Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

OBRAS

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 22:53

Investimentos visam desbloquear economia do Rio Grande do Sul

Multinacional injetará R$ 1,5 bi para ampliação de complexo industrial em Rio Grande

Multinacional injetará R$ 1,5 bi para ampliação de complexo industrial em Rio Grande


YARA/DIVULGAÇÃO/JC
A atração de investimentos é considerada pelos governantes como o combustível mais eficaz para resolver uma série de problemas, com a elevação de receitas oriundas de impostos, a criação de postos de trabalho e o desenvolvimento das regiões designadas para receber esses aportes. O movimento de três grandes empresas dos cenários nacional e internacional no Rio Grande do Sul tem como objetivo ajudar no desbloqueio da economia, com a injeção do chamado 'dinheiro novo' e na busca por oportunidades estratégicas nos mais diversos polos do Estado.
A atração de investimentos é considerada pelos governantes como o combustível mais eficaz para resolver uma série de problemas, com a elevação de receitas oriundas de impostos, a criação de postos de trabalho e o desenvolvimento das regiões designadas para receber esses aportes. O movimento de três grandes empresas dos cenários nacional e internacional no Rio Grande do Sul tem como objetivo ajudar no desbloqueio da economia, com a injeção do chamado 'dinheiro novo' e na busca por oportunidades estratégicas nos mais diversos polos do Estado.

Yara planeja duplicar capacidade produtiva

Com um investimento total previsto de R$ 1,5 bilhão, o Grupo Yara planeja entregar todas as fases da expansão do seu complexo industrial em Rio Grande, no Sul do Estado, até 2020. A projeção é que a primeira etapa, da área de armazenagem e estocagem, esteja em funcionamento até dezembro deste ano. O investimento promete duplicar a capacidade do complexo e tem o foco em aumentar a produção para estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, bem como para os países vizinhos, como o Paraguai.
Conforme Isaías Costa, gerente do projeto, o objetivo é transformar a área a partir da tecnologia, com aceleração nos processos e otimização da planta para gerar maior eficiência. Além disso, a Grupo Yara enxergou a necessidade de ampliação como uma forma de reduzir o impacto no custo dos insumos para o agronegócio no Estado. "Tínhamos a opção de, ao invés de expandir a área, aumentar a importação de insumos. Isso geraria mais custo ao produtor e à produção como um todo", explica. Hoje, a empresa é responsável por fornecer 40% do total de fertilizantes utilizados no Rio Grande do Sul.
Durante a construção, serão gerados cerca de 2 mil empregos diretos e até 6 mil indiretos. Diante de um quadro de alto índice de desemprego na cidade por conta das demissões no polo naval, Costa conta que a empresa priorizou a contratação de trabalhadores locais para atuarem nas mais diversas áreas da construção, a fim de movimentar a economia interna. "Em projetos dessa complexidade, é normal você trazer pessoas de vários lugares para o canteiro. Hoje, cerca de 60% da nossa força de trabalho são de residentes de Rio Grande ou da região. Precisávamos dar emprego a essas pessoas", justifica o gerente.
O início da obra, em 2016, coincidiu com momentos de desacerto econômico no País. Contudo,  o representante da empresa revela que a Yara sempre manteve o projeto, mesmo diante das dificuldades, por conta dos resultados do setor da agropecuária durante a recessão. "A área de produção de alimentos segurou a economia durante a crise. Nosso investimento é para atender 25, 30 anos de produção. O Brasil é o cenário ideal para a agricultura e queremos participar ativamente dele."

Havan inaugura megaloja no Estado em novembro

Uma das principais lojas de departamento do Brasil, a Havan está perto de abrir sua primeira filial no Rio Grande do Sul. A unidade, que ficará em Passo Fundo, no Noroeste do Estado, tem previsão de inauguração para novembro deste ano, com cerca de 7,5 mil metros quadrados. A segunda megaloja está prevista para abrir em Caxias do Sul, na Serra, e, posteriormente, o investimento chegará em Porto Alegre. A meta é abrir até 50 lojas durante os próximos anos, com o investimento médio de R$ 30 milhões por unidade. Somente na loja de Passo Fundo, 100 trabalhadores foram contratados exclusivamente para a obra, e outros 150 funcionários serão admitidos para a operação.
As demais cidades que receberão as suntuosas lojas da rede catarinense ainda estão indefinidas. O gerente de expansões da marca, Nilton Hang, alerta para uma condição fundamental para a instalação da Havan nas cidades gaúchas. "Temos a necessidade de abrir nos sábados, domingos e feriados, pois são os dias de maior movimento. Negociamos com os sindicatos locais essa possibilidade. Onde não tivermos essa oportunidade, não investiremos." Hang ainda conta que o plano da empresa era abrir sua primeira loja fora de Santa Catarina no Rio Grande do Sul em 2000, mas questões burocráticas impediram o investimento. Segundo o gerente, um dos pontos divergentes seria a instalação da Estátua da Liberdade, marca registrada da Havan.
O intuito das megalojas, segundo o gerente, também é movimentar a economia das cidades e regiões. Além de se tornar uma atração turística, a geração de empregos e tributos irão contribuir para o desenvolvimento. "Quem for nos visitar vai abastecer o carro, almoçar ou jantar, fazer um lanche, e isso traz dinheiro para os demais comerciantes. Queremos ser parceiros, e não concorrentes", afirma. Afora a construção das lojas, o grupo planeja edificar pequenas centrais hidrelétricas em três cidades do interior do Estado. O investimento deve chegar a R$ 500 milhões.

Capital será cidade estratégica do Mercosul para Fraport

Com o objetivo de transformar Porto Alegre em uma cidade estratégica do Mercosul, a alemã Fraport promete entregar as primeiras obras prontas da modernização e ampliação do aeroporto Salgado Filho em 2019. A empresa, que venceu o leilão proposto pelo governo federal para concessão por 25 anos, projeta investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão, que incluem construção de um novo edifício garagem, de uma subestação elétrica, além da ampliação do pátio para as aeronaves e aumento na capacidade do terminal de passageiros para embarque e desembarque. Pelo contrato, essa primeira fase precisa estar pronta até outubro do próximo ano. A expansão da pista, desejo antigo dos gaúchos, deverá ficar pronta em 2021.
A CEO da empresa no Brasil, Andreea Pal, planeja impulsionar o desenvolvimento econômico das mais diversas regiões do Estado e de países vizinhos através da expansão do Salgado Filho. "Nossa meta é criar um portal aeroportuário moderno, eficiente e focado no cliente. Nossa equipe está trabalhando para oferecer o nível mais alto de qualidade em serviços, operação e segurança", explica. A Fraport também venceu a concorrência para operar o aeroporto Pinto Martins, de Fortaleza. A empresa alemã é responsável pela gestão de diversos aeroportos pelo mundo, incluindo o de Frankfurt, o maior da Europa.
Um dos principais entraves continua sendo a remoção das famílias da Vila Nazaré, junto ao local por onde passará a ampliação da pista. Uma força-tarefa liderada pelo governo do Estado e pela prefeitura de Porto Alegre faz o cadastro das 364 famílias que precisarão ser realocadas. O principal destino devem ser dois loteamentos, nos bairros Sarandi e Porto Seco.