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Coronavirus

- Publicada em 14 de Junho de 2020 às 21:01

Bio-Manguinhos e Butantan já preparam fábricas para vacina

Bio-Manguinhos poderia produzir até 40 milhões de doses por mês

Bio-Manguinhos poderia produzir até 40 milhões de doses por mês


JOEL SAGET/AFP/JC
Os dois principais produtores de vacinas do Brasil, o Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto Butantan, de São Paulo, entraram de vez na corrida pela produção da imunização contra o novo coronavírus com o avanço de acordos com empresas. As instituições também iniciaram o planejamento de adequação das fábricas para a manufatura do novo produto.
Os dois principais produtores de vacinas do Brasil, o Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto Butantan, de São Paulo, entraram de vez na corrida pela produção da imunização contra o novo coronavírus com o avanço de acordos com empresas. As instituições também iniciaram o planejamento de adequação das fábricas para a manufatura do novo produto.
De acordo com Maurício Zuma, diretor do Bio-Manguinhos, a instituição busca um acordo para a produção de uma vacina no País em negociações com, pelo menos, quatro empresas. "Poderíamos começar a produção dessa vacina rapidamente, com capacidade para 40 milhões de doses por mês", diz. Esse número está dentro da capacidade instalada do instituto, uma vez que será possível adaptar linhas de produção atualmente usadas para outras vacinas.
Vacinas prioritárias, como as de febre amarela e tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, não terão a fabricação afetada, segundo Zuma. No momento, a função do instituto, delegada pelo Ministério da Saúde, é fazer uma avaliação técnica das vacinas em desenvolvimento que estão em estágio mais avançado e também planejar como adequar a produção.
Pelo menos dez vacinas estão, atualmente, em fase de estudo clínico, quando o teste é feito em humanos. As vacinas em estudo usam diferentes técnicas - algumas usam o vírus inativado e outras, apenas o material genético do invasor para estimular resposta imunológica nas pessoas, por exemplo.
O governo de São Paulo anunciou, na quinta-feira passada, uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac Biotech para testar e produzir uma vacina contra o coronavírus. A estimativa é que ela esteja disponível até junho de 2021, se for aprovada nos testes. "Essa é uma das vacinas com desenvolvimento mais avançado, e o Butantan já trabalha com vacinas do mesmo tipo contra raiva e dengue. Temos a fábrica, e a estrutura física pode ser rapidamente adaptada para sua produção", diz Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan.
A vacina da Sinovac usa pedaços inativados do novo coronavírus (que não podem causar a doença) para estimular a resposta imunológica e defender contra a Covid-19. Segundo Covas, há negociações em andamento com outras empresas, entre elas, a britânica AstraZeneca. "Embora a vacina da Sinovac seja muito promissora, não dá para apostar 100% em uma só. O estudo clínico é decisivo. Muitas podem chegar a essa fase e apresentar problema", afirma.
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