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Coronavirus

- Publicada em 07 de Maio de 2020 às 20:42

Quatro estados e oito capitais têm 90% das UTIs para Covid-19 ocupadas

Principal entrave para a abertura de novos leitos é a falta de respiradores

Principal entrave para a abertura de novos leitos é a falta de respiradores


/ANDREAS SOLARO/AFP/JC
Ao menos quatro estados brasileiros já têm mais de 90% dos leitos de terapia intensiva destinados a pacientes com Covid-19 ocupados. Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima são os que vivem situação mais grave, com taxas de ocupação de vagas de UTI estaduais que variavam entre 100% e 93% até segunda-feira.
Ao menos quatro estados brasileiros já têm mais de 90% dos leitos de terapia intensiva destinados a pacientes com Covid-19 ocupados. Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima são os que vivem situação mais grave, com taxas de ocupação de vagas de UTI estaduais que variavam entre 100% e 93% até segunda-feira.
O Amazonas, um dos primeiros a registrar colapso no sistema de atendimento a pacientes graves, continua em situação crítica. O governo informou que 87% dos 171 leitos de UTI estão ocupados, mas relatos de profissionais de saúde indicam que as UTIs da rede estadual em Manaus, a única cidade do estado com esse serviço, estão trabalhando na capacidade máxima.
Entre as capitais, já são oito as com índice acima de 90%. Além de Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza e Boa Vista, as cidades de São Luís, Belém e São Paulo estão próximas de um colapso para o atendimento de pacientes graves. O cenário de escalada da doença fez as prefeituras de Belém, São Luís e Fortaleza adotarem nesta semana medidas mais rígidas de isolamento social, com o bloqueio total de atividades não essenciais.
O Rio de Janeiro, que já registra filas para ocupação dos leitos há duas semanas, tinha 97% dos leitos estaduais de UTI para Covid-19 ocupados até segunda-feira. Restavam no estado apenas 12 das 399 vagas disponíveis.
Em Pernambuco, com ocupação em 98%, já há filas com mais de 100 pacientes aguardando por vaga de UTI. O Pará, que na semana passada teve mais de 90% dos leitos de terapia intensiva ocupados, reduziu a ocupação para 84% com a abertura de novos leitos. Já em Roraima, o hospital geral do estado está com lotação máxima em sua UTI destinada ao tratamento da Covid-19. Até a última semana, eram dez vagas no local, que foram ampliadas para 14.
Enquanto o país vive escalada dos casos graves de Covid-19, parte dos estados reduziu o ritmo de abertura de leitos de terapia intensiva na última semana. A falta de respiradores é o principal entrave. São Paulo, por exemplo, aguarda esses equipamentos para disponibilizar, gradativamente, mais 1,8 mil leitos. O estado está com ocupação de 69% dos 5.017 leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19, mas a situação é mais crítica na Grande São Paulo, onde o índice está perto de 90%.
No Ceará, que tinha ocupação de 93% no estado e 97% na capital, o governo espera a chegada de 700 respiradores comprados de fornecedor da China. A Bahia, que chegou a ter carga de 300 respiradores confiscada nos EUA, aguarda 500 novos equipamentos para ampliar a rede de atendimento. Ao todo, os estados abriram pelo menos 980 leitos de UTI na última semana para casos de Covid-19. Na maioria, contudo, foram adotadas estratégias como o remanejamento de vagas dentro da própria rede hospitalar e a incorporação de leitos privados.
Outras regiões já começam a preocupar, com ocupação acima de 60%, como Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Minas Gerais informou taxa de 64%, mas não faz separação dos leitos comuns e dos leitos destinados a pacientes com o vírus. Nos demais estados, a ocupação está abaixo de 50%, mas houve rápido crescimento do número de pacientes graves comparado à semana passada.
No Paraná, que atingiu a marca de 1,6 mil casos e 100 mortes, a taxa de ocupação passou de 15% para 29% em uma semana. Já Tocantins viu salto de 10% para 31% no mesmo período.
Estados do Centro-Oeste têm um cenário mais tranquilo. Em Goiás a ocupação dos leitos de UTI praticamente se manteve na última semana: das 45 vagas disponíveis no hospital de campanha em Goiânia e no Hospital de Urgências em Anápolis, 19 estavam preenchidas na segunda-feira, ante 18 na semana anterior. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também permanecem em situação mais confortável. O primeiro avançou de 14 vagas para 98 em uma semana, e o segundo só tem duas das 152 UTIs públicas para Covid-19 ocupadas.
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