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Indústria

- Publicada em 03 de Abril de 2020 às 03:00

Construção civil parou parcialmente em Porto Alegre

Canteiros de construção de edifícios estão paralisados

Canteiros de construção de edifícios estão paralisados


MARCO QUINTANA/JC
Tanto governo estadual quanto a prefeitura de Porto Alegre publicaram decretos com medidas de combate à pandemia de coronavírus. No entanto, um segmento em particular foi abordado de maneira distinta. Enquanto o Executivo gaúcho impõe o fechamento do comércio em todo território estadual, excluindo a indústria, inclusive a da construção civil, o poder municipal da Capital proibiu a atividade nessa área com exceção para os fins de saúde, segurança, educação e a execução de obras públicas.
Tanto governo estadual quanto a prefeitura de Porto Alegre publicaram decretos com medidas de combate à pandemia de coronavírus. No entanto, um segmento em particular foi abordado de maneira distinta. Enquanto o Executivo gaúcho impõe o fechamento do comércio em todo território estadual, excluindo a indústria, inclusive a da construção civil, o poder municipal da Capital proibiu a atividade nessa área com exceção para os fins de saúde, segurança, educação e a execução de obras públicas.
Entre as exceções estão obras como as realizadas no aeroporto Salgado Filho, no Hospital Conceição e na orla do Guaíba. Assim, o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Jr., reforça que a construção de prédios comerciais ou residenciais está vedada. O dirigente afirma que praticamente todas as obras estão paradas em Porto Alegre.
De acordo com o presidente do Sinduscon-RS, além da prefeitura da Capital, poucos municípios gaúchos tomaram medidas de restrição mais intensa à construção civil. A posição mais aberta do governo do Estado sobre a questão, conforme o dirigente, servirá de argumento para tentar convencer o poder público de Porto Alegre que é melhor manter a atividade do que paralisá-la.
Dal Molin Jr. comenta que a construção civil é diferente em relação a outros segmentos, pois o ambiente de trabalho é arejado, o que não contribui para o contágio do coronavírus. Entre as medidas de proteção está a medição da temperatura corporal dos operários antes deles entrarem no canteiro.
O dirigente enfatiza que os colaboradores do ramo estão entre os mais vulneráveis economicamente. "Vai chegar uma hora em que o medo do contágio será menor do que a fome das pessoas", alerta ele. Dal Molin Jr. informa que são cerca de 27 mil pessoas que atuam nessa área em Porto Alegre. Ele acrescenta que está sendo avaliada uma forma de possibilitar que os trabalhadores se desloquem sem utilizar o transporte coletivo, entretanto ainda não está definido como será realizada essa ação.

Sticc sugere turnos menores

Uma proposta feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (Sticc), Gelson Santana, é que se reduza o número de pessoas nos canteiros de obras. Como exemplo, uma empresa com 300 trabalhadores poderia utilizar 150 pela manhã e a outra metade à tarde.
Santana frisa que o momento é de preocupação em duas frentes - com a saúde do trabalhador e com a sobrevivência econômica dele. A ideia é uma opção de trabalho sem maiores aglomerações.