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Coronavirus

- Publicada em 18 de Março de 2020 às 18:27

Imunização contra gripe e pneumonia previne doenças respiratórias

Apesar de não protegerem contra o coronavírus, vacinas previnem doenças respiratórias

Apesar de não protegerem contra o coronavírus, vacinas previnem doenças respiratórias


Marcello Casal Jr/Agência Brasil/JC
Fernanda Crancio
Bastante procuradas em clínicas, farmácias e na rede privada de saúde nos últimos dias, as vacinas contra a gripe e pneumonia não protegem contra o Covid-19, mas são altamente recomendadas e fundamentais para a prevenção de doenças respiratórias e proteção à saúde, especialmente diante da pandemia de coronavírus. Na rede pública, porém, as imunizações ainda são restritas a determinados grupos e respeitam o calendário do Ministério da Saúde.
Bastante procuradas em clínicas, farmácias e na rede privada de saúde nos últimos dias, as vacinas contra a gripe e pneumonia não protegem contra o Covid-19, mas são altamente recomendadas e fundamentais para a prevenção de doenças respiratórias e proteção à saúde, especialmente diante da pandemia de coronavírus. Na rede pública, porém, as imunizações ainda são restritas a determinados grupos e respeitam o calendário do Ministério da Saúde.
A campanha de vacinação contra a gripe nos postos de saúde será antecipada para o dia 23 de março em todo o País, porém exclusivamente para profissionais da saúde e idosos nesse primeiro momento. A vacina oferecida é a trivalente, que imuniza contra H1N1, H3N2 e um tipo B de gripe. Na rede particular há ainda a vacina tetravalente, que se diferencia da primeira por imunizar para mais um tipo B da gripe. Já a que imuniza contra a pneumonia, a pneumo 13, é ofertada na rede pública apenas a pacientes que fizeram transplante de medula. Ela imuniza contra infecção bacteriana pelo peneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia e ainda outras enfermidades relacionadas, como otite, meningite e até infecção generalizada. Crianças recebem  na rede pública a imunização de acordo com o calendário de vacinação, mas para a variação pneumo 10 da vacina.
Na rede privada é possível encontrar a pneumo 13 e mais uma variação, a pneumo 23, que deve ser feita como reforço, seis meses após aplicação da pneumo 13. "A vacina contra a pneumonia é de rotina para as crianças a partir de dois meses de idade e indicada como rotineira para idosos, mas deve ser feita por todos. A doença é uma das principais causas de infecção, principalmente nos idosos, comumente levando à internação e ao óbito desse grupo. Por isso, recomendamos a vacinação contra a gripe e pneumonia 13 como prioridades", completa o médico infectologista e vacinologista do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr Filho.
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Segundo ele, é fundamental também que todos se vacinem contra a gripe, principalmente nesse momento da crise do coronavírus. A imunização é recomendada para pacientes de todas as idades, a partir dos seis meses. "É imprescindível que todos se vacinem contra a gripe, porque todos nós temos risco de adoecer, embora a maioria de uma forma mais leve, e dessa forma podemos evitar a transmissão para os mais vulneráveis. É sempre importante estar protegido, ainda mais agora. A gente erra no Brasil por não se vacinar", enfatiza o médico.
O especialista explica que a vacina contra a gripe demora em média duas semanas para criar os anticorpos e efetivamente proteger o indivíduo. E como os picos de gripe ocorrem entre o final do outono e o início do inverno e da primavera, é preciso criar na população a consciência de se imunizar o mais cedo possível, já que a chegada do inverno é o período mais crítico. Gewehr Filho ressalta que a vacina é produzida com vírus mortos da gripe e não tem chance de ocasionar a doença no paciente, acabando com o mito de que a vacina pode gerar gripe. No entanto, reforça que a trivalente e a tetravalente imunizam contra três e quatro tipos de vírus da gripe, respectivamente, mas não têm efeito contra resfriados e muito menos sobre o coronavírus. "Ou seja, quem tomar a vacina da gripe não está livre de ter um resfriado", aponta. As reações à imunização contra a gripe são as comuns a qualquer vacina, podendo gerar fadiga, dor no corpo e febre eventual, mas esses efeitos que não devem ultrapassar 12 horas após a aplicação.
O infectologista destaca que ao se vacinar contra a gripe e pneumonia o paciente diminui muito as chances de ter as doenças e, assim, ajuda a diminuir a corrida às emergências hospitalares. "Essas doenças têm sintomas muito parecidos com os do coronavírus e levam muitas pessoas às emergências. Imunizados contra gripe e pneumonia ajudamos a desafogar o sistema de saúde", complementa.
No núcleo de vacinas do Hospital Moinhos de Vento localizado no Shopping Iguatemi, a vacina da gripe custa R$ 130,00. Já a da pneumonia custa R$290,00. Devido à demanda pela vacina da gripe, senhas estão sendo distribuídas a partir das 8h e a vacinação feita por agendamento, evitando filas e aglomerações. As demais vacinas, incluindo a contra pneumonia, seguem sendo realizadas conforme ordem de chegada. Na rede de saúde do Estado a meta é vacinar contra a gripe mais de 4,4 milhões de pessoas, segundo a Secretaria da Saúde. 
Vacinação contra a gripe
O calendário foi estabelecido por grupos prioritários e tem as seguintes datas prevista para início da imunização:
A partir de 23 de março
-Trabalhadores da saúde
- Pessoas com 60 anos ou mais
A partir de 16 de abril
 - Doentes crônicos
 - Professores
 -Forças de segurança
A partir de 9 de maio
- Crianças de 6 meses a menores de 2 anos 
- Crianças 2 a 4 anos 
- Crianças de 5 anos 
- Gestantes 
 - Puérperas (pós-parto) 
- Indígenas  
- Adultos dos 55 aos 59 anos
- Pessoas privadas de liberdade
- Funcionários sistema prisional 
 
Fonte: Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul
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