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negócios

- Publicada em 31 de Agosto de 2020 às 03:00

Momento é de recuperação dos negócios imobiliários

Moacyr Schukster avalia que pessoas retomaram a confiança

Moacyr Schukster avalia que pessoas retomaram a confiança


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
Depois de uma difícil adaptação ao cenário da pandemia, os negócios imobiliários vivem um momento de recuperação no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, que serve de referência para boa parte do Estado, a média mensal das compras e vendas de imóveis, que em 2019 fechou em 2.583 unidades, em julho deste ano já estava em 2.142. Os dados são do Sindicato da Habitação (Secovi-RS).
Depois de uma difícil adaptação ao cenário da pandemia, os negócios imobiliários vivem um momento de recuperação no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, que serve de referência para boa parte do Estado, a média mensal das compras e vendas de imóveis, que em 2019 fechou em 2.583 unidades, em julho deste ano já estava em 2.142. Os dados são do Sindicato da Habitação (Secovi-RS).
"Tivemos uma queda nas vendas, mas não chegou a ser um bicho de sete cabeças. Estamos aprendendo a conviver com a pandemia e as pessoas voltaram a ter confiança no futuro", avalia o presidente da entidade, Moacyr Schukster.
Os piores meses de 2020 foram abril e maio, com 1.601 e 1.872 imóveis comercializados respectivamente. Mas, para a economista do Secovi-RS, Lucineli Jeremias da Silva Martins, apesar de os dados terem sido baixos nestes meses, junho já apresentou crescimento de 15% em relação a maio e julho elevação de 17% em relação a junho. "Com isso, espera-se que agosto seja um mês bom também. A diminuição das taxas de juros tem sido um fator muito positivo", analisa.
O mesmo está acontecendo com as locações que, de acordo com Schukster não pararam. O que aconteceu, especialmente, em março e abril, foram muitas negociações, o que fica evidente na pesquisa de avaliação do impacto da pandemia nos negócios imobiliários, realizada em julho deste ano pela Secovi/Agademi. O levantamento mostra que 100% dos respondentes que trabalham com locações comerciais concederam descontos nos aluguéis para aproximadamente 35% da sua carteira de clientes. O percentual médio de desconto foi de 36%.
Agora, porém, o que se vê, especialmente no interior do Estado, é que as salas comerciais voltaram a ser procuradas para aluguel. "Isso mostra que as pessoas estão entendendo que precisam voltar a trabalhar, com toda segurança, e o setor caminha para a regularização", diz o presidente do Secovi-RS.
Já nas locações residenciais não foram registradas grandes alterações. "As pessoas continuam tendo que morar, mas, claro que existiram algumas peculiaridades, como no caso dos estudantes do interior que estavam em apartamentos alugados em outras cidades e, com as universidades fechadas, entregaram os imóveis", explica.
Schukster avalia ainda um possível cenário de retorno diferente do que vivíamos antes, com um número maior de empresas mantendo os seus times em home office. Como isso impactaria os negócios de vendas e locações comerciais? "Aparentemente poderíamos ter uma espécie de sobra de edifícios comerciais, mas a verdade é que existem certos tipos de trabalhos que exigem uma integração entre as pessoas, algo que não se resolve por aplicativos como o Zoom", diz.

Médias mensal de compras e vendas de imóveis em Porto Alegre

Ano  Quantidade
2011= 3.316
2012= 3.249
2013= 3.307
2014= 3.196
2015= 3.048
2016= 2.833
2017= 2.600
2018= 2.710
2019= 2.583
2020 (até julho)= 2.142
Fonte: Sindicato da Habitação (Secovi-RS)