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Energia

- Publicada em 02 de Julho de 2021 às 03:00

Coprel projeta investimento de R$ 122 milhões para este ano

Consumo de energia aumentou 11% em 2020, afirma Jânio Stefanello

Consumo de energia aumentou 11% em 2020, afirma Jânio Stefanello


/COPREL/DIVULGAÇÃO/JC
Um robusto aporte para as suas áreas de atividade (distribuição e geração de energia, assim como Telecom) está previsto para 2021 por parte da Coprel. O presidente da cooperativa, Jânio Vital Stefanello, adianta que a perspectiva é de realizar um investimento de R$ 122 milhões. O grupo tem suas operações feitas de forma segmentada, através da Coprel Cooperativa de Energia, que presta o serviço de distribuição de energia elétrica em 72 municípios gaúchos, e pela Coprel Cooperativa de Geração e Desenvolvimento, responsável pelos projetos envolvendo usinas e que dá subsídio aos programas sociais apoiados pela instituição. Além disso, há a Coprel Telecom, que não é uma cooperativa, mas sim uma Sociedade Anônima (S.A.) que fornece internet e telefonia para áreas urbanas e rurais.
Um robusto aporte para as suas áreas de atividade (distribuição e geração de energia, assim como Telecom) está previsto para 2021 por parte da Coprel. O presidente da cooperativa, Jânio Vital Stefanello, adianta que a perspectiva é de realizar um investimento de R$ 122 milhões. O grupo tem suas operações feitas de forma segmentada, através da Coprel Cooperativa de Energia, que presta o serviço de distribuição de energia elétrica em 72 municípios gaúchos, e pela Coprel Cooperativa de Geração e Desenvolvimento, responsável pelos projetos envolvendo usinas e que dá subsídio aos programas sociais apoiados pela instituição. Além disso, há a Coprel Telecom, que não é uma cooperativa, mas sim uma Sociedade Anônima (S.A.) que fornece internet e telefonia para áreas urbanas e rurais.
Jornal do Comércio (JC) - Qual o total de aportes previstos pela Coprel para este ano nas áreas de geração e distribuição de energia e Telecom?
Jânio Vital Stefanello - O investimento nas três áreas estimado para 2021 totaliza R$ 122 milhões. Estes recursos estão sendo aplicados na melhoria e expansão do sistema elétrico, no desenvolvimento de projetos de geração de energia limpa e sustentável (Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs - e Centrais Geradoras Hidrelétricas - CGHs) e na ampliação do sistema de telecomunicações para levar internet aos cooperantes do Interior.
JC - Como está a atuação da cooperativa na área de geração de energia hoje?
Stefanello - A Coprel Geração e Desenvolvimento possui três empreendimentos de geração própria e cinco em conjunto com outras cooperativas e empresas que estão em operação (somando aproximadamente 60 MW de capacidade instalada, cerca de 1,5% da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul). Uma usina está em construção (a CGH Mirim, de 1,45 MW, no Rio Jacuí Mirim, entre Carazinho e Santa Bárbara do Sul) e a cooperativa possui vários projetos em fase de estudo.
JC - A Coprel concluiu um projeto relevante para o atendimento do serviço de fornecimento de energia elétrica que foi a subestação Marau 2. Quais as características desse empreendimento?
Stefanello - Este projeto foi muito importante para a Coprel e para os cooperantes, pois atende a uma região com grande desenvolvimento das atividades do agronegócio e do setor industrial. Com a subestação, a Coprel está garantindo capacidade e disponibilidade de energia para os próximos 15 anos na região. A subestação de energia Marau 2 foi inaugurada em agosto de 2020 e o investimento total superou R$ 14 milhões, beneficiando mais de 5 mil famílias em 11 municípios da região: Marau, Camargo, Casca, Ciríaco, David Canabarro, Gentil, Montauri, Muliterno, Nicolau Vergueiro, Santo Antônio do Palma e Vila Maria.
JC - Qual a dimensão do serviço de Telecom prestado pela cooperativa atualmente?
Stefanello - A Coprel está desenvolvendo o serviço de telecomunicações não só como mais um negócio importante da cooperativa, mas também como uma missão que nos foi confiada pelos nossos cooperantes. Temos um serviço de qualidade que atende 36 cidades e que avança firme, atingindo cada vez mais associados no interior. Oferecemos internet, telefonia e TV por assinatura e projetamos mais novidades.
JC - Como a pandemia de coronavírus afetou a cooperativa?
Stefanello - Prestamos um serviço essencial e prosseguimos realizando os atendimentos e investimentos com todo os cuidados necessários para proteger nossos colaboradores e cooperantes. Alguns processos de realização de atividades remotas foram acelerados, nos adaptamos em conjunto com nossos conselheiros na realização das reuniões virtuais.
JC - Como foi o reflexo no consumo de energia na área de abrangência da Coprel?
Stefanello - O nosso crescimento em consumo de energia (da Coprel Cooperativa de Energia) em 2020 em relação ao ano de 2019 foi de 11,08%.
JC - Qual a maior diferença do trabalho de uma cooperativa em relação a uma grande distribuidora de energia?
Stefanello - Acredito que a principal diferença é a proximidade que o associado tem da sua cooperativa, ao se comparar com um cliente de uma grande distribuidora. Os associados nos conhecem, têm fácil acesso aos conselheiros em cada município e também à direção. Eu como presidente, assim como o vice-presidente e o secretário vamos até os municípios e ouvimos as necessidades e prioridades dos cooperantes. É bem provável que os clientes de uma concessionária não saibam o nome do CEO que a administra.
JC - Na área das grandes distribuidoras de energia, vemos movimentos de aquisições (o mais recente foi a compra da CEEE-D pelo grupo Equatorial). No setor das cooperativas pode ocorrer esse tipo de movimentação ou por sua natureza jurídica é algo difícil de acontecer?
Stefanello - Uma cooperativa de energia, assim como as de outros ramos, pode entrar em liquidação se tiver problemas financeiros. Mas, felizmente o que vemos nas cooperativas é uma organização muito forte na busca pela manutenção da saúde financeira, a fim de evitar ao máximo uma situação como essa ocorrer. Buscamos soluções dentro do modelo cooperativo. Na geração isso vem ocorrendo, cito o exemplo da Coprel: todos os nossos empreendimentos de geração de energia (exceto as três primeiras usinas implantadas na década de 1990) são resultado da intercooperação. Para reduzir riscos e ampliar a capacidade de investimento, a Coprel participa de diversos projetos em parceria com outras cooperativas.
JC - Realmente é necessário aumentar a capacidade carga elétrica no campo? Qual a melhor maneira de fazer isso?
Stefanello - Com certeza isto é necessário para o desenvolvimento do Interior. Tudo se moderniza, novos equipamentos e tecnologias exigem cada vez mais carga de energia. Defendo que a melhor forma de fazer isso é unir forças, com investimentos do governo federal (a exemplo do programa de universalização de energia "Luz para Todos"), dos governos estaduais, prefeituras, e contrapartida dos produtores e das cooperativas e concessionárias.
JC - Qual a sua opinião sobre o programa estadual Energia Forte no Campo?
Stefanello - Este programa é muito importante pelo desenvolvimento de uma política pública de incentivo à melhoria da renda dos produtores rurais, em sua maioria da agricultura familiar. O desafio é a agilidade e o volume de recursos disponibilizados para cumprir com seu propósito. Mas é muito positiva a ação.

Coprel

Fundação e sede: 14/01/1968, em Ibirubá.
Receita: da Coprel Cooperativa de Energia R$ 285 milhões em 2020 (alta de 3,59%) e da Coprel Cooperativa de Geração e Desenvolvimento R$ 13 milhões (alta de 11,49%).
Sobras: da Coprel Cooperativa de Energia R$ 11,3 milhões (alta de 12,73%) e da Coprel Cooperativa de Geração e Desenvolvimento R$ 3,7 milhões (alta de % 5,93%).
Associados: 55 mil.