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Coronavirus

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 19:57

Coronavírus: São Paulo e Rio têm fila zerada de testes

Exames represados em São Paulo era de quase 9 mil; no Rio de Janeiro, foram realizados 10 mil testes

Exames represados em São Paulo era de quase 9 mil; no Rio de Janeiro, foram realizados 10 mil testes


Camila Surian/Arte/JC
A fila de amostras aguardando exame para coronavírus na rede estadual paulista foi zerada nesta última terça-feira (21), segundo o governo do estado. A informação foi anunciada pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva com o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira (22).
A fila de amostras aguardando exame para coronavírus na rede estadual paulista foi zerada nesta última terça-feira (21), segundo o governo do estado. A informação foi anunciada pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva com o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira (22).
O número de exames represados até a semana passada era de quase 9.000. As amostras são recebidas pela Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus, coordenada pelo Instituto Butantan.
Segundo o secretário de saúde do estado José Henrique Germann, no dia 21 foram liberados 4.332 exames pela rede de laboratórios; 1.144 amostras estão em fase de laudo. Outras 964 amostras estão em análise e devem ser liberadas em até 48 horas.
A secretaria informou ainda que a capacidade de processamento atual da rede é de 5.000 testes por dia, e que foram recebidas nesta quarta-feira (22) 459 amostras.
Em relação aos resultados, Paulo Menezes, coordenador do Controle de Doenças de São Paulo, disse que eles são inseridos na plataforma e liberados para as secretarias de saúde municipais e para as unidades hospitalares públicas e privadas responsáveis por colher as amostras.
De acordo com o governo, zerar a fila de testes não levou a um pico na curva de casos, como era esperado, porque esses laudos estariam diluídos nos números de casos e óbitos divulgados ao longo das últimas semanas.
O infectologista David Uip, coordenador do centro de contingência da doença no estado, explicou ainda que no início da epidemia em São Paulo a notificação de casos era elevada pois muitos casos estariam relacionados a outras síndromes respiratórias, não necessariamente à Covid-19.
Com os resultados dos exames, foi possível descartar internações cujas causas eram outros vírus ou enfermidades, por isso não houve um crescimento acentuado no número de casos desde o início de abril, quando foi criada a plataforma. Menezes informou que a taxa de positividade para pacientes internados é em torno de 50%. A taxa de quantos exames que estavam represados e deram positivo, no entanto, ainda não foi divulgada.
Em relação à projeção anunciada de alcançar o marco de 3.000 óbitos no início de maio, Germann afirmou que esses números são calculados com base em modelos estatísticos, mas que a expectativa, com base na incidência de novos casos diários e se o sistema de saúde paulista não entrar em colapso, é que não se chegue a esse número.

Rio de Janeiro realizou 10 mil testes desde o início da pandemia

 
Assim como o estado de São Paulo, que anunciou nesta quarta (22) ter zerado a fila de testes para o novo coronavírus, o Rio de Janeiro também diz não ter espera para a análise de amostras. O estado é o segundo mais afetado pela doença no país em números absolutos, com 5.552 casos confirmados e 490 óbitos.
A Secretaria de Saúde fluminense já havia divulgado que a fila na rede pública havia sido zerada há quase três semanas, no último dia 3. A entrada de material para testagem, porém, é dinâmica, então não é possível afirmar que não houve acúmulo de exames entre uma data e a outra.
O tempo médio para que o laudo fique pronto tem sido de 48 horas após entrada do material no laboratório, mesmo prazo de São Paulo, como afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
No Rio, 10 mil análises para Covid-19 foram realizadas desde a entrada do vírus no estado, priorizando casos graves, óbitos em investigação e profissionais da saúde e segurança. 
Nas últimas semanas, o Laboratório Central Noel Nutel (Lacen), principal responsável pelos exames no Rio, contou com um reforço de novos equipamentos, com a reorganização de recursos humanos e com a realização de parcerias, o que ampliou sua capacidade de testagem.
O local passou a funcionar 24 horas e a analisar cerca de 900 amostras por dia, sendo 500 no próprio laboratório e o restante no Ibex (Instituto de Biologia do Exército), na Fiocruz e em laboratórios da UFRJ (Universidade Federal do RJ) e da Uerj (Universidade do Estado do RJ).
O governo fluminense afirmou ainda que adquiriu 1,2 milhão de kits de testagem rápida em massa de Covid-19.
No início de abril, a previsão era que o primeiro lote com 700 mil unidades chegasse em alguns dias, mas até agora só 87 mil foram entregues. A secretaria não explicou por que, apenas afirmou que aguarda o restante da entrega pelo fornecedor.
A Fiocruz, uma das principais instituições públicas que produz e analisa os testes por todo o país, também informou que sua rotina de processamento de amostras está normalizada atualmente. Os laudos são encaminhados ao Ministério da Saúde cerca de 48 a 72 horas depois que o laboratório recebe o material.
Inicialmente, a fundação era única que realizava o diagnóstico para o novo coronavírus, mas, com o avanço da pandemia, capacitou especialistas dos Institutos Adolfo Lutz, em São Paulo, e Evandro Chagas, no Pará, além de técnicos de mais 11 estados nos Lacens (Laboratórios Centrais de Saúde Pública).
No começo de março, o Ministério da Saúde terminou um processo de descentralização dos diagnósticos, e agora todos os 27 Lacens têm capacidade para analisar os testes do novo coronavírus, segundo a Fiocruz, que também treinou profissionais de nove países da América Latina a pedido da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A fundação vai produzir 11 milhões de testes para o país até setembro: foram 60 mil em março, mais 1,2 milhão em abril, serão 2,4 milhões em maio e 2 milhões por mês em junho, julho e setembro.
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