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Coronavirus

- Publicada em 28 de Abril de 2020 às 17:48

Rio Grande do Sul tem crescimento na curva de mortes por Covid-19

Taxa de ocupação de leitos de UTI em geral é de 50,2%

Taxa de ocupação de leitos de UTI em geral é de 50,2%


Silvio Avila/AFP/JC
Juliano Tatsch
Às vésperas do início da mudança na política estadual de isolamento social, medida denominada de “distanciamento controlado” pelo governo do Estado, o Rio Grande do Sul passa por um momento de escalada nas mortes causadas pelo novo coronavírus.
Às vésperas do início da mudança na política estadual de isolamento social, medida denominada de “distanciamento controlado” pelo governo do Estado, o Rio Grande do Sul passa por um momento de escalada nas mortes causadas pelo novo coronavírus.
Nos últimos cinco dias, entre 23 a 28 de abril, foram registradas 20 mortes no Estado em razão da Covid-19. Nos cinco dias anteriores, de 17 a 22 de abril, haviam ocorrido apenas 5 óbitos.
O crescimento na letalidade da doença no Estado preocupa principalmente em algumas regiões, como no Noroeste gaúcho. O município de Passo Fundo é o segundo em número de casos e mortes no Rio Grande do Sul, com 130 casos confirmados e 11 óbitos, somente três a menos do que Porto Alegre, que tem uma população seis vezes maior. Marau, localizada na mesma região, é a quarta com mais ocorrências, tendo 57 confirmações e uma morte.

Letalidade da Covid-19 nos últimos 10 dias no RS

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O número de casos e óbitos não é o único indicador usado para se analisar o quadro da pandemia em uma determinada região e se a gravidade do cenário exige que medidas mais duras e urgentes sejam tomadas pelo poder público. Outro fator considerado é a capacidade de atendimento da rede de saúde.
Conforme monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), a taxa de ocupação dos leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) no Estado atualmente é de 61,9% - 1.060 pacientes para 1.712 vagas. Destes, 79 possuem diagnóstico confirmado de Covid-19 e outros 73 são suspeitos de terem contraído o vírus.
Separando o território por macrorregiões de saúde, a região Norte, que engloba Passo Fundo e Marau, tem 72,5% de ocupação dos leitos de UTI adultos. A macrorregião dos Vales, localizada no centro do Estado, tem 79,5% das vagas ocupadas. Na Região Metropolitana da Capital, a ocupação é de 58,1%.
É com base nessas diferenças regionais que o governo do Estado irá atuar a partir da adoção da nova política diante da pandemia. O governador Eduardo Leite descarta adiar a entrada em vigor do distanciamento controlado mesmo diante do recrudescimento da letalidade do novo coronavírus entre os gaúchos.
“Já apresentamos como será feito o distanciamento controlado e ele será melhor compreendido nos próximos dias. O novo modelo irá respeitar as diferenças entre as regiões. Existem regiões com nenhuma morte, pouquíssimas internações. Tem uma série de variáveis que devem ser utilizadas para que possamos, nesse processo de regionalização, tratar as regiões como devem ser tratadas, de forma diferente”, disse ontem o governador em sua transmissão diária pelas redes sociais.
Conforme Leite, o governo possui no momento mais indicadores e dados que dão melhor embasamento científico para justificar os níveis de restrição tanto por região quanto por setor da economia. “Até aqui, sempre respeitamos a ciência, mas respeitamos utilizando os dados que tínhamos, que eram poucos. Como temos mais dados, mais informações, usamos os dados, os agrupamos, damos o peso devido a cada uma dessas informações e proporcional a cada região”, afirmou Leite, destacando que a divisão do Estado por regiões permitirá uma atuação mais focada. “O novo modelo de distanciamento controlado vai nos permitir atuar na região que se fizer necessário, na proporção que se fizer necessário e no momento em que se fizer necessário.”
A segmentação regional será divulgada na quinta-feira. Já os protocolos para os níveis de risco de cada região serão estabelecidos ao longo da primeira semana de maio. A previsão inicial era de que a migração para o novo modelo iniciasse no dia 1º de maio, mas a necessidade de desenvolver a estrutura técnica e reforçar a comunicação farão com que o processo leve mais alguns dias.

Como funcionará o distanciamento controlado no Estado

  • O Rio Grande do Sul será dividido em regiões, de modo que seja possível analisar indicadores, como a ocupação dos leitos de UTI e o perfil da população. Esses indicadores farão com que cada região pertença a uma das quatro bandeiras que evidenciam o risco (verde, amarela, laranja e vermelha). Eles serão monitorados constantemente, podendo mudar para restrições mais ou menos rígidas.
  • A outra divisão leva em consideração os setores econômicos, que serão segmentados em pelo menos 12, para os quais haverá protocolos específicos.
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