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Saúde

- Publicada em 29 de Março de 2020 às 21:13

Manter a calma é a melhor forma de lidar com a ansiedade do confinamento

Diante das incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus, manter-se tranquilo tem sido um desafio intenso para muitas pessoas. Isso porque o isolamento social por tempo indeterminado, associado ao turbilhão de informações que se atualizam a todo momento, tem sido peça-chave para o desencadeamento de reações como ansiedade, estresse, medo ou pânico.
Diante das incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus, manter-se tranquilo tem sido um desafio intenso para muitas pessoas. Isso porque o isolamento social por tempo indeterminado, associado ao turbilhão de informações que se atualizam a todo momento, tem sido peça-chave para o desencadeamento de reações como ansiedade, estresse, medo ou pânico.
Apesar da situação ser desestabilizadora, a psicóloga Jennifer Colman Motta orienta que é preciso compreender a singularidade do momento, entendendo o isolamento social como uma forma de prevenção. Ainda que não seja fácil, a dica, conforme Jennifer, é para que as pessoas tentem manter a calma, respirando profundamente e de forma correta. "Quando estamos em situação de estresse ou ansiedade, e com um excesso de pensamentos negativos e catastróficos, nosso sistema nervoso entende que podemos estar em perigo ou em uma situação de risco. Por essa interpretação distorcida, nossa respiração fica mais acelerada, aumentando, consequentemente, os sintomas de ansiedade", explica a psicóloga. "Quando isso acontece, é importante que se respire adequadamente, para que o cérebro possa enviar substâncias calmantes ao organismo, fazendo, então, com que os batimentos cardíacos desacelerem e se possa ficar mais tranquilo."
Durante uma crise de ansiedade, é comum que apareçam sintomas antes não notados; no entanto, é preciso ficar atento. "O corpo fala. Taquicardia, insônia, sudorese e irritabilidade são sintomas que quando são percebidos, precisamos ficar em alerta e buscar auxílio", reforça.
Entre as dicas para driblar a ansiedade, o estresse e, muitas vezes, o medo, Jennifer orienta que as pessoas não se isolem emocionalmente e procurem manter contato com amigos e familiares mesmo que por meio de redes sociais. "A tecnologia está ao nosso favor. Podemos manter nossos laços com quem amamos por vários meios, amenizando, assim, a saudade e a solidão", afirma, além de lembrar que o isolamento social também pode ser um aliado para o autoconhecimento. "Que possamos aproveitar este momento para nos conhecermos melhor. Olhar para nós mesmos, descobrir nossas potencialidades e aprender a trabalhar as nossas fragilidades. Que neste tempo de isolamento social possamos nos aproximar de nós mesmos."

Psicólogos criam Plantão de Escuta através das redes sociais

A partir de uma inquietação coletiva de fazer algo pelas pessoas com maior fragilidade emocional, 20 psicólogos de Rio Grande criaram o "Plantão de Escuta". A iniciativa, segundo o psicólogo Maurício Torrada, tem como objetivo aconselhar e orientar pessoas que estejam passando por alguma situação angustiante devido ao isolamento social. "É um apoio gratuito que começamos a disponibilizar através do WhatsApp. A ideia é que as pessoas possam conversar com um profissional de psicologia nessa linha mais pontual de aconselhamento e orientações. Em casos mais graves, fazemos o encaminhamento para psiquiatria, psicoterapia etc.", salientou.
Inicialmente, o projeto visa atender a Região Sul do Estado, mas, caso surja demanda de outras regiões, os profissionais também estarão disponíveis para atendimento. O projeto, que entrou no ar na noite de segunda-feira, já atendeu quatro pessoas que procuraram ajuda. A quem interessar, o Plantão de Escuta está disponível no Facebook (Plantão Escuta RG), Instagram (@plantaoescutarg) e no WhatsApp, através do telefone (53) 98114-9936.