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Coronavirus
- Publicada em 07 de Maio de 2020 às 13:28Produto desenvolvido a partir de nanotecnologia torna vírus inativo
Roupas dos profissionais de saúde podem ser fonte de propagação do vírus
Ashkan Forouzani by Unsplash/Divulgação/JC
Patricia Knebel
Máscaras, jalecos, lençóis e qualquer outro tecido ou superfície dentro de um hospital são, sabidamente, propagadores em potencial de vírus como a Covid-19. Para tentar ajudar a minimizar isso, a empresa catarinense TNS aposta no Protec-20, um concentrado virucida e antimicrobiano.
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Máscaras, jalecos, lençóis e qualquer outro tecido ou superfície dentro de um hospital são, sabidamente, propagadores em potencial de vírus como a Covid-19. Para tentar ajudar a minimizar isso, a empresa catarinense TNS aposta no Protec-20, um concentrado virucida e antimicrobiano.
O insumo, que pode ser líquido, pó ou resina, não é voltado para o consumidor final. Ele é comercializado para os fabricantes que aplicam esse insumo no seu processo de produção para gerar produtos com eficácia de até 99,999% contra o vírus.
Especializada em soluções utilizando a nanotecnologia, a TNS desenvolveu o Protec-20 a partir de tecnologia de nanopartícula de prata para eliminar a propagação diferentes vírus em diversos meios. Os testes foram realizados em laboratório especializado e se basearam na norma ISO 18184, que dispõe sobre antiviral para produtos têxteis. A empresa está instalada no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA), a incubadora da Fundação CERTI, em Florianópolis (SC).
A grande procura vem principalmente da indústria têxtil – cerca de 40% da venda. O Protec-20 pode ser usado na fiação ou no tingimento da roupa e, dependendo do processo, pode perdurar na roupa de 20 até 70 lavagens.
“O nosso produto faz o vírus se tornar inativo e evita, assim, a contaminação cruzada. Se o jaleco do profissional de saúde encostar em uma superfície ou em um paciente contaminado, o Protec-20 elimina o vírus e evita que ele seja continue sendo transmitido”, exemplifica o CEO da TNS, Gabriel Nunes.
A TNS está há oito anos no mercado e já desenvolvia esse tipo de concentrado, mas voltados para a proteção contra bactérias, como as que causam odor e micoses. Com a pandemia da Covid-19, o time começou há cerca de oito semanas a corrida para criar uma versão que protegesse também contra vírus.
Já são três toneladas produzidas, e uma capacidade de cerca de 1,5 tonelada por dia. O produto já está sendo comercializado para fabricantes brasileiros e também exportado para Espanha, Austrália e Colômbia. Em breve, será fechado um envio também para a China.
Nunes revela que esse tipo de produto tem uma aplicação diversa, como panos de limpeza, tintas e polímeros, como escova de dente e esponjas para higienização. “Estamos priorizando atender as demandas para aplicações que sejam de interesse da saúde pública, mas o produto pode ser usado em qualquer segmento, até mesmo doméstico”, explica.
