As lojas dos shopping centers de Caxias do Sul estão proibidas de abrir. A medida está em decreto da prefeitura para combate a pandemia de coronavírus.
Somente têm autorização para abertura as praças de alimentação, farmácias e os supermercados. Restaurantes, bares, padarias, lancherias e similares e serviços em geral deverão reduzir em 50% o público, com distância entre as mesas de dois metros lineares, e fazer a limpeza, a cada três horas, de mesas, balcões e artefatos usados, além de manter álcool e sabão para os clientes nos banheiros.
As mesmas orientações são extensivas ao comércio de rua, que somente poderá operar com 50% da lotação do espaço disponível.
A frequência aos velórios será reduzida a 30% da capacidade da capela. Já eventos em casas noturnas, boates, clubes, CTGs, salões comunitários, restaurantes noturnos, salões de baile e de jogos, parques de diversão, festas e recreação, sedes esportivas, academias e quadras poliesportivas, teatros, museus, cinemas e bibliotecas não terão autorização para funcionar. Os eventos em áreas públicas e privadas estão com alvarás suspensos.
As medidas foram anunciadas nessa quarta-feira (18) pelo prefeito Flavio Cassina. "Quem descumprir a determinação pagará multa. O decreto é por tempo indeterminado", advertiu o secretário de Urbanismo, João Uez, responsável pela fiscalização e cumprimento das medidas.
Flavio Cassina anunciou atenção especial às pessoas em situação de vulnerabilidade social, destacando a montagem de um abrigo para moradores de rua no Pavilhão 2 da Festa da Uva, em parceria com o Exército. Haverá fornecimento diário de marmitas para 800 pessoas atendidas no Restaurante Popular.
Outras medidas incluem a destinação de cestas básicas para alunos das escolas municipais. O vice-prefeito Edio Elói Frizzo reconheceu que são medidas duras, mas que precisam ser adotadas para combater a doença. Ele reforçou que as crianças que dependem da merenda escolar para se alimentar continuarão sendo atendidas. "Estes decretos podem sofrer alterações, pois estamos acompanhando as implicações dos casos e também a aprovação, pelo Congresso Nacional, do estado de calamidade", finalizou.