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Comércio

- Publicada em 16 de Julho de 2019 às 03:00

O Boticário usa inteligência artificial à serviço da criação

Perfumes tiveram processos de pesquisa e desenvolvimento reduzidos a partir do uso da tecnologia

Perfumes tiveram processos de pesquisa e desenvolvimento reduzidos a partir do uso da tecnologia


CLAITON DORNELLES /JC
João Dienstmann
Que as máquinas estão à frente da produção de milhares de itens usados por nós, atualmente, não chega a ser uma novidade. Contudo, a tecnologia passou a agir dentro de um outro espectro para ajudar as marcas a reduzir a margem de erro no lançamento de uma nova tendência. Uma das novidades apresentadas pelo Grupo Boticário recentemente se valeu de uma parceria com a gigante da computação IBM, com o intuito de criar a nova linha de fragrâncias da marca a partir da ajuda da inteligência artificial (IA).
Que as máquinas estão à frente da produção de milhares de itens usados por nós, atualmente, não chega a ser uma novidade. Contudo, a tecnologia passou a agir dentro de um outro espectro para ajudar as marcas a reduzir a margem de erro no lançamento de uma nova tendência. Uma das novidades apresentadas pelo Grupo Boticário recentemente se valeu de uma parceria com a gigante da computação IBM, com o intuito de criar a nova linha de fragrâncias da marca a partir da ajuda da inteligência artificial (IA).
A linha Egeo, lançada no Dia dos Namorados deste ano, conta com dois perfumes concebidos acerca de estudos feitos com algoritmos da Philyra, uma máquina cujo objetivo foi monitorar o comportamento principalmente dos chamados millenials, jovens nascidos a partir dos anos 2000. A intenção era criar um padrão de preferências para, com esses resultados, levar à frente o desenvolvimento da nova marca. Tiago Martinello, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Perfumaria do Grupo Boticário, conta que os resultados foram coletados após três meses de utilização da tecnologia. Ele explica que a meta foi buscar uma maior assertividade. "Para nós, o investimento em inovação se traduz em melhor performance, além de uma otimização, a longo prazo, a fim de garantir o melhor custo-benefício para as pessoas. Foi um trabalho conjunto e intenso", conta.
Além do Boticário e da IBM, a Symrise, empresa alemã especializada na produção de aromas e fragrâncias, também participou do processo. O trio, após uma série de reuniões, alimentou a máquina de inteligência artificial para refinar e captar os resultados de interesse. Martinello observa que o uso da tecnologia ajudou a empresa a reduzir o tempo de estudo para o lançamento de um novo produto por abreviar certos processos determinantes para colocar o produto na prateleira. "Temos uma otimização de tempo bastante preciosa para uma indústria como a nossa. Enquanto projetos de desenvolvimento de perfumaria podem levar até três anos e precisar de centenas de submissões para alcançar o esperado, a IA permitiu a finalização de todo o processo em apenas sete meses", avalia o gerente de pesquisa.
A escolha pelo público-alvo também não foi por acaso, conforme explica o representante do Boticário. O anseio pelo consumo e as peculiaridades desse tipo de consumidor, antenado e exigente para gastar seu dinheiro em produtos que o representem, foram alguns dos pontos elencados para esse novo experimento. "Estudos apontam que eles (os millenials) têm uma probabilidade 2,5 vezes maior de adotar tecnologias recém-lançadas, comparando a gerações mais velhas. Consequentemente, se torna estratégico unir essas duas características do público para trazer as primeiras fragrâncias com inteligência artificial do mundo a um dos maiores mercados de fragrâncias do planeta e o maior da América Latina", argumenta Martinello. Para ele, essa geração será a porta de entrada de uma série de outros produtos, de beleza ou não, desenvolvidos da mesma forma.
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