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Coronavirus

- Publicada em 07 de Abril de 2020 às 02:37

Fabricantes de chocolate buscam saída para Páscoa sem vendas

Isolamento social e lojas fechadas reduzem a comercialização

Isolamento social e lojas fechadas reduzem a comercialização


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Carlos Villela
A Páscoa deve ser a primeira grande data do comércio a sofrer diretamente os impactos do isolamento social devido à pandemia do coronavírus. O setor, que, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), gerou 14 mil vagas diretas e indiretas apenas para a Páscoa deste ano nas contratações que começam no mês de setembro, vê com preocupação o atual momento e tenta se adaptar a este cenário inédito.
A Páscoa deve ser a primeira grande data do comércio a sofrer diretamente os impactos do isolamento social devido à pandemia do coronavírus. O setor, que, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), gerou 14 mil vagas diretas e indiretas apenas para a Páscoa deste ano nas contratações que começam no mês de setembro, vê com preocupação o atual momento e tenta se adaptar a este cenário inédito.
De acordo com o gerente de produção da Chocolates Lugano, Francisco Benetti Marcon, negar que a Páscoa deste ano irá causar um impacto enorme seria uma mentira. Para evitar que ocorra um trauma maior, a empresa começou a adequar suas atividades.
"Fomentamos algumas ideias de e-commerce, entramos fortes em algumas promoções e frete gratuito caso a pessoa compre acima de R$ 150,00", conta Marcon, explicando que as ideias surgiram dos próprios colaboradores.
Outra iniciativa é um leilão de nove ovos de chocolate de 2,5 quilos, cuja renda será revertida para a construção da Ala de Doenças Respiratórias do Hospital Arcanjo São Miguel em Gramado. Além disso, a Rasen Bier, cervejaria que assim como a Lugano pertence ao grupo GoWinz, suspendeu a produção de bebidas e está fabricando álcool em gel.
A queda no consumo ligada à pandemia também afeta microempresários, como a doceira Renata Pias, que enfrenta uma baixa demanda e um alto estoque de matéria-prima em sua empresa, Docin Doces Artesanais. Se antes a meta era lucro, agora o foco principal é, pelo menos, conseguir cobrir o valor investido. "Comprei a maior parte dos produtos em fevereiro, e os últimos chocolates quando já estávamos em isolamento porque já tinha investido em embalagens e aí não quis abrir mão de fazer, porque de qualquer forma vai ter páscoa", diz Renata. Como a produção é caseira, ela conta que pretende realizar um dia de entrega em mãos, cumprindo todos os procedimentos de higiene necessários, e não vai cobrar pela entrega. "A expectativa atual é que melhore nos próximos dias com a proximidade da Páscoa, mas não vai chegar perto da projeção que tínhamos no começo do ano", completa a empreendedora.
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) ressalta que a preocupação, no momento, é com o abastecimento de itens de necessidade básica, e que projeções sobre a data ficam em segundo plano dentro do contexto de coronavírus. Em 2019, o crescimento de vendas de Páscoa em comparação com 2018 foi de 1,5%.
Empresas também estão buscando medidas de impacto social. A Cacau Show, por exemplo, doou cerca de R$ 1,4 milhão em chocolates de todas as linhas da marca para hospitais, postos de saúde e hemocentros. E, a partir de hoje, a marca fará a entrega de 300 mil ovos de páscoa, em todo o País, para instituições de caridade.
Já a Lacta, que normalmente distribui 10 mil ovos de chocolate no projeto Páscoa Solidária, neste ano aumentou essas doações para 500 mil ovos.
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