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Comércio

- Publicada em 16 de Julho de 2021 às 03:00

Setor projeta alta de até 8% nos negócios em 2022

Zildo De Marchi diz que a pressão inflacionária não deverá afetar os negócios

Zildo De Marchi diz que a pressão inflacionária não deverá afetar os negócios


LUIZA PRADO/JC
Osni Machado
O Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas) - resultado da união de sete sindicatos do ramo atacadista - prevê um crescimento do setor acima do que era previsto. Em 2021, o Sindiatacadistas projeta alta de 4 a 5% na comparação com o ano passado. Já para 2022, a entidade espera um resultado ainda maior, entre 6% e 8%. Conforme o presidente do Sindiatacadistas e também vice-presidente da Fecomércio-RS, Zildo De Marchi, esse cenário positivo é favorecido por uma soma de fatores e, principalmente, impulsionado pelo setor de alimentos, que teve uma ampliação no consumo durante a pandemia de Covid-19. Agora o setor está otimista com o aumento da cobertura vacinal, o que deve ser um fator para movimentar a economia ainda neste segundo semestre de 2021.

O Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas) - resultado da união de sete sindicatos do ramo atacadista - prevê um crescimento do setor acima do que era previsto. Em 2021, o Sindiatacadistas projeta alta de 4 a 5% na comparação com o ano passado. Já para 2022, a entidade espera um resultado ainda maior, entre 6% e 8%. Conforme o presidente do Sindiatacadistas e também vice-presidente da Fecomércio-RS, Zildo De Marchi, esse cenário positivo é favorecido por uma soma de fatores e, principalmente, impulsionado pelo setor de alimentos, que teve uma ampliação no consumo durante a pandemia de Covid-19. Agora o setor está otimista com o aumento da cobertura vacinal, o que deve ser um fator para movimentar a economia ainda neste segundo semestre de 2021.

Jornal do Comércio - Qual é análise que o Sindiatacadistas faz do atual momento?

De Marchi - Para o setor de alimentos, principalmente, ele vem funcionando normalmente e até com um pouquinho de acréscimo operacional. Isto vem ocorrendo porque as pessoas estão viajando menos e, deste modo, há um aumento de consumo em suas casas. A responsabilidade do nosso setor de fazer o abastecimento e de manter a produção de alimentos no Brasil segue positiva.

JC - A ampliação da cobertura vacinal repercute favoravelmente sobre o setor até que ponto?

De Marchi - A vacinação é uma proteção ao bem-estar da saúde e, com isso, a sociedade torna-se mais ativa e mais participativa, aumentando o consumo e também o desempenho da economia.

JC - Quanto ao desemprego, o comércio costuma abrir vagas temporárias próximo do verão. Isto deve se repetir este ano?

De Marchi - Olha, o desemprego, ele se situa mais na área de serviços e na área de consumo de bens. Na área da produção, por exemplo, no setor industrial, comercial e atacadista não houve desemprego, houve até um pequeno aumento de emprego, mas, temos o seguinte, que a automação, a nova tecnologia, o equipamento que está disponível hoje, ele ocupa o espaço da mão de obra manual para a automação, mas também está aumentando o nível de profissionalização dos servidores, que tem de se adaptar a um novo sistema que está cada vez mais sendo mais automatizado. Como exemplo aqui, 50% dos que trabalhavam na área operacional interna estão trabalhando em suas casas e interligados a um sistema. Quem tem um sistema bem-estruturado, as máquinas interagem, ou seja, não precisa ser presencial. Estando em casa é como se estivesse operando aqui dentro.

JC - A pressão inflacionária com alta de itens como gás de cozinha, combustíveis e alimentos, pode prejudica o consumo?

De Marchi - Houve uma elevação, principalmente, no preço do petróleo e também ocorreram ajustes na mão de obra, mas eles não têm afetado o índice de custo operacional total. Eles estão abaixo do previsto e não vão interferir em termos de resultados. O índice inflacionário vai se mantiver abaixo do que está previsto.

JC - O que o setor espera que seja feito em âmbito federal e estadual?

De Marchi - A cadeia produtiva é muito criativa, lamentavelmente, os custos de sua estrutura na área federal estão muito altos. Quando comparamos os índices brasileiros com os europeus, os nossos parâmetros estão acima do recomendável, influenciados por problemas políticos. Hoje, todo mundo luta e concorre para ter um encosto no poder público, porque ali existe uma garantia de estabilidade de emprego. Já os entraves burocráticos existentes servem para beneficiar o serviço público. O que se viu: aumentou o custo operacional e baixou a produtividade, mas, felizmente, o País tem de tudo. Temos a proteína, o minério e todas as matérias-primas necessárias. O Brasil é o país mais rico do mundo. O Estado tem de se modernizar também e eu vou dar um exemplo daqui do Rio Grande do Sul, do custo da receita bruta, 70% é para manutenção de pessoal ativo e aposentado, 20% são para manutenção dos estabelecimentos e sobram apenas 10% para investimentos. Então, vamos privatizar e, com isso, obter um melhor desempenho.

JC - Quais são as projeções para o setor em 2022?

De Marchi - O nosso setor não entrou em depressão, ele está trabalhando normalmente, não com o crescimento previsto, mas com um crescimento positivo. Para o ano que vem, temos uma previsão de entrar dentro dos objetivos normais. Jamais vai voltar como antes. O empresário tem uma nova postura em relação a essa nova realidade. O nosso setor atacadista cresceu acima do previsto, porque tem uma visão, uma porque não há interferência dentro do setor. É um setor que faz um trabalho de atender a produção, a importação e a distribuição para o consumo. E vem trabalhando com um desempenho acima dos parâmetros previstos dentro "de uma crise econômica".

JC - Quando o senhor falou em uma projeção positiva para o setor atacadista em 2022, arriscaria em algum percentual anual?

De Marchi - Nós tivemos nesse ano um crescimento entre 4% a 5%. Nós temos uma previsão para o próximo ano de chegar ao redor de 6% a 8% em relação a 2021.

JC - O que o empresariado precisa fazer para ampliar a capacidade produtiva?

De Marchi - É necessário que haja mais apoio ao setor produtivo, porque nós temos hoje pessoas extremamente competentes, temos motivação para o investimento. Os investimentos aqui são seguros, não existe pressão do estado, pelo contrário, ele apoia. Existem os incentivos também. O que está havendo é uma grande motivação, até entre os jovens para se tronarem empreendedores. Hoje, o que se fala é em desenvolvimento, em produção, boa alimentação e bom estado social.

JC - O cenário eleitoral de 2022 preocupa para o desempenho do comércio em 2022?

De Marchi - Temos boas perspectivas em relação ao futuro. Hoje já existe um movimento político de centro, de direita e de esquerda, mas aqui não existe ambiente para uma esquerda radical. O Brasil tem uma cultura política de centro direita. Falta mais motivação da área produtiva para entrar na política e seria interessante uma maior participação para colaborar no sentido de ajustar melhor o setor em relação ao custo operacional interno e político.

JC - Como está a representatividade do setor gaúcho junto as esferas de governo?

De Marchi - Falta mais motivação para a área produtiva entrar na política e seria importante uma maior participação, mais para colaborar no sentido de ajustar melhor o setor em relação ao custo operacional interno e político. Isto, porque os políticos têm uma visão mais de interesse pessoal do que de interesse coletivo.

JC - Como o senhor avalia o papel do comércio no desenvolvimento do País?

De Marchi - O comércio é que faz a integração e a comunicação de todos os setores, fazendo um diálogo regional, nacional e internacional. Tenho uma visão, que nós teremos no futuro uma evolução positiva em termos políticos e em termos de produção e em termos de resultados.

JC - O setor comemora o Dia do Comércio?

De Marchi - Temos entusiasmo para comemorar o Dia do Comércio. Isto porque o comércio é quem faz a integração e a comunicação de todos os setores. Tenho uma visão, que nós teremos no futuro uma evolução positiva em temos políticos, em termos de produção e em termos de resultados. Todas as tendências e entusiasmos da sociedade são positivos. Tem uma minoria que prega a parte negativa por interesses próprios, mas o que predomina na cultura do povo brasileiro são as boas relações e com efeitos positivos na área de trabalho, na área de desempenho e na área de resultados.

 

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