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Construção Civil

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 23:03

Saneamento básico ainda é dor de cabeça no Litoral Norte

Torres é a cidade da região com maior esgotamento

Torres é a cidade da região com maior esgotamento


VAGNER MACHADO/PREFEITURA DE TORRES/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
Nos últimos anos, o Litoral Norte do Rio Grande do Sul passou a receber uma série de investimentos para novas construções. O “boom” de lançamentos agravou um problema recorrente de veranistas e moradores das cidades litorâneas: a falta de infraestrutura para coletar e tratar o esgoto despejado. Em algumas cidades, durante o verão, a população chega a aumentar em até 10 vezes e os reflexos dessa mudança temporária levaram órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) a proibir que as prefeituras fizessem novas liberações, até que fosse feita uma adequação. Em 2015, um grupo de trabalho, formado por representantes das cidades do litoral, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Fepam e o MPF foi criado para encontrar soluções e minimizar o problema.
Nos últimos anos, o Litoral Norte do Rio Grande do Sul passou a receber uma série de investimentos para novas construções. O “boom” de lançamentos agravou um problema recorrente de veranistas e moradores das cidades litorâneas: a falta de infraestrutura para coletar e tratar o esgoto despejado. Em algumas cidades, durante o verão, a população chega a aumentar em até 10 vezes e os reflexos dessa mudança temporária levaram órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) a proibir que as prefeituras fizessem novas liberações, até que fosse feita uma adequação. Em 2015, um grupo de trabalho, formado por representantes das cidades do litoral, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Fepam e o MPF foi criado para encontrar soluções e minimizar o problema.
Para não paralisar todas as obras, as construtoras precisaram apresentar aos órgãos ambientais alternativas para o tratamento de esgoto caso quisessem continuar seus empreendimentos. O diretor da Construtora Nova Ipanema, Sérgio Bottini, conta que em 2010 empreendedores criaram uma associação em Xangri-lá para reunir recursos a fim de construir uma estação de tratamento. À época, segundo Bottini, foram investidos cerca de R$ 10 milhões, contudo, a estação serviu exclusivamente para loteamentos previamente escolhidos. “A estação tem capacidade para tratar esgoto de até 10 mil residências. Estamos fazendo um estudo para ver se há disponibilidade de fazermos ligações externas na rede de esgoto”, explica. Outra medida tomada foi a instalação de fossas sépticas, que funcionam como uma central própria de tratamento de resíduos nos condomínios.
As dificuldades geram impacto em vários setores da economia do litoral, conforme o diretor da Nova Ipanema. Bottini percebe uma aflição dos trabalhadores diretos e indiretos, que durante o inverno trabalhavam na construção de prédios e loteamentos e viram as oportunidades reduzirem significativamente por conta dos embargos. Além disso, há a redução nas vendas, o que também gera efeito nas empresas e na economia do município. “O Litoral tem uma particularidade: nós vendemos para todo o Estado. Então, temos investidor da Fronteira, da Serra, de várias regiões. A falta de infraestrutura bloqueia um mercado promissor”, avalia Sérgio Bottini.
Em nota, a Corsan informa que está realizando investimentos nas principais cidades do Litoral Norte a fim para ampliar o sistema de esgoto. Entre as mais diversas formas de financiamento, como ingresso de recursos oriundos do PAC e do BNDES, bem como valores próprios da companhia, serão colocados R$ 323 milhões em obras como construção de novas estações de tratamento de esgoto, ampliação e modernização daquelas já existentes e também das redes coletoras e bacias. A situação mais crítica é em Imbé, onde apenas 0,57% do esgoto da cidade é tratado pela Corsan. O restante, segundo a companhia, é tratado de maneira privada ou lançada in natura no meio ambiente.
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