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Agronegócio

- Publicada em 02 de Julho de 2021 às 03:00

CCGL aprimora comunicação para chegar ao associado

Caio Vianna destaca o diferencial de unir agroindústria e logística

Caio Vianna destaca o diferencial de unir agroindústria e logística


/CCGL/DIVULGAÇÃO/JC
A CCGL - Cooperativa Central Gaúcha tirou da pandemia uma lição importante: encontrar formas mais baratas e rápidas de se comunicar com seus associados para poder agilizar as formas de levar ao campo o conhecimento e a assistência técnica para fazer frente à crise. O resultado surpreendeu. Em 2020, ano em que a grande maioria dos segmentos econômicos amargou prejuízo, o presidente da CCGL, Caio Vianna, revela que a cooperativa faturou R$ 1,4 bilhão, montante 18,7% superior ao de 2019.
A CCGL - Cooperativa Central Gaúcha tirou da pandemia uma lição importante: encontrar formas mais baratas e rápidas de se comunicar com seus associados para poder agilizar as formas de levar ao campo o conhecimento e a assistência técnica para fazer frente à crise. O resultado surpreendeu. Em 2020, ano em que a grande maioria dos segmentos econômicos amargou prejuízo, o presidente da CCGL, Caio Vianna, revela que a cooperativa faturou R$ 1,4 bilhão, montante 18,7% superior ao de 2019.
Jornal do Comércio - A crise gerada pela pandemia do novo coronavírus atingiu diversos setores. No entanto, as cooperativas conseguiram resultados positivos. Como foi possível obter esses avanços na contramão da maioria das atividades econômicas?
Caio Vianna - O crescimento das cooperativas agropecuárias segue o ritmo do agronegócio brasileiro que, mesmo com a pandemia, não parou e experimentou uma valorização das commodities agrícolas em todo o planeta. O agro brasileiro se renova em um ambiente das novas gerações. O campo experimenta o uso de inovações e ferramentas de gestão nas empresas rurais, onde a busca pela eficiência e rentabilização das propriedades se torna imperioso. Neste ambiente, as cooperativas se adaptam em fornecer serviços, insumos, logística, infraestrutura, alternativas comerciais e acesso aos mercados e bolsas de mercadorias que passaram a fazer parte do dia a dia do agro. Cooperativas com profissionalização da gestão, planejamento e ações de intercooperação entre si passaram a atrair cada vez mais produtores, que encontram neste sistema uma forma de ganhar escala e maximizar seus resultados. Portanto, desta forma, o crescimento de faturamento nas cooperativas acontece pelo crescimento do agronegócio e pela procura dos produtores pelo sistema cooperativo, onde o associado participa da gestão e também do compartilhamento dos resultados.
JC - Quais aprendizados a pandemia trouxe para a CCGL e que tipos de adequações ela exigiu da cooperativa e dos cooperados?
Vianna - A pandemia nos ensinou a utilizar formas mais baratas e rápidas de nos comunicarmos com associados e também de levar conhecimento ao campo em assistência técnica, melhorando a produtividade da agricultura e pecuária de maneira ainda mais acelerada para fazer frente à crise. Acreditamos que essas mudanças são irreversíveis e que não existe mais espaço para retrocessos. As empresas precisam entender que, nas relações, os produtores precisam identificar ganhos na sua participação no sistema cooperativo, tanto aqueles agregados na sua propriedade quanto os ligados à atividade da sua cooperativa.
JC - Quais os diferenciais da CCGL no cooperativismo do agronegócio?
Vianna - A CCGL trabalha com o diferencial de integração da atividade agroindustrial no leite, na logística via terminais portuários Termasa/Tergrasa, bem como na geração de informações de manejo agropecuário e tecnologia agrícola para as 30 cooperativas do seu grupo de associados. Essa sistemática contribui para que os produtores acessem a custos menores e compartilhados uma participação em ganhos ou outros elos da cadeia. Assim, os produtores vêm agregando valor e participando do mercado competitivamente.
JC - Qual é o tamanho da CCGL hoje, os investimentos realizados pela cooperativa nos últimos anos e sua importância para a economia gaúcha?
Vianna - Hoje, a CCGL investe na indústria do leite, que começou com a capacidade de processamento de um milhão de litros/dia há 11 anos. Atualmente, possui capacidade de processar 3,4 milhões em um portfólio maior de produtos. Os grandes investimentos atuais são em pessoas, principalmente na RTC (Rede Técnica Cooperativa), que integra mais de mil técnicos, entre agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas que, juntamente com os mais de 15 campos tecnológicos, formam, talvez, um dos maiores movimentos de qualificação do agronegócio brasileiro. Neste movimento, se associaram empresas como Embrapa, universidades e outras entidades de pesquisa. A CCGL capta leite de forma centralizada em 3.500 produtores.
JC - Quais são os planos de expansão da CCGL?
Vianna - Na logística, estamos nos preparando para fazer um grande investimento na área portuária: um terminal para atender ao crescimento progressivo da produção agropecuária gaúcha, sem o que poderemos ter um blackout logístico nos próximos anos. Estes investimentos somente serão possíveis por uma ação integrada das cooperativas, governo do Estado e governo federal, no sentido da viabilização do aporte de recursos privados.
JC - Qual o cenário o senhor vislumbra para o pós-pandemia?
Vianna - Acreditamos que o período pós-pandemia será um momento de grandes oportunidades para inovação, criatividade e, principalmente, cooperação e parcerias que irão impulsionar o agronegócio brasileiro para um patamar dos mais competitivos no mundo na produção de alimentos capitaneado por uma geração de jovens produtores.
JC - Quais são os principais produtos produzidos pela cooperativa e sua participação no market share nacional?
Vianna - A CCGL tem o maior parque industrial instalado do Brasil para leite em pó e, agora, também para leite condensado. Também são produzidos creme de leite, achocolatados e leite fluido UTH em embalagens de 250ml zero lactose e sem conservantes, com garantia de origem em propriedades certificadas sanitariamente. Todos estes produtos são apresentados em várias especificações e, atualmente, respondemos por 20% do leite em pó consumido no Brasil.

CCGL

Sede: Cruz Alta
Data de Fundação: 21/01/1976
Associados: 30 cooperativas singulares com 171 mil produtores
Fundação: 21/01/1976

Faturamento em 2020:
R$ 1,45 bilhão ( 18,7%)

Faturamento em 2019:
R$ 1,22 bilhão