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Entidades

- Publicada em 16 de Julho de 2019 às 03:00

FCDL aposta em crescimento no segundo semestre

Koch, presidente da FCDL, defende urgência na criação de um imposto único e baixa gradativa dos demais

Koch, presidente da FCDL, defende urgência na criação de um imposto único e baixa gradativa dos demais


/CLAITON DORNELLES /JC
O segundo semestre de 2019 deverá chegar com força para o varejo do Rio Grande do Sul. Após os últimos meses, com reflexo negativo importante no mês de março, a expectativa é de que, a partir de agosto, o comércio volte a ter uma movimentação maior. E, se o frio ajudar, os resultados serão ainda melhores, segundo avaliação do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Koch.
O segundo semestre de 2019 deverá chegar com força para o varejo do Rio Grande do Sul. Após os últimos meses, com reflexo negativo importante no mês de março, a expectativa é de que, a partir de agosto, o comércio volte a ter uma movimentação maior. E, se o frio ajudar, os resultados serão ainda melhores, segundo avaliação do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Koch.
O setor ainda se ressente com os impactos da crise macroeconômica pela qual passou o País nos últimos anos. O processo de estagnação vem dando sinais de reversão, apesar dos números ruins do mês de março para o setor gaúcho. Além do Carnaval, os cinco sábados e cinco domingos, resultando em apenas 18 dias úteis, determinaram índices menores de vendas. "Mas crescemos no trimestre, e crescemos mais do que o País", comemora o dirigente, ao ressaltar os números de alta no Brasil, de 2,5%, em paralelo aos do Rio Grande do Sul, que aumentaram 3,9%. As melhores vendas deram-se no setor de vestuário, com crescimento de 11,4%, e de veículos, com aumento de 11,3%.
De acordo com Koch, a expectativa do período eleitoral e a posse dos novos gestores paralisaram o setor. A partir de agora, avalia, o processo será lento, mas gradual. Koch acredita na movimentação do mercado em razão das mudanças na gestão. "Elas não são mais uma questão de opção, mas de extrema necessidade", aponta o presidente.
A expectativa é de que, a partir de agosto, com a aprovação da reforma da Previdência, o aumento da confiança do investidor irá gerar benefícios a todos. "Tanto os investidores nacionais, que têm dinheiro, mas não estão investindo, quanto os internacionais, que aumentarão a confiança em um país que se tornará mais sustentável."
A demanda principal do setor, no entanto, é a reforma tributária. O dirigente defende a urgência na criação de um imposto único, paralelo à baixa gradativa dos demais impostos. "A desoneração é muito importante. O empreendedor paga sobre o lucro, mas também no custo do produto. O imposto corrói o orçamento do empresário, e o grau de prejuízo entre os menores empreendedores é muito maior", identifica Koch.
O círculo virtuoso terá início, conforme o dirigente, com uma série de medidas combinadas. A reforma política e medidas nas áreas da saúde, educação e segurança são problemas estruturais que devem ser atacados. O presidente da FCDL cita, como exemplo, a necessidade da entidade criar um plano de saúde para as empresas associadas, diminuindo a oneração excessiva com uma obrigação que deveria ser do Estado.
As privatizações também virão em benefício do setor, segundo o dirigente, uma vez que o Estado, estando menos "inchado", terá mais capacidade de investimento e, por consequência, de gerar emprego e renda circulante. "O Cadastro Positivo também beneficiará o consumo, e virá através de educação financeira um pouco forçada", acrescenta.
Para o presidente da FCDL, o segundo semestre chegará com força. "Teremos uma injeção na economia com o 13º salário e férias, além das datas festivas que começam com o Dia dos Pais e o dia das Crianças, além da Black Friday. Estamos um pouco assustados com o inverno que ainda não chegou para valer. O frio, para quem atua no ramo mole - aquele que vende roupas e produtos de valor agregado, é muito importante", observa.
Em paralelo às medidas de retomada da economia, as empresas também deverão se adaptar aos novos tempos, como aconselha o presidente. A realidade do comércio virtual e da adoção das novas tecnologias é uma tendência que não deverá retroceder. "Pelo contrário, não há volta e só crescerá. Precisamos nos adaptar a essa nova realidade", alerta.
Ele acredita, no entanto, que a loja física não desaparecerá, apenas se transformará em uma vitrine ou armazém de entrega. "Já temos grandes redes fazendo isso: elas mantêm lojas menores com atrativos que têm giro maior, como TVs e celulares, e usam o local como ponto de entrega", diz, lembrando que o consumidor não confia mais em entregas pelos Correios, afetado pela má gestão, preferindo a retirada na loja. "Quem quiser sobreviver, tem que ter e-commerce", diz. "Ao mesmo tempo, tenho visto que as empresas que estão indo melhor são aquelas que têm um cuidado maior com o cliente pessoalmente."

Gestão e qualidade são incentivadas através de eventos e inovações

A partir do QComércio, profissionais do mercado dão dicas aos associados em vídeos de treinamento

A partir do QComércio, profissionais do mercado dão dicas aos associados em vídeos de treinamento


FCDL /DIVULGAÇÃO/JC
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) incentiva a gestão pela qualidade. A entidade trabalha com o programa QComércio, um software de gestão que incentiva o pequeno empreendedor a ter controle na administração do negócio. "O QComércio identifica as carências do mercado do pequeno negócio - 99% dos nossos associados são pequenas empresas. A partir disso, contratamos um profissional que produz um vídeo de treinamento, em 10 episódios, para que ele possa implantar. É feito um diagnóstico e, em cada ciclo, o empreendedor é certificado", explica o presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, ao destacar que se trata do maior programa de Ensino a Distância (EaD) do varejo da América Latina.
O empresário, além de receber o certificado, é incentivado com um software de gestão e de planejamento estratégico. Todo o processo é acompanhado por monitoramento a partir da FCDL. "Já treinamos 18 mil pessoas e 1,5 mil empresas. Hoje, 390 estão acompanhando o programa", conta o dirigente, orgulhoso. A estimativa é que, em seis anos, 67% das empresas aumentem a lucratividade.
As inovações da FCDL também poderão ser acompanhadas durante a 50ª Convenção Estadual Lojista, que será realizada em 17 de outubro. O evento, no estilo arena, contará com vários workshops transmitidos online, diretamente do ParkShopping Canoas. Considerado o maior encontro de qualificação do varejo gaúcho, a Convenção também reforça o compromisso da entidade de implementar e buscar a excelência nos processos, além de aprimorar conhecimentos.