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ENTIDADES

- Publicada em 16 de Julho de 2019 às 03:00

Agas diz que complexidade na gestão desafia os empresários do setor supermercadista

Quantidade de negócios existentes dentro de um mesmo estabelecimento chama a atenção

Quantidade de negócios existentes dentro de um mesmo estabelecimento chama a atenção


CLAITON DORNELLES /JC
A complexidade em se administrar um mercado, seja ele de qualquer proporção, tem sido um desafio aos empresários do setor. Além das nuances tradicionais como questões tributárias, margem de lucro, gerência de pessoas, um ponto em especial é visto como o mais difícil de se lidar, a quantidade de negócios existentes dentro de um mesmo estabelecimento. Com dezenas de setores, cada qual com sua particularidade, os gestores precisam se desdobrar e adquirir conhecimento para prosperarem no mercado.
A complexidade em se administrar um mercado, seja ele de qualquer proporção, tem sido um desafio aos empresários do setor. Além das nuances tradicionais como questões tributárias, margem de lucro, gerência de pessoas, um ponto em especial é visto como o mais difícil de se lidar, a quantidade de negócios existentes dentro de um mesmo estabelecimento. Com dezenas de setores, cada qual com sua particularidade, os gestores precisam se desdobrar e adquirir conhecimento para prosperarem no mercado.
Áreas como açougue, hortifrúti, higiene, bebidas e fiambreria possuem particularidades e público, muitas vezes, diferente. Apesar do mercado reuni-las e oferecer uma variedade de tipos em cada uma delas, não basta simplesmente expor os produtos e oferecê-los aos clientes sem um contexto. A ideia dos mercados é tentar convencer o cliente de que ele pode comprar com a confiança de procedência, armazenamento, qualidade e preço adequados.
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, explica que a qualificação dos estabelecimentos passa por compreender o cliente e dar a ele as condições para adquirir tal item. "Existe uma concorrência muito grande no setor supermercadista. Uma pessoa chega a visitar quatro lugares para fazer suas compras. Não há mais um apego a essa ou aquela empresa, as pessoas querem preço e disponibilidade de produtos", afirma.
Ele menciona também que a questão de entender como funciona cada setor do mercado ajuda a reduzir erros. A questão administrativa passou a ser fundamental para evitar perdas de produtos e aumento de preços, elementos importantes para manter os clientes na loja. "A margem de lucro é muita pequena. O gestor não pode passar sua ineficiência ao consumidor através de aumento de preço. Ele precisa conhecer quem compra e o que adquire para equilibrar a loja", explica Longo. Uma dessas formas, segundo o líder da Agas, é ter cuidado ao expor um certo item nas gôndolas e fornecer o máximo de informações possíveis, pois um consumidor leva no máximo 15 segundos para tomar a decisão de compra.
Longo avalia também o atual momento do setor, que teve crescimento de 5,2% no ano passado no Rio Grande do Sul. Para ele, a perspectiva desse ano é "realista", ainda que o setor tenha mantido crescimento mesmo em momentos de crise.
A questão da diminuição na perspectiva de elevação da economia nacional, com reduções seguidas no prognóstico do Produto Interno Bruto (PIB) é uma preocupação, pois o setor costuma ser porta de entrada para jovens que buscam empregos. "Temos cerca de 100 mil empregados no ramo e, a cada ano, evoluímos em número de empresas abertas. O que nos ajudaria muito seria a retomada da construção civil, ainda estagnada, pois ela movimenta para a construção de lojas e, posteriormente, com os trabalhadores que consomem", afirma o presidente.
O líder da Agas também contextualiza o forte crescimento de redes pequenas e médias, sobretudo no Interior do Estado. As particularidades desses estabelecimentos, segundo Longo, fazem deles objeto de simpatia do cliente e, consequentemente, trazem maior faturamento. "Esses mercados têm características únicas. Nem sempre se aliam com empresas para parcerias comerciais, personalizam o atendimento, dão um enfoque no produto que o cliente quer e não o que a marca deseja. Isso os faz serem destaque e evoluírem", analisa.
Além disso, por estarem melhor inseridos em cidades pequenas, os empresários conhecem melhor as necessidades da população local e conseguem suprir os anseios com promoções e marcas de apelo emocional, usada por gerações dessas famílias.

Expectativa é alta para mais uma edição da Expoagas

Longo vê possibilidade de ampliar resultados da feira

Longo vê possibilidade de ampliar resultados da feira


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Maior feira do Cone Sul do segmento, a Expoagas acontece no mês de agosto, em Porto Alegre. No ano passado, foram movimentados R$ 508 milhões em três dias de evento, que traz visitantes de todo o País e da América Latina para palestras, feiras e troca de experiências.
A expectativa, segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, é ampliar os números nesse ano. Segundo ele, o público da feira é bastante diversificado, pois os profissionais do mercado chegam em busca de coisas diferentes. "Vemos o pessoal do Interior chegar com quatro, cinco representantes e se espalharem pelo evento. Um vai na área de produtos, outro para seminários, um terceiro busca as tendências. É isso que queremos oferecer, variedade", conta.
A grande maioria dos expositores são do ramo varejista, e a Agas estabelece uma cota de 75% dos estandes destinados exclusivamente aos empresários gaúchos. Longo conta que os detalhes ainda estão sendo acertados, mas a situação tributária será um dos temas abordados durante o evento, que ocorre entre os dias 20 e 22 do próximo mês, na Fiergs.