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Especiais#Cenário Digital 2019

INOVAÇÃO

- Publicada em 20 de Fevereiro de 2019 às 18:42

O sonho porto-alegrense de se tornar uma capital inovadora

Objetivo da iniciativa é transformar a Capital até 2025

Objetivo da iniciativa é transformar a Capital até 2025


ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Após anos com projetos isolados e sem apoio maciço de instituições, entidades e sociedade, Porto Alegre se prepara para viver um momento único de inovação e tecnologia. O movimento da Aliança pela Inovação - criado através da parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) - se desdobra em uma ação ainda maior, com a presença do poder público municipal e figuras tradicionais do empreendedorismo na cidade para a criação do Pacto Alegre.
Após anos com projetos isolados e sem apoio maciço de instituições, entidades e sociedade, Porto Alegre se prepara para viver um momento único de inovação e tecnologia. O movimento da Aliança pela Inovação - criado através da parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) - se desdobra em uma ação ainda maior, com a presença do poder público municipal e figuras tradicionais do empreendedorismo na cidade para a criação do Pacto Alegre.
A assinatura do pacto, realizada em novembro do ano passado entre esses entes, é um transbordo de ideias e iniciativas cultivadas pelas instituições de ensino e que serão disseminadas por toda a Capital até 2025, cujo objetivo é atender às demandas em níveis sociais, educacionais, de empreendedorismo, segurança, entre outros pontos considerados críticos para o desenvolvimento municipal. Por isso, o tema é tratado como a união de esforços em prol do bem comum, uma espécie de ingresso no século XXI atrasado em alguns anos.
O coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto Filho, explica que um dos grandes questionamentos feitos para culminar nessa ação fora sobre a imensa capacidade não explorada da cidade em produzir soluções para si própria. "Por que temos tanta riqueza intelectual e pouca sinergia entre esses entes? Isso permeou nossas discussões. Precisamos convergir a um ponto comum para sairmos do marasmo", ressalta.
Ele relata que, ao assumir o mandato, o prefeito Nelson Marchezan Júnior reuniu um conselho de inovação para tratar do tema e criar um modelo capaz de trazer progresso para Porto Alegre. A iniciativa contará, inicialmente, com 75 empresas. Até março, um grupo visitará cada uma delas para conhecer melhor seus projetos e iniciar as discussões. Cada empresa, além das instituições fundadoras do pacto, terá um assento na Mesa Diretora, que será constituída no dia 26 de março, data do aniversário de 247 anos da Capital.

Empresas terão que mostrar resultados

Para mensurar os efeitos das medidas tomadas, o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto Filho, revela que, a cada seis meses, as empresas integrantes precisarão apresentar um relatório com a evolução dos seus projetos. Para tanto, logo em março, após a assinatura, quando forem escolhidos os primeiros a saírem do papel, serão determinados objetivos e seus prazos de conclusão.
O cumprimento das ações será avaliado também pelo espanhol Josep Piqué, mentor do pacto, que ajudará no curso dessas iniciativas e com os meios para torná-los eficazes. Pinto Filho acredita que esse prazo seja importante para manter a motivação entre todos os agentes. "Se uma ideia terá prazo final de conclusão daqui dois anos, precisamos ver se ela está percorrendo o caminho correto para estar dentro do prometido. É uma forma também de mobilizarmos todos e mantermos a energia", explica.

Projetos 'pro bono' serão cobrados

Além dos projetos com intuito de obter retorno para a cidade, mas também retorno financeiro, cada integrante da mesa precisará apresentar cinco iniciativas chamadas de "pro bono", em benefício à sociedade sem necessariamente a obtenção de lucro. A medida é uma das contrapartidas "Todos os atores que constituíram esse movimento doaram seus recursos sem esperar nada em troca. É um valor importante que pregamos", relata o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto Filho. O retorno virá a partir da mudança do ecossistema, com a atração e a retenção dos profissionais qualificados, a exposição da cidade com a evolução dos projetos a partir da chegada de turistas, visitantes em geral, feiras de tecnologia e se "manter no radar" das grandes empresas, dispostas a investir na Capital pelo polo de inovação a ser formado e ajudar a fomentar o desenvolvimento das já existentes no ecossistema.

Linha do tempo

  • 1º semestre de 2017: Jorge Audy foi convidado pelo então prefeito eleito, Nelson Marchezan Júnior, para articular estratégias de inovação. Constituição do Conselho de Inovação, de maneira informal, para ajudar a pensar soluções.
  • Início de 2018: Reunião entre as universidades (Ufrgs, Pucrs e Unisinos) para constituir a Aliança para Inovação
  • 9 de abril: Assinatura da criação da Aliança para Inovação
  • De abril a julho: Reuniões e workshops foram feitos para avaliar dados de Porto Alegre de vários setores da cidade, áreas potenciais de investimento, com grupos das universidades, prefeitura
  • 4 de julho: Apresentação pública da Aliança para Inovação, em evento no auditório da Unisinos, com a ideia da constituição do Pacto
  • De julho a novembro: Convite a empresas e membros sociedade civil para entrar no Pacto e contribuir com a iniciativa
  • 21 de novembro: Solenidade de formalização do Pacto Alegre
  • Até março de 2019: Visita às empresas que irão constituir a mesa diretora para prospecção de projetos e iniciativas
  • 26 de março: Assinatura do termo de compromisso com as 75 empresas e formação da Mesa Diretora do Pacto Alegre