União da classe médica reforça atuação da Unimed Federação

A Federação das Cooperativas Médicas do Rio Grande do Sul (Unimed Federação/RS) está ainda mais fortalecida neste cenário de pandemia. De acordo com o presidente da Unimed Federação, Nilson Luiz May, essa realidade serviu para destacar ainda mais o DNA e os princípios cooperativistas. "Em um momento tão difícil como o que estamos enfrentando, a intercooperação se tornou vital. Juntos, atuando em cooperativas, somos mais fortes do que outros segmentos", salienta o dirigente. Ele explica que, entre as medidas adotadas, esteve a busca por um alinhamento de ações em todo o Sistema Unimed. Em poucos dias, 80% da equipe já estava trabalhando no sistema de home office. Na oportunidade, foram estabelecidos protocolos de segurança para aqueles que permaneceram em trabalho presencial.

Nilson Luiz May - Assim como para a maioria das organizações, 2020 foi desafiador. Iniciamos o ano com um planejamento de expansão de negócios, muitos projetos ligados a inovação, melhoria da qualidade assistencial, compartilhamento de informações com a implantação do prontuário eletrônico, entre outros. No entanto, nos primeiros meses do ano, já com os rumores da epidemia na China, começamos a nos preparar para esse enfrentamento. Com a confirmação dos primeiros casos no Brasil, instauramos um comitê interno de contingência e um comitê estadual de enfrentamento a Covid-19, buscando um alinhamento das ações em todo o Sistema Unimed Nacional. De forma muita ágil, respondendo à necessidade do momento, ainda no mês de março de 2020, disponibilizamos um plantão de telemedicina que possibilitava, além do atendimento, o envio eletrônico de receitas e atestados, evitando que nossos clientes precisassem sair de casa. Em poucos dias, colocamos 80% da nossa equipe trabalhando em home office e estabelecemos protocolos de segurança para aqueles que permaneceram em trabalho presencial. Nos adaptamos de forma muito rápida e colocamos toda nossa infraestrutura do serviço do enfrentamento a pandemia. Nossa Central de Serviços atuou de forma preventiva no abastecimento de insumos e medicamentos, com importações de grande volume, para mantermos a continuidade do atendimento dos hospitais próprios e parceiros. A Uniair colocou seus aviões e helicóptero de prontidão para o transporte dos pacientes com Covid. A Unicoopmed atuou na disponibilidade de médicos plantonistas e reguladores. Já o Instituto Unimed reforçou as campanhas de doação de sangue, em um momento tão delicado.

May - Temos no nosso DNA os princípios cooperativistas, e em um momento tão difícil como o que estamos enfrentando, a intercooperação se tornou vital. Juntos, atuando em cooperativas, somos mais fortes do que outros segmentos. A principal lição é justamente esta certeza, de que juntos, com ações alinhadas e coordenadas, conseguimos nos adaptar e superar os desafios. A palavra que fica é "união".

May - Sem dúvida alguma, todo o Sistema Unimed RS está mais fortalecido após este período. A pandemia nos aproximou ainda mais, e passamos a atuar com maior sinergia. Um exemplo disso foi a formação conjunta dos leitos de UTI Covid em contingência. Implantamos uma UTI com leitos regulados e distribuídos em cinco regiões do Estado, com o investimento de todas as Singulares. Isso garantiu a manutenção do atendimento nos momentos mais críticos.

May - Passado todo o período de planejamento, adaptação e execução no ano passado, em 2021 estamos fortalecendo os aprendizados colhidos no durante a pandemia e estamos olhando para o futuro. É um ano de execução de grandes projetos. A união fortalecida no Sistema Unimed RS está propiciando acelerarmos a expansão em diversos novos negócios. Nos reinventamos para atender as necessidades atuais do mercado.

May - Nosso principal ativo é a classe médica, são os nossos cooperados. A razão de existirmos vem desta força. Em um momento tão delicado, em que os médicos são chamados a linha de frente, demonstramos porque somos a maior cooperativa de trabalho médico do mundo.

May - Entendemos que o cooperativismo médico foi a principal arma no tratamento da pandemia, foi com ele que conseguimos nos adaptar e agir de forma tão rápida. De uma forma geral a uma maior atenção para a classe médica com o fantasma da epidemia, no entanto a união da classe, o trabalho em conjunto, sem dúvidas se dá com maior força no cooperativismo. A forma com que as cooperativas médicas atuaram junto aos seus cooperados, preservando aspectos sociais, de proteção, acolhimento e até mesmo de remuneração, com certeza chama a atenção dos médicos.

May - Tivemos um pequeno crescimento de clientes durante a pandemia. Porém, o mais importante foi a manutenção dos clientes que já possuíam o plano de saúde. Entendendo o momento crítico da economia e a importância do plano de saúde na pandemia, trabalhamos proativamente junto aos contratantes, analisando caso a caso e propondo alternativas que possibilitasse a continuidade da parceria. Essa manutenção dos clientes nos enche de orgulho, buscamos parcerias duradouras e que vão ao encontro das suas necessidades.

May - Infelizmente esse é um sério problema. Por um lado, temos a pressão para redução de reajustes dada a situação econômica do País. Por outro, além dos investimentos necessários para garantir e ampliar o atendimento, como foi o caso dos leitos de UTI, os insumos e medicamentos triplicaram de preço. Parte deste aumento se deu pela escassez de matéria-prima, mas também houve o oportunismo de alguns setores. Como estratégica de equilibrar o mercado, estamos utilizando nossa distribuidora própria de materiais e medicamentos, a Unimed Central de Serviços - RS, como importadora destes insumos e desta forma buscamos preços mais justos.

May - Com certeza temos uma demanda reprimida. Seja pelo inevitável adiamento dos procedimentos eletivos, com a destinação dos recursos para os atendimentos dos pacientes com Covid-19, ou pelo comportamento da própria população, que ficou com receio de procurar os serviços médicos em meio à pandemia. A estrutura ampliada neste período terá que permanecer por algum tempo, até que tenhamos uma normalidade na demanda de atendimento. Já constatamos que, além dos atendimentos reprimidos, teremos os atendimentos dos pacientes pós-Covid. Portanto o volume se amplia. Especificamente para o tratamento dos pacientes com sequelas após terem contraído a Covid-19, estamos trabalhando na implantação de centros integrados em todo o estado, estabelecendo protocolos de atendimento e referenciando serviços regionais para onde iremos direcionar os pacientes.