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Coronavirus

- Publicada em 20 de Março de 2020 às 18:29

Coronavírus: em Encantado, padaria levanta cadeiras e fará atendimento externo

Com queda de 70%, Padaria Dal Pizzol vai instalar uma janela lateral para operar sem precisar receber os clientes dentro da loja

Com queda de 70%, Padaria Dal Pizzol vai instalar uma janela lateral para operar sem precisar receber os clientes dentro da loja


Roni Dal Pizzol/Divulgação/JC
Lívia Araújo
Com o aumento de casos de Covid-19 no interior do Rio Grande do Sul, marcando o agravamento da pandemia de coronavírus no Estado, o setor de comércio e serviços de regiões como a do Vale do Taquari vem adotando medidas rigorosas e imediatas para minimizar os riscos de contágio.
Com o aumento de casos de Covid-19 no interior do Rio Grande do Sul, marcando o agravamento da pandemia de coronavírus no Estado, o setor de comércio e serviços de regiões como a do Vale do Taquari vem adotando medidas rigorosas e imediatas para minimizar os riscos de contágio.
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A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) lançou um comunicado à população, estabelecendo regras gerais de conduta e, nesta sexta-feira (20) definiu medidas como o fechamento obrigatório do comércio a partir das 20h, junto com um toque de recolher, e a declaração conjunta de calamidade pública para todos os municípios da região.
Em Encantado - localizada a 150 km de Porto Alegre -, a preocupação com a pandemia fez com que o comércio local já antecipasse atitudes. Apesar de uma grande parte da população ter ascendência italiana, algumas que inclusive visitam parentes do outro lado do Atlântico, e a proximidade de cidades com casos de Covid-19, como Bento Gonçalves e Serafina Corrêa, Encantado ainda não registrou nenhum caso da doença.
Um desses comércios é a Padaria Dal Pizzol, em atividade no município desde 1971. Um dos sócios da empresa familiar, Roni Dal Pizzol, conta que, com a intensificação da epidemia, o movimento da panificadora caiu cerca de 70%. A higienização, que já era regular, ficou ainda mais frequente - desde a epidemia de H1N1 o caixa conta com um frasco de álcool gel disponível aos clientes; o horário foi reduzido e só é possível entrar para buscar os pães e lanches, já que a padaria levantou cadeiras e reduziu o número de mesas.
“Amanhã (sábado) vem um serralheiro para fazer uma janela lateral, para fazermos o atendimento sem abrir a padaria e entregar os produtos sem ter nenhum contato”, detalha Roni. A ideia surgiu do noticiário que mostrava a medida sendo adotada justamente nos comércios italianos, com a fila indiana sendo feita na rua e um metro de distância entre os clientes.
A padaria fica nos limites do Centro da cidade, e está próxima à sede do frigorífico Dália, e em frente ao hospital Santa Terezinha e à agência local da Caixa, o que gera um grande movimento, principalmente no início da manhã e no fim da tarde, formado pelos clientes do banco, uma boa parte da comunidade haitiana da cidade e funcionários e pacientes do hospital. Foram os médicos do Santa Terezinha, inclusive, os que mais incentivaram que a padaria restringisse seu atendimento o máximo possível.
No entanto, Roni conta que, apesar dos apelos das autoridades e das medidas tomadas pelo comércio, ainda está demorando a “cair a ficha” da população em relação à Covid-19. “Os idosos não têm noção da gravidade da situação e eles estão passeando pelo centro como se não estivesse acontecendo nada; os mercados estão extremamente lotados. Não tem nenhum caso confirmado aqui em Encantado, o que é uma coisa boa, mas os idosos estão dando sorte para o azar”, alerta.
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