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Editorial

- Publicada em 24 de Setembro de 2021 às 03:00

Combater inflação com mais juros é um problema

A projeção de inflação para 2021 tem a meta central de 3,75%. Mas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do País, deverá ficar entre 2,25% a 5,25%. No entanto, a meta não será, formalmente, descumprida. Para 2022, a meta central é de 3,5% e será cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
A projeção de inflação para 2021 tem a meta central de 3,75%. Mas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do País, deverá ficar entre 2,25% a 5,25%. No entanto, a meta não será, formalmente, descumprida. Para 2022, a meta central é de 3,5% e será cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
O aumento da taxa básica do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) estava prevista pela maioria dos especialistas do mercado. O índice até poderia ser maior, segundo muitos economistas, uma vez que, no mês passado, o IPCA ficou em 0,87%, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que em 12 meses alcançou 9,68%. Na teoria, o aumento de 1 ponto porcentual da taxa básica de juros visa controlar a inflação e ficar na meta do Banco Central. Entretanto, a Selic em 6,25%, na quinta alta consecutiva, de um ponto percentual, voltou a ser a mesma de agosto de 2019.
Que a inflação incomoda ninguém duvida, ainda mais quando ela está pesando justamente nas de menor renda - como citado, os alimentos estão caros, sendo a carne o exemplo mais relevante. Em um ano, a inflação está chegando nos dois dígitos, algo que não se via há muito. O problema maior do Brasil continua sendo o desemprego, segundo situação em que temos em torno de 14 milhões de pessoas passando privações, com estresse e sem vislumbrar uma situação melhor no curto prazo. O pior é que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou que a taxa de desemprego no País só diminuirá em 2026. Na mesma informação, o FMI aprovou o reajuste praticado na Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Também preocupa o fato de que o aumento do juro básico da economia se reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decisão do Banco Central e o encarecimento do crédito, geralmente entre seis e nove meses. A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, piorando um quadro que já não é nada bom.
Como não há previsão de que, tão cedo, o desemprego diminuirá, resta esperar e buscar alternativas. Em contrapartida, a balança comercial tem um bom saldo positivo, que deverá se confirmar no ano em torno de US$ 55 bilhões, aliviando as contas do País, que poderá honrar os seus compromissos. Tudo é resultado de quase 20 meses da pandemia da Covid-19, dos déficits nas contas da União e de alguns estados e municípios, para fazer frente aos auxílios emergenciais para as populações mais atingidas.
 
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