da pandemia no país.
O levantamento foi respondido por 120 membros da Sociedade, que trabalham nos sistemas público, privado ou em ambos. Mais de 74% dos entrevistados informaram que tiveram um ou mais pacientes que interromperam ou adiaram o tratamento por mais de um mês durante a pandemia.
Para Clarissa, a situação é alarmante. “Muitos pacientes portadores de câncer não estão sendo tratados de forma adequada, retardando tratamento e diagnósticos por causa da pandemia”, aponta. Em relação aos procedimentos, as cirurgias enfrentaram a maior dificuldade de ser conduzidas, segundo 67,5% dos respondentes.
Conforme 22,5% dos oncologistas, os exames de seguimento também encararam obstáculos e menos de 1% dos entrevistados afirmaram que nenhum procedimento sofreu consequências.
Entre as mudanças que a pandemia provocou ou acelerou, está a telemedicina. No início de abril, foi sancionada uma lei que autoriza a prática da telemedicina para todas as áreas da saúde enquanto durar a crise ocasionada pelo novo coronavírus. A pesquisa aponta que 64% dos oncologistas passaram a utilizar as teleconsultas.
Segundo o levantamento, 9 a cada 10 médicos afirmaram que a instituição em que atuam conseguiu adotar medidas eficazes para contornar às dificuldades impostas pela Covid-19.
Mais uma das consequências trazidas pela pandemia é a redução salarial dos médicos. De acordo com a pesquisa, 28,57% dos entrevistados afirmam que tiveram o salário reduzido em decorrência deste período e as reduções variam entre menos de 10% até acima de 50%.
Além disso, outro grande ponto de atenção para a SBOC é em relação aos diagnósticos de novos casos de câncer. De acordo com a Dra. Clarissa, diante de qualquer sinal ou suspeita da doença, é fundamental procurar um profissional o mais rápido possível, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura do câncer. “É importante destacar, mais uma vez, que as instituições de saúde estão preparadas e seguindo rígidos protocolos de higiene e segurança para seguir tratando a todos, pacientes com coronavírus ou outras enfermidades, como câncer”, afirma a presidente da SBOC.
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