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Editorial

- Publicada em 19 de Maio de 2021 às 03:00

A triste guerra e a ferida aberta no Oriente Médio

Temos, novamente, um conflito que perpassa décadas e inquieta o mundo, com mortes de palestinos e israelenses, incluindo crianças. A nova divergência começou a partir da ameaça de despejo de famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, que fica fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém. A área é reivindicada por grupos de colonos judeus em tribunais israelenses.
Temos, novamente, um conflito que perpassa décadas e inquieta o mundo, com mortes de palestinos e israelenses, incluindo crianças. A nova divergência começou a partir da ameaça de despejo de famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, que fica fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém. A área é reivindicada por grupos de colonos judeus em tribunais israelenses.
O fato de as desavenças terem desaparecido das manchetes nos últimos anos não significa que tenham acabado. É uma ferida aberta no coração do Oriente Médio, que gera ressentimento que atravessa gerações. Mas a violência atual é considerada como algo nunca visto, com ataques contra Gaza, território densamente povoado, e foguetes do Hamas atingindo grandes cidades de Israel.
Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial e a saída dos britânicos da Palestina, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha do território palestino entre árabes e judeus. Consistia na criação de dois Estados e um regime internacional para administrar Jerusalém, cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos.
A Assembleia Geral da ONU que aprovou o plano foi presidida pelo representante brasileiro, o gaúcho Oswaldo Aranha. Em maio de 1948, foi declarada a Independência do Estado de Israel por David Ben Gurion. A criação do Estado de Israel e a não existência de um Estado Palestino teve ressentimentos que continuam.
Em 1956, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez, então, como agora, importante via de ligação mais curta dos países da região com a Europa. Houve reação armada da França, Inglaterra e Israel. Com a mediação dos Estados Unidos, foi criada a Força de Emergência das Nações Unidas, a primeira da ONU, para ficar na Faixa de Gaza, separando o Egito de Israel, com a Linha de Demarcação do Armistício. O Brasil participou dessa força nos seus 10 anos de existência, na chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967, junto com outros países.
A Guerra dos Seis Dias ocorreu após a saída da Força de Emergência das Nações Unidas da Faixa de Gaza a pedido do Egito, e a vitória de Israel contra a Jordânia, Egito e Síria. Em 1973, ocorreu a Guerra do Yom Kippur, novo conflito entre Egito e Síria contra Israel. Israel também venceu essa guerra.
São conflitos cíclicos e pontuais, mas que martirizam as populações, de Gaza e de Israel. Quem acaba sofrendo os horrores dos conflitos são as populações civis de ambos os lados, que só querem viver em paz, trabalhar e manter as suas famílias.
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