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Coronavirus

- Publicada em 19 de Abril de 2020 às 20:58

Ciência brasileira se mobiliza, e País tem 21 ensaios clínicos

Mobilização da comunidade científica busca medicamentos e vacina contra o vírus

Mobilização da comunidade científica busca medicamentos e vacina contra o vírus


NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH/AFP/JC
Em um esforço sem precedentes, a comunidade científica brasileira já se mobiliza na realização de pelo menos 76 estudos com seres humanos para entender o comportamento da Covid-19 e buscar possíveis tratamentos. O número está no mais recente balanço da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Ministério da Saúde responsável por dar o aval para pesquisas que envolvam pessoas. Entre as investigações, 21 delas são ensaios clínicos de possíveis tratamentos para a infecção.
Em um esforço sem precedentes, a comunidade científica brasileira já se mobiliza na realização de pelo menos 76 estudos com seres humanos para entender o comportamento da Covid-19 e buscar possíveis tratamentos. O número está no mais recente balanço da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Ministério da Saúde responsável por dar o aval para pesquisas que envolvam pessoas. Entre as investigações, 21 delas são ensaios clínicos de possíveis tratamentos para a infecção.
Dez deles envolvem testes com cloroquina ou hidroxicloroquina. As substâncias, mais conhecidas como antimaláricas, têm vários efeitos colaterais, principalmente relacionados a arritmias cardíacas. Até o momento, mostrou-se promissora em testes com poucas pessoas no mundo. Nenhum estudo em larga escala ainda foi capaz de mostrar sua eficácia.
O balanço mostra, ainda, pesquisas com antibióticos, corticoides, plasma convalescente (de pessoas recuperadas) e até células-tronco mesenquimais. Mais de 8 mil pacientes participarão dos 21 estudos clínicos que buscam encontrar um tratamento para a Covid-19. Os ensaios foram propostos por 17 instituições de pesquisa de cinco estados. Entre elas estão centros renomados como a Faculdade de Medicina da USP, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Hospital Albert Einstein.
Dos dez estudos que envolvem remédios à base de cloroquina, três investigarão o uso isolado da substância, ou da sua variante menos tóxica, a hidroxicloroquina, e outros sete pesquisarão a eficácia da utilização do remédio associado ao antibiótico azitromicina.
Um dos mais aguardados é o que está sendo coordenado pela Fiocruz para investigar a eficácia de quatro tratamentos: cloroquina e hidroxicloroquina, o remdesivir; uma combinação de dois medicamentos para o HIV, o lopinavir e o ritonavir; e a mesma combinação mais interferon-1A, um mensageiro do sistema imunológico que pode ajudar a paralisar o vírus.
O trabalho, que começou no fim de março, faz parte de um esforço mundial, coordenado pela Organização Mundial da Saúde, que está investigando essas quatro possibilidades de tratamento em vários países. No Brasil vão participar 18 hospitais de 12 estados, com a expectativa de alcançar cerca de 1,2 mil pessoas. O estudo vai permitir descartar drogas que eventualmente já se mostrarem ineficazes, assim como incluir outras.
Ainda não foi possível testar, por exemplo, o remdesivir, um medicamento usado contra o ebola que foi considerado promissor, mas também carece de resultado em testes randomizados, quando os pacientes são escolhidos aleatoriamente e há um grupo controle. A droga ainda não está disponível no Brasil.
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