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Coronavirus

- Publicada em 05 de Abril de 2020 às 18:41

João Gabbardo questiona fechamento de os todos municípios no RS

'Quando abrir, as pessoas vão ter contato com o vírus. É inevitável', adverte João Gabbardo

'Quando abrir, as pessoas vão ter contato com o vírus. É inevitável', adverte João Gabbardo


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
O fechamento do comércio em todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul até 15 de abril, determinado em decreto do governador Eduardo Leite, teve a eficácia questionada pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, o médico gaúcho João Gabbardo dos Reis, que já foi secretário da Saúde no Estado. A medida busca conter o avanço rápido do coronavírus. O Estado chegou a 468 casos neste domingo (5). São sete mortes até agora.   
O fechamento do comércio em todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul até 15 de abril, determinado em decreto do governador Eduardo Leite, teve a eficácia questionada pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, o médico gaúcho João Gabbardo dos Reis, que já foi secretário da Saúde no Estado. A medida busca conter o avanço rápido do coronavírus. O Estado chegou a 468 casos neste domingo (5). São sete mortes até agora.   
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Gabbardo não foi exatamente contra o decreto e chegou até a dizer que a medida se justificava, mas defendeu que este tipo de ação, pelo alcance que tem, precisa ser mais analisada, ao incluir localidades que ainda não tem casos de covid-19 ou que tem baixa incidência. Neste domingo, 64 localidades registravam casos. O que significa menos de 13% dos 497 municípios que formam o Rio Grande do Sul.   
"Isolar essa população por um certo tempo não vai aumentar casos. Legal, mas não vai conseguir fazer isso por muito tempo. Quando abrir, as pessoas vão ter contato com o vírus. É inevitável. Todo mundo vai ter contato com o vírus", advertiu o secretário executivo, na entrevista coletiva transmitida pela TV Brasil nesse sábado (4).       
Para Gabbardo, o que é mais crucial em todas as estratégias - fechar ou não e quando abrir -, é ganhar tempo para que as pessoas tenham o contato e o sistema de saúde esteja preparado para dar conta da demanda por atendimento.           
"Imaginar que a população vai ficar pelo resto da vida sem contatar com o vírus, isso não é possível", reforçou o médico, que é um dos principais gestores na atual mobilização sanitária para enfrentar a pandemia no País.
Ele alertou que o fechamento pode adiar o contato mais em massa com a covid-19 e, quando isso ocorrer, coincidir com a temporada de mais incidência de mais síndromes respiratórias associadas aos tipos de Influenza, como a gripe A, que chega com força no inverno.
"Não é nenhuma crítica, mas essa questão de fechar cidades que não têm casos precisa ser discutida se isso tecnicamente é o mais adequado. Para o momento é, mas se pensarmos o que pode acontecer mais adiante, talvez fechar mais adiante não seja melhor?", provocou Gabbardo.
Outro alerta do secretário executivo da pasta, braço direito do ministro Luis Henrique Mandetta, é que o "movimento de fechar e abrir não é definitivo". "Não significa que alguém fechou agora, depois abre e fica assim o resto do tempo, não! Vamos ter de calibrar. Abre, começa a aumentar o número de casos, fecha para diminuir o número".
O foco nessa "calibragem" é conseguir fazer o atendimento dos casos graves ou mais graves coma capacidade instalada. "O desejável é não chegarmos na fase de crescimento exponencial de casos e não termos capacidade de atender", justificou Gabbardo.
No Rio Grande do Sul, o fechamento geral do comércio vem sendo alvo de pesadas críticas de setores empresariais, como Fecomércio, Federasul e Fiergs. Mobilizações mais individualizadas promovem carreatas na Capital pedindo a reabertura de lojas. Porto Alegre adotou o fechamento, permitindo algumas modalidades essenciais e ainda assim com tele-entrega ou sistema de take away, pelo qual o cliente faz o pedido pela internet ou telefone e retira no local.
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