Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Coronavirus

- Publicada em 19 de Março de 2020 às 11:36

Profissionais da saúde protestam contra falta de máscaras e luvas em hospitais de Porto Alegre

Sindicato da categoria já recebeu ao menos 50 denúncias relatando escassez de EPIs nesta semana

Sindicato da categoria já recebeu ao menos 50 denúncias relatando escassez de EPIs nesta semana


LUIZA PRADO/JC
Thiago Copetti
Representantes dos profissionais da área de saúde protestaram na manhã desta quinta-feira (19) contra a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) básico nos hospitais de Porto Alegre, como máscaras e luvas. De acordo o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS), ao menos 50 denúncias relatando escassez de EPIs foram registras apenas por telefone nesta semana.
Representantes dos profissionais da área de saúde protestaram na manhã desta quinta-feira (19) contra a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) básico nos hospitais de Porto Alegre, como máscaras e luvas. De acordo o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS), ao menos 50 denúncias relatando escassez de EPIs foram registras apenas por telefone nesta semana.
Os principais hospitais da Capital em volume de queixas registradas nesta semana, de acordo com o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio César Jesien, são o Hospital de Clínicas, o Grupo Hospital Conceição e o Mãe de Deus. Foi em frente a este último que o protesto foi realizado na manhã desta quinta-feira (19), na Avenida José de Alencar.
“Apenas em uma manhã chegamos a contabilizar 15. Isso sem contar o que nos chega por WhatsApp e e-mail”, alerta Jesien, que promete intensificar as manifestações até que a categoria se sinta segura para continuar trabalhando, afirma.
Em frente ao Hospital Mãe de Deus, manifestantes alertavam para o problema e demonstravam qual seria o equipamento ideal nas áreas de maior risco e de tratamento intensivo, por exemplo. De acordo com Jesien, a proteção total demonstrada na rua sequer estaria disponível nos hospitais da cidade atualmente.
“Não há sequer o básico. Não adiante ter apenas a máscara cirúrgica, mas sim o modelo N95. E não estamos falando apenas de proteção adequada para médicos e enfermeiros, mas inclusive para quem trabalha desde a recepção também”, alerta o presidente do Sindisaúde-RS.
A escolha do Hospital Mãe de Deus para iniciar os protestos, de acordo com o Jesien é devido a demissões encaminhadas recentemente para assinatura de rescisão de contrato, mesmo com a crise do coronavírus já tendo começado.
“Em 2018, já haviam demitido cerca de 350 profissionais. Nos últimos dias, foram mais próximo de 50, mesmo com toda a carência atual e que ainda vai aumentar”, critica Jesien.
O que dizem os hospitais
Diretor técnico do GHC, doutor Francisco Zancan Paz
“Os EPI estão sendo distribuídos com rigorosos critérios técnicos, dando prioridade a quem efetivamente entra ou poderá entrem em contato com doentes de maior risco, como UTI, e contato direto com os pacientes, como na emergência. Há muita ansiedade por parte do corpo técnico, e todos estão solicitando esses EPIs. Se neste momento atendermos a todos, faltará no período mais crítico e para quem mais precisa. O Ministério da Saúde está fazendo aquisições e irá distribuir mais equipamentos de segurança em todo o Brasil, mas são produtos que estão em falta no mercado mundial. Os equipamentos de proteção total só serão liberados em situações muito específicas, que ainda não ocorreram”.
Hospital Mãe de Deus, por meio de nota
Hospital Mãe de Deus está seguindo o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o fornecimento de EPIs aos seus funcionários. Reforçamos que o Hospital Mãe de Deus está tomando, junto à área de Qualidade e Segurança da instituição, todas as medidas cabíveis para a proteção de nossos funcionários e pacientes.  Sobre as demissões recentes, o hospital alega que estão ligadas à Unidade de Pronto Atendimento de Saúde Mental do IAPI, que funciona por meio de um contrato de gestão entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Hospital Mãe de Deus/AESC, e depois de 11 anos e meio sob gestão da instituição, passará, a partir de 23 de março, a ser administrada pelo Hospital Vila Nova. Segundo o Mãe de Deus, os funcionários teriam sido convidados a continuar trabalhando no local.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
O HCPA informou que conta com equipamentos e proteção individual (EPIs) adequados e suficientes para a atuação de suas equipes em estoque. As áreas onde os EPIs estão disponibilizados seguem os critérios e recomendações técnicas em vigência. O Hospital atua preventivamente na compra de mais equipamentos, e, como o mercado indica dificuldades no fornecimento, o uso dos recursos é feito de maneira racional para garantir a devida proteção às equipes e a qualidade da assistência.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO