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Editorial

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 03:00

Evasão escolar prejudica as crianças os e adolescentes

A educação escolar é o caminho natural e a oportunidade para a ascensão social de milhões de crianças e adolescentes brasileiros. No entanto, reprovação, abandono do ensino e distorção entre idade e série escolar são problemas recorrentes no cenário educacional. Com a pandemia da Covid-19, essa realidade foi acentuada e a disparidade socioeconômica ficou ainda mais evidente.
A educação escolar é o caminho natural e a oportunidade para a ascensão social de milhões de crianças e adolescentes brasileiros. No entanto, reprovação, abandono do ensino e distorção entre idade e série escolar são problemas recorrentes no cenário educacional. Com a pandemia da Covid-19, essa realidade foi acentuada e a disparidade socioeconômica ficou ainda mais evidente.
Em 2020, com a pandemia, cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem acesso à educação. A quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. A taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%, segundo dados da Pnad Contínua.
Somada a isso está a situação de 4,12 milhões de alunos, ou 11,2%, que, apesar de matriculados e sem estar em período de férias, não receberam nenhuma atividade escolar, resultado do ensino pautado pelas aulas online.
Além disso, temos a questão da sobrevivência familiar, pois muitos jovens tiveram que buscar ocupação com renda, para ajudar no sustento do grupo doméstico.
Também contribuiu e continua assim a falta de acesso aos recursos tecnológicos e à internet, o que inviabiliza o acompanhamento das aulas remotas, algo que tem sido utilizado por muitas escolas, mas apenas nos grandes centros urbanos.
Pesquisa realizada ainda em 2020 pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), com quase 4 mil redes municipais de ensino, mostrou que apenas 33% dos domicílios brasileiros possuem computador e acesso à internet.
Em 2019, o Censo Escolar registrou mais de 27,7 milhões de matrículas nas instituições das redes públicas municipais e estaduais de Educação Básica em todo o País. Deste total, 2,1 milhões de alunos foram reprovados, a maioria das repetições, ou 42,6%, aconteceram nos anos finais do Ensino Fundamental. Além disso, mais de 620 mil estudantes abandonaram de vez os estudos, principalmente os alunos do Ensino Médio e dos anos finais do Ensino Fundamental.
As reprovações e abandonos escolares trazem como consequência um terceiro problema: a distorção entre idade e série escolar. Em 2019, 6 milhões de jovens se encontravam nesta situação.
Com a nova onda da pandemia do coronavírus, temos milhares de adolescentes, principalmente no Nordeste e no Norte do Brasil, deixando as escolas por falta de condições. É mais uma tragédia que a Covid-19 deixa entre nós.
 
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